Ele voltou e se tornou o astro do dia. Foto: MediaMail
“Ninguém
é amaldiçoado pelo poder. O poder é cruel com aquele que não sabe exercê-lo. ”Ex-presidente
Fernando Collor (PTC) em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
Estadual
JAIRO JORGE (PDT) TEM MAIOR COLIGAÇÃO
PARA O GOVERNO DO ESTADO
O
apoio de quatro partidos à pré-candidatura de Jairo Jorge ao governo do Estado,
somando-se ao próprio PDT, e ao PV do pré-candidato Cláudio Bier, compõe assim
a maior aliança ao governo do Rio Grande do Sul. Agora são seis partidos – PDT,
PV, SD, PODEMOS, AVANTE e PPL – que integram a frente “O Rio Grande tem
solução” lançada por Jairo Jorge. No lançamento da aliança, Jairo Jorge disse
que “estamos juntando o Rio Grande que produz com o Rio Grande que trabalha”,
em uma referência a seu vice, o empresário Cláudio Bier e o Solidariedade,
historicamente ligado aos movimentos sindicais. O pré-candidato Jairo Jorge
disse que ainda vai continuar conversando com outros partidos. A coligação
ainda tem as duas vagas para a eleição ao Senado (os atuais partidos não indicaram
ninguém). A convenção do PDT está agendada para o próximo dia 26. O PDT foi o
primeiro partido a lançar um pré-candidato ao Palácio Piratini, ainda em 2017.
(Jornal do Comércio).
CANDIDATO DO PP AO GOVERNO DO RIO GRANDE
DO SUL TEM VERBA DE CAMPANHA REDUZIDA
Luís
Carlos Heinze, deputado federal e pré-candidato ao governo do Estado pelo
Partido Progressista (PP) deve perder 70% do fundo especial de financiamento de
campanha a que teria direito como castigo por ter votado contra as deliberações
do partido na Câmara Federal. A direção estadual do partido contesta a punição
ainda mais para um candidato ao governo do estado. Por uma determinação da
executiva nacional presidida por Ciro Nogueira e encaminhada ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), Heinze vai ter R$ 1,365 milhão para a sua campanha
quando o valor total seria de R$ 4,55 milhões. Para as campanhas a governador,
a direção nacional do PP estabeleceu um valor de 50% do teto autorizado por
lei, que no Rio Grande do Sul é de R$ 9,1 milhões. Outra determinação da
direção nacional do PP é a de não prever verba para candidaturas à deputado
estadual de quem não tem mandato. E os deputados federais que votaram contra
resoluções do partido terão descontos de 15% a 5%. Por exemplo, o deputado que
votou contra o impeachment de Dilma Rousseff terá 15% de desconto na verba a
que teria direito. (Gaúcha ZH)
Nacional
ALIANÇA PDT-PSB PARA ELEIÇÕES DE OUTUBRO
PODE SIGNIFICAR UM ÚNICO PARTIDO EM 2019
As
articulações entre PSB e PDT para uma aliança na disputa presidencial em
outubro incluem a discussão de uma possível fusão dos dois partidos a partir de
2019. “Tem conversas sobre isso com o PSB. Muitos tem esse desejo”, declarou
Carlos Lupi, presidente nacional do PDT ao jornal Estado de São Paulo. A ideia
inicial é de fortalecer a base parlamentar de Ciro em caso de vitória, mas
também pode acontecer mesmo que Ciro não se eleja presidente. Unidos, os dois
partidos podem reforçar o caixa, romper com facilidade a cláusula de
desempenho, ganhar espaço nas comissões da câmara, ampliar o tempo de TV no
horário eleitoral gratuito. Essa não é a primeira vez que o PSB fala em fusão.
Em 2016, quando estava na oposição à Dilma Rousseff, conversou com o PPS para
uma união, mas a ideia não foi adiante. (Estadão)
PLANALTO NÃO QUER PP APOIANDO CIRO GOMES
Palácio do Planalto ameaça retirar os cargos
que o PP ocupa hoje no governo federal caso a sigla feche aliança com Ciro
Gomes (PDT) para candidato à presidência da república. Terceira bancada na
câmara com 49 deputados, o PP é o maior partido do “centrão” e controla os
ministérios da Saúde, Agricultura e Cidades, com orçamentos que somados
ultrapassam os 153 bilhões de reais. E ainda tem o comando da Caixa Econômica
Federal. A pressão do Planalto e divergências no bloco que ainda tem DEM,
Solidariedade e PRB mantêm indefinida a posição do bloco na disputa para a
presidência da república (Estadão)
EM CARTADA FINAL PT OFERECE APOIO AO PSB
EM CINCO ESTADOS
No
cabo de guerra que se tornou a busca por alianças à esquerda, o PSB se tornou a
noiva. PT e PDT travam uma batalