sexta-feira, 13 de julho de 2018





Ele voltou e se tornou o astro do dia.   Foto: MediaMail







“Ninguém é amaldiçoado pelo poder. O poder é cruel com aquele que não sabe exercê-lo. ”Ex-presidente Fernando Collor (PTC) em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.






Estadual

JAIRO JORGE (PDT) TEM MAIOR COLIGAÇÃO PARA O GOVERNO DO ESTADO
O apoio de quatro partidos à pré-candidatura de Jairo Jorge ao governo do Estado, somando-se ao próprio PDT, e ao PV do pré-candidato Cláudio Bier, compõe assim a maior aliança ao governo do Rio Grande do Sul. Agora são seis partidos – PDT, PV, SD, PODEMOS, AVANTE e PPL – que integram a frente “O Rio Grande tem solução” lançada por Jairo Jorge. No lançamento da aliança, Jairo Jorge disse que “estamos juntando o Rio Grande que produz com o Rio Grande que trabalha”, em uma referência a seu vice, o empresário Cláudio Bier e o Solidariedade, historicamente ligado aos movimentos sindicais. O pré-candidato Jairo Jorge disse que ainda vai continuar conversando com outros partidos. A coligação ainda tem as duas vagas para a eleição ao Senado (os atuais partidos não indicaram ninguém). A convenção do PDT está agendada para o próximo dia 26. O PDT foi o primeiro partido a lançar um pré-candidato ao Palácio Piratini, ainda em 2017. (Jornal do Comércio).

CANDIDATO DO PP AO GOVERNO DO RIO GRANDE DO SUL TEM VERBA DE CAMPANHA REDUZIDA

Luís Carlos Heinze, deputado federal e pré-candidato ao governo do Estado pelo Partido Progressista (PP) deve perder 70% do fundo especial de financiamento de campanha a que teria direito como castigo por ter votado contra as deliberações do partido na Câmara Federal. A direção estadual do partido contesta a punição ainda mais para um candidato ao governo do estado. Por uma determinação da executiva nacional presidida por Ciro Nogueira e encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Heinze vai ter R$ 1,365 milhão para a sua campanha quando o valor total seria de R$ 4,55 milhões. Para as campanhas a governador, a direção nacional do PP estabeleceu um valor de 50% do teto autorizado por lei, que no Rio Grande do Sul é de R$ 9,1 milhões. Outra determinação da direção nacional do PP é a de não prever verba para candidaturas à deputado estadual de quem não tem mandato. E os deputados federais que votaram contra resoluções do partido terão descontos de 15% a 5%. Por exemplo, o deputado que votou contra o impeachment de Dilma Rousseff terá 15% de desconto na verba a que teria direito. (Gaúcha ZH)

Nacional

ALIANÇA PDT-PSB PARA ELEIÇÕES DE OUTUBRO PODE SIGNIFICAR UM ÚNICO PARTIDO EM 2019

As articulações entre PSB e PDT para uma aliança na disputa presidencial em outubro incluem a discussão de uma possível fusão dos dois partidos a partir de 2019. “Tem conversas sobre isso com o PSB. Muitos tem esse desejo”, declarou Carlos Lupi, presidente nacional do PDT ao jornal Estado de São Paulo. A ideia inicial é de fortalecer a base parlamentar de Ciro em caso de vitória, mas também pode acontecer mesmo que Ciro não se eleja presidente. Unidos, os dois partidos podem reforçar o caixa, romper com facilidade a cláusula de desempenho, ganhar espaço nas comissões da câmara, ampliar o tempo de TV no horário eleitoral gratuito. Essa não é a primeira vez que o PSB fala em fusão. Em 2016, quando estava na oposição à Dilma Rousseff, conversou com o PPS para uma união, mas a ideia não foi adiante. (Estadão) 

