segunda-feira, 23 de julho de 2018






Os brutos também choram. Jair Bolsonaro ao ouvir o hino nacional na convenção que oficializou sua candidatura à presidência. Felipe Pradão/Twitter







“Não se ganha eleição com pensamento único. Não se governa uma nação com pensamento único. Os seguidores, muitas vezes, do deputado Jair Bolsonaro têm a ânsia de ouvir um discurso inteiramente uniformizado. Pessoas só são aceitas quando pensam exatamente as mesmas coisas. Reflitam se não estamos fazendo o PT ao contrário”. Janaina Paschoal, em discurso proferido na convenção nacional do PSL.








Rio Grande do Sul

DEZ PARTIDOS AINDA NÃO SABEM QUEM APOIAR PARA O GOVERNO DO ESTADO

Dos 35 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 10 ainda não decidiram à quem vão apoiar para o governo do Rio Grande do Sul nas eleições de outubro. Os partidos ainda tem 12 dias de prazo para a realização das convenções e definir seus candidatos, suas alianças. O PRB deve decidir hoje se apoia a reeleição de José Ivo Sartori (MDB) ou se vai se aliar à Eduardo Leite (PSDB). O deputado federal Carlos Gomes, presidente estadual do partido, conversou com os dois candidatos na semana passada. O PR é outro partido que deve definir suas alianças até amanhã. O deputado federal Giovani Cherini, presidente nacional do partido, vai fazer um comunicado interno à sigla e depois vai divulgar através de nota à imprensa. Nos bastidores, o PR está mais próximo de Sartori. Até o meio da semana, um bloco de quatro partidos dirá a quem vai apoiar em 7 de outubro: PTC, PSC, PMN e PRP. José Wellington, presidente do PTC, disse que “o acordo com Jairo Jorge (PDT) está muito difícil e temos possibilidades com Eduardo Leite (PSDB), Luís Carlos Heinze (PP) e com Sartori(MDB)” (Jornal do Comércio)

JOSÉ FOGAÇA PODE DISPUTAR SENADO PELO MDB

A desistência de Germano Rigotto de concorrer ao Senado, o nome de José Fogaça ganha força dentro do MDB. A decisão sobre quem será o substituto de Germano Rigotto vai ser definido amanhã em uma reunião com o governador José Ivo Sartori. “Como candidato à reeleição o governador tem que ser ouvido” diz o presidente do partido, deputado Alceu Moreira. Outros dois nomes comentados para concorrer ao Senado são os de Ibsen Pinheiro e do deputado federal Darcisio Perondi. Com a indefinição do MDB, três nomes despontam na briga pelas duas vagas ao Senado: Ana Amélia Lemos (PP), Paulo Paim (PT) e Beto Albuquerque (PSB). (Jornal do Comércio)

ZANETTI: PSB SE EXPÔS AO RIDÍCULO AO APOIAR SARTORI

Na convenção do PSB, sábado, o governador José Ivo Sartori foi agradecer o apoio do partido à sua reeleição. A decisão do partido, influenciada por Beto Albuquerque, não agradou a todos dentro da sigla. Os que apoiavam a candidatura de Hermes Zaneti retiraram seu nome um pouco antes da votação. Zaneti queria ser o candidato ao governo do estado. Insatisfeito ele disse que o PSB “se expôs ao ridículo ao apoiar José Ivo Sartori”. Beto Albuquerque respondeu ao colega de partido afirmando que “este ainda não é o momento para o partido lançar nome próprio ao governo do Estado”. (Gaúcha ZH- Rosane de Oliveira)
  
Brasil

SEM ACREDITAR EM LULA CANDIDATO, PCdoB QUER ESQUERDA UNIDA NO PRIMEIRO TURNO

Foram três de reuniões realizadas em São Paulo entre os dirigentes do PCdoB e os dirigentes do PT. Começou na sexta-feira (20) e terminou ontem((22). Nestes encontros o PCdoB apresentou a proposta de unificação das esquerdas em uma única candidatura à presidência da república. Quer PT, PDT, PCdoB e PSB em torno de um nome. Ao final dos encontros, o PCdoB afirma que a “unidade já no primeiro turno será para vencer a eleição”. A sigla adiantou que se não houver acordo vai manter a candidatura da gaúcha Manuela D’Ávila. Nos três dias de discussões, o partido apresentou seis pontos para justificar a união das esquerdas:
1.         Não acredita em Lula candidato
2.         Manter a candidatura de Lula como o PT está fazendo é uma tática de riscos
3.         Haverá uma pulverização de votos à esquerda em Lula candidato
4.         Os partidos de esquerda estão isolados. PT, PDT, PCdoB cada com um candidato, sem alianças
5.         Conquista do “centro”. A união em torno de Geraldo Alckmin pode dar a vitória para o ex-governador de São Paulo
6.         Projeto de país. Uma crítica ao PT e ao PDT que tem “política partidária e não política de país”
A deputada federal Luciana Santos (PE), presidente nacional do PCdoB diz que a decisão por candidatura única tem que ser decidida antes de primeiro de agosto, data da convenção nacional do partido. (UOL)