PLANALTO NÃO QUER PP APOIANDO CIRO GOMES

 Palácio do Planalto ameaça retirar os cargos que o PP ocupa hoje no governo federal caso a sigla feche aliança com Ciro Gomes (PDT) para candidato à presidência da república. Terceira bancada na câmara com 49 deputados, o PP é o maior partido do “centrão” e controla os ministérios da Saúde, Agricultura e Cidades, com orçamentos que somados ultrapassam os 153 bilhões de reais. E ainda tem o comando da Caixa Econômica Federal. A pressão do Planalto e divergências no bloco que ainda tem DEM, Solidariedade e PRB mantêm indefinida a posição do bloco na disputa para a presidência da república (Estadão)

EM CARTADA FINAL PT OFERECE APOIO AO PSB EM CINCO ESTADOS

No cabo de guerra que se tornou a busca por alianças à esquerda, o PSB se tornou a noiva. PT e PDT travam uma batalha pelo partido. O governador Paulo Câmara (PSB-PE) atua a favor da aliança com o PT, mas sabe que as chances de um acordo em torno de Lula são quase nulas. Câmara quer o acordo com o PT para tirar da briga por sua reeleição a vereadora Marília Arraes (PT) que está muito bem posicionada em todas as pesquisas. Nestas mesmas pesquisas, o pernambucano da 60% de preferência à Lula. O índice fez Câmara assegurar à presidente nacional do PT, senadora Gleise Hoffmann, que mesmo que a sigla lance Marília candidata, ele vai defender o nome do ex-presidente. E na última tentativa de atrair o PSB, Gleise vai propor que o PT apoie, além de Câmara em Pernambuco, os candidatos do PSB nos estados do AP, AM, TO, RO, e PB. A proposta petista pesou na decisão do presidente do PSB, Carlos Siqueira, em adiar a reunião da semana que vem que definiria a posição da sigla. (Folha de S. Paulo)

ALCKMIN FECHA COM O PSD E AMPLIA BLOCO DE APOIO

O ex-governador e presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) fechou nos últimos dias uma aliança com o PSD para as eleições de outubro. O anúncio oficial deve acontecer na convenção nacional do partido que deve se realizar entre o dia 28 deste e 4 de agosto. O acordo deu mais ânimo na pré-campanha tucana no momento em que partidos do “centrão”, bloco partidário liderado pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda não sabem a quem vão apoiar na disputa pelo Palácio do Planalto. Nas eleições de 2014 o PSD elegeu 36 deputados, a quinta maior bancada da Câmara Federal. Isso garantira ao partido fundado por Gilberto Kassab cerca de 1 minuto e 40 segundos no tempo de rádio e TV por dia durante a propaganda eleitoral gratuita. O PSD tem 7,02% do total do palanque eletrônico. O acordo com o PSD é considerada uma vitória política pelos tucanos (Estadão)

CENTRÃO QUER QUE CIRO MODERE CRÍTICAS A MICHEL TEMER

Dirigentes dos partidos que compõem o “centrão” e que trabalham por apoio destes partidos ao pré-candidato do PDT, estão pedindo à Ciro Gomes que modere os ataques ao presidente Michel Temer. Ciro já chamou o presidente de “quadrilheiro” e disse que gostaria de vê-lo preso. Esta agressividade de Ciro pode inviabilizar aliança destes partidos com o pré-candidato do PDT. Enquanto isto, Ciro Gomes tenta contrapor a tentativa do PT em ter a aliança com o PSB. O ex-governador do Ceará foi até São Paulo conversar com o governador Mário França (PSB) na tentativa de convence-lo a apoiar a aliança nacional PSB/PDT. Só que o governador de São Paulo que herdou o cargo com a renúncia de Geraldo Alckmin tem acordo com o pré-candidato do PSDB de apoiá-lo. (Folha de S. Paulo)
  