PT TEM PLANO DE GOVERNO PRONTO: QUER REGULAÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E  TABELAMENTO DE JUROS


O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad foi o encarregado por Lula para fazer o programa de governo do ex-presidente que quer ser eleito em outubro. Na proposta que deverá ser apresentada ao partido nos próximos dias, o ex-prefeito diz que vai implantar o que chama de “choques liberais”. Um é a regulação dos meios de comunicação e outro é um sistema de prêmios e punições tributárias para os bancos reduzirem o spread. O ex-prefeito justifica um plano mais radical pelas decisões tomadas pelo governo Temer. “Precisamos enfrentar os problemas estruturais para tirar o país da crise”. Sobre os meios de comunicação diz que eles estão concentrados nas mãos de poucos e sendo uma concessão pública precisa ter cadernos de encargos. Haddad lembra que outro setor com o domínio de poucos é o crédito. “Pretendemos estabelecer um sistema de prêmios e tributações. Bancos que se adequarem terão vantagens tributárias. Os que forem na contra mão terão desvantagens. Vamos introduzir conceitos de progressividade nos tributos para induzir comportamentos desejáveis no sistema bancário”. Para poder implementar estas medidas, Haddad acredita que o PT precisa de uma candidatura própria (O Valor)  







Do inferno ao purgatório político

Apesar da conscientização de boa parte da população para a necessidade de reformulação da prática política e da renovação da classe política, não será nesta eleição que veremos isso acontecer. Pelo menos é o que se depreende do cenário apresentado pela pré-campanha, um verdadeiro festival de contradições e incongruências. A começar pelas pesquisas para presidente que colocam Lula, preso na Superintendência da Polícia Federal do Paraná, como o nome preferido. Ele pode ou não concorrer? Uma dúvida que perturba o imaginário do eleitor.
Da mesma forma, como explicar o verdadeiro “vale-tudo” das coligações partidárias, onde o que menos pesa é a afinidade ideológica e programática, e onde o tempo de televisão virou moeda de troca?  Isso sem falar nas dezenas de parlamentares investigados por corrupção, que por força do fórum privilegiado não só irão concorrer à reeleição como serão os maiores beneficiados na destinação do fundo eleitoral.
Por outro lado, há o perigo da falsa renovação provocada pela participação de celebridades na disputa por cargos eletivos É o caso de Romário, pré-candidato a governador do Rio de Janeiro e de Ratinho Júnior, filho do apresentador Ratinho, que vai concorrer ao governo do Paraná. Isso sem falar no Tiririca, que se despediu da vida de mandatos “por estar decepcionado com a política” e que agora voltou atrás, “para atender um pedido do seu partido”, o PR.

Diante de tantos contrassensos, não chega a ser uma surpresa o elevado índice de indecisos ou dispostos a anular o voto ou votar em branco, apresentado nas pesquisas. Sem falar naqueles que, de tão decepcionados, sequer irão comparecer às urnas, aumentando o histórico crescimento das abstenções.

Mas apesar de tudo isso, a semente da reformulação política ainda está nas mãos do eleitor. É ele, com suas escolhas, que tem o poder da transformação. Basta escolher dentre os candidatos aqueles que pelo seu passado como cidadão(ã) e ente público representam uma menor probabilidade de decepção futura. Pode parecer pouco mas, acredite, será um grande avanço na imprescindível depuração da política brasileira. 







Heinze: “A crise do Rio Grande do Sul é uma crise de liderança. Faltou atitude”



Luis Carlos Heinze, pré-candidato do PP. Credito: Wikipédia




Em seu quinto mandato consecutivo como deputado federal, Luis Carlos Heinze foi apontado pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo Partido Progressista. No dia 24 de março deste ano, o PP realizou uma pré-convenção no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, em que, pelo voto direto e impresso, os convencionais escolheram o nome que representará a legenda nas eleições de outubro. Dos 1.391 votos, Heinze recebeu 1.123. Defensor do setor agropecuário, ele afirma que “os setores produtivos ligados ao campo vêm sustentando a economia do Rio Grande do Sul, que vive séria crise nos demais segmentos”. Se eleito, promete liderar um movimento nacional para “para exigir os créditos que temos a receber referentes à Lei Kandir”. O deputado acredita que a crise enfrentada pelo Rio Grande do Sul se deve à falta de liderança, de atitude.