PROMESSA DE JAQUES WAGNER AO PR IRRITA DIRIGENTES DO PT

O ex-governador da Bahia e ex-ministros nos governo Lula e Dilma, o baiano Jacques Wagner quer o apoio do PR em nível nacional. Para isso, chegou a conversar com o presidente nacional do PR, Valdemar Costa Neto e ofereceu a cabeça de chapa para a presidência da república para Josué Alencar (PR). Josué é filho do ex-vice-presidente de Lula. Esta oferta irritou profundamente a direção nacional do PT que não abre da candidatura do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva à presidência da república. Ser insistir na oferta, o ex-governador da Bahia será desautorizado. Só que na última quarta-feira, Valdemar Costa Neto recebeu vários políticos em Brasília. Esteve com Cid Gomes, irmão do pré-candidato Ciro Gomes (PDT), com dirigentes do Podemos, partido do senador Álvaro Dias. (Folha de São Paulo)


PT É UM DOS OITO PARTIDOS QUE AINDA NÃO FIRMARAM DOCUMENTO CONTRA AS FAKE NEWS

A Secretaria-Geral da Presidência do TSE - Tribunal Superior Eleitoral esclarece que não há prazo para os partidos aderirem ao acordo de colaboração “para a manutenção de um ambiente eleitoral imune de disseminação de notícias falsas (fake news) nas Eleições de 2018”. O prazo de 21 de junho, anteriormente divulgado, se devia, segundo resposta enviada por e-mail pela Secretaria-Geral, ao fato de que o Tribunal “objetivava realizar momento simbólico de divulgação durante o Seminário Internacional Brasil/União Europeia – Fake News, realizado na mencionada data”. Há, no entanto, esperança de que os sete partidos, que ainda não firmaram o documento, procurem o Tribunal o mais rápido possível: PCO, PMB, PT, PRTB, PSTU, PTC e PODE.








“Privatizar para tapar buraco de orçamento é medida inócua”



Pedro Dutra Fonseca




Pedro Dutra Fonseca - Foto: UFRGS


O professor e economista Pedro Dutra Fonseca, doutor em Economia pela USP – Universidade de São Paulo, afirma que não há erros em política econômica, mas opções cujas conseqüências são positivas ou não. Diz também que privatizar ou estatizar apenas por razões ideológicas não faz o menor sentido. Fonseca é pesquisador do CNPq desde 1987 e atua nos temas Desenvolvimento Econômico, Formação Econômica do Brasil no século XX e História do Pensamento Econômico.


– Qual o grande erro da política econômica brasileira?

Na maioria das vezes, em matéria de política econômica, não existem erros, mas opções. O Banco Central pode optar, dentro de certa margem, valorizar ou não o real, assim como manter uma taxa de juros mais alta ou mais baixa. As consequências sempre afetam setores da economia de forma diferente, de modo que o que para uns é desejável para outros não é. Por isso é difícil muitas vezes se falar de erro. Pode, todavia, algumas vezes, haver medidas que, por suas consequências, trazem prejuízos que os próprios formuladores não esperavam ou negligenciaram, o que é mais próximo do que se pode chamar propriamente de erro. Por exemplo, no governo Dilma, subsidiar setores empresariais e isentar impostos – a chamada “bolsa empresário” – com a expectativa que a medida os levasse a expandir os níveis de renda e de emprego, o que não se verificou. Foi um custo sem benefício, e mesmo assim mantido pelo governo Temer, o que significa uma persistência no “erro”. As isenções para setores como automobilístico e refrigerantes não fazem o menor sentido, inclusive na atual situação de déficit público significativo. São indústrias antigas – portanto não é para introduzir novos segmentos inovadores na economia –, grandes empresas, produtores de bens não essenciais, até poluentes. Não há nenhuma razão de serem beneficiadas em detrimento de outras.

 – As privatizações e a redução do tamanho do Estado resolvem o problema do déficit público e reordenam a economia? Há alguma outra saída?

Privatizar simplesmente por privatizar, por razão apenas ideológica, como às vezes acontece, é equivalente a estatizar apenas por estatizar: não faz o menor sentido. Sempre defendi que se deve analisar caso a caso. Há empresas estatais que faziam sentido quando foram criadas, pois preenchiam gargalos que a iniciativa privada não tinha disposição ou fôlego para neles investir, mas eram importantes para o desenvolvimento do país. Se a situação mudou, não há por que continuarem estatais. O BNDES, por exemplo, muitas vezes tornou-se acionista de empresas que financiou e que não conseguiram pagar seus débitos. Não há motivo de a empresa permanecer “estatal” por essa razão, deve ser vendida à iniciativa privada.