Nascido em Candelária, em 14 de setembro de 1950, Heinze é engenheiro agrônomo e produtor rural. Foi eleito pela primeira vez em 1993 ao cargo de prefeito de São Borja pelo PDS, sigla então adotada pelo Progressista. O PDS virou PPB, legenda pela qual o deputado elegeu-se, pela primeira vez, à Câmara Federal, em 1999. Quinze anos depois, nas últimas eleições, foi o candidato a deputado federal mais votado no Estado, tendo recebido 162.462 votos.  O candidato já se envolveu em diversas polêmicas. Ao ser escolhido pré-candidato, porém, assumiu um discurso conciliador. A coligação que o apóia conta, até agora, com a adesão do DEM, PROS e PSL.

Na Câmara Federal integrou cinco comissões permanentes: Agricultura e Política Rural (presidente e titular), Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (primeiro-vice-presidente e titular), Finanças e Tributação (suplente), Relações Exteriores e de Defesa Nacional (suplente) e Fiscalização Financeira e Controle (suplente). Fez parte também de comissões especiais e externas e de Conselhos, Grupos Parlamentares e da Frente Parlamentar da Agropecuária, da qual foi vice-presidente.

Em 2015, após ser citado pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, investigados pela Operação Lava Jato, foi alvo de um inquérito no STF – Supremo Tribunal Federal, por suposta organização criminosa. O processo foi arquivado.

Heinze foi o segundo pré-candidato a responder as perguntas feitas pela NS2 Consultoria, no mesmo dia, aos pré-candidatos ao governo do RS.

– Por que os gaúchos devem votar no senhor e não em seus adversários?

Porque todos os partidos que governaram o Rio Grande do Sul nos últimos 30 anos fracassaram. Já fomos referência em educação, segurança e qualidade de vida. O Estado que Jair Soares, último governador do nosso partido, entregou ao sucessor era muito diferente deste em que vivemos. Precisamos de uma atitude diferente, empenhando mais coragem e velocidade às decisões fundamentais. Podem me cobrar: os gaúchos vão ter um governador experiente, dedicado e que, sobretudo, tem consciência de que já perdemos tempo demais. O Rio Grande tem pressa.

– O que o senhor fará para conquistar o voto dos eleitores desiludidos com a política e os políticos que, segundo as pesquisas eleitorais, chegam a 30%?

Eu tenho mais de 40 anos dedicados ao setor primário, seja como produtor ou deputado federal identificado com a agricultura e a pecuária. Tudo o que conquistei, elegendo-me por cinco mandatos consecutivos e já tendo sido escolhido o melhor parlamentar do Brasil, foi baseado em trabalho e nos resultados efetivos alcançados. Os setores produtivos ligados ao campo vêm sustentando a economia do Rio Grande do Sul, que vive séria crise nos demais segmentos. Nunca fui de promessas, nem sou um produto de marketing. Sempre fui de trabalhar. Estou pronto para ser o governador que vai fazer o Rio Grande retomar o desenvolvimento, mostrando um novo caminho. Com menos discursos vazios e promessas falsas, e mais atitude.

 – A crise de finanças do Estado tem solução? Qual?

Tenho certeza que há uma maneira de reverter esta gravíssima situação financeira do Estado. Como governador do Rio Grande, vou liderar um movimento nacional, unindo estados que devem até mais que nós, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais para exigir os créditos que temos a receber referentes à Lei Kandir. Seremos mais de 10 governadores, 300 deputados e quase 50 senadores atuando em bloco. Um movimento nunca feito antes. Eu farei. Assim como buscarei a renegociação da dívida em novos termos. A crise do Rio Grande do Sul é uma crise de liderança. Faltou atitude.

– Se eleito, qual será o seu primeiro ato, após a posse em 1º de janeiro de 2019?

O primeiro ato será garantir que os servidores das áreas essenciais, tais como segurança, saúde e educação, possam ser respeitados e voltar a receber em dia. Somente com o funcionalismo valorizado poderemos exigir serviços de melhor qualidade. Também não hesitarei em encaminhar a discussão sobre a eficiência do Estado, tornando-o mais ágil, menos burocrático e mais parceiro dos municípios e de quem quer investir.

Próxima entrevista (24/7):  o terceiro pré-candidato a enviar suas respostas, foi Mateus Bandeira, do NOVO. 




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