Não é o caso, todavia, de setores estratégicos da economia. O exemplo mais recente é a EMBRAER, importante do ponto de vista civil e militar e que, embora já tenha participação privada, é exemplo de empresa importante do ponto de vista tecnológico, de segurança e por seu impacto em outros setores da economia. Então se tem que ter muito cuidado com as cláusulas e garantias para que não se volte atrás em um trabalho que exigiu esforços de mais de uma geração de brasileiros. Também o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal são exemplos de empresas importantes para a execução das políticas monetária e financeira; seria um erro privatizá-las. Deixaria o governo mais frágil para executar a política econômica. São bem administradas e conseguem concorrer com similares privadas, além de lucrativas. Isso mostra que empresas estatais podem ser eficientes, quem prejudica a eficiência geralmente é o monopólio e não o fato em si de ser estatal. É o que acontece no setor bancário, pois neste há concorrência, o cidadão pode escolher se quer manter a conta no Banco do Brasil ou ir para uma instituição privada.

Agora, quanto à pergunta se há outras saídas além das privatizações, claro que há, até porque privatizar para tapar buraco de orçamento é medida inócua: um dia acaba o que vender e o déficit continua. Uma alternativa é fazer uma reforma fiscal e não conceder isenções e subsídios sem sentido, como os que já mencionei antes. No Brasil, a tributação é fortemente regressiva, chega-se na faixa máxima do imposto de renda com menos de 5 mil reais. E essa está defasadíssima, há anos não se reajusta a tabela do imposto de renda para acompanhar a inflação. Na década de 1970, o Brasil tinha oito faixas de imposto de renda, hoje a metade disso. Retroagimos. O país isenta dividendos, um dos únicos países do mundo a fazer isso, e taxa mais os salários e o lucro de empresas industriais do que bancos. Assim, alternativas existem, difícil é viabilizá-las.


– A economia será, em geral, um mau cabo eleitoral nessas eleições? Ou poderá ser um bom cabo eleitoral para uma ou outra tendência política? Qual ou quais?

Há grande frustração da população, o desemprego de mais de 13 milhões de pessoas não tem precedentes. A crise vem de longos anos e não se vê sinais de que será ultrapassada. Com o impeachment, vendia-se a ideia de que, mudando a política econômica, o crescimento viria. Não veio. Portanto, não é bom cabo eleitoral nem para o governo atual nem para o que ele derrubou, pois a crise perdura em ambos. Às vezes, alguns indicadores melhoram, mas em seguida regridem. A situação internacional não ajuda, pois há muita incerteza com relação às consequências de uma guerra comercial entre potências. Imagino que nessa eleição, apesar da gravidade, haverá muitos votos brancos e nulos, pois há descrédito sem precedentes nos políticos e nos partidos. A esquerda não consegue articular uma plataforma alternativa, está fragmentada e parece não entender a gravidade dos tempos. Já a direita tradicional – chamada na mídia de “centro” – até agora não conseguiu encontrar seu candidato. De forma que estamos numa situação inusitada: não sabemos quem vai realmente concorrer e os maiores partidos não conseguem fechar, por razões políticas ou legais, quem são seus candidatos. A economia, usando as palavras da pergunta, é mau cabo eleitoral para todos. Por isso temas como segurança tendem a ocupar mais espaço nos discursos dos candidatos, pois é muito mais fácil propor medidas que contemplem a todos. É mais fácil ser demagógico e generalista ao tratar de tema que preocupa a todos. Outra coisa é responder: que impostos serão aumentados? Que subsídios serão cortados? Que setores serão alavancados para gerar emprego e por quais mecanismos? A economia é sempre uma matéria desagradável, pois não se pode iludir a todos por todo o tempo.

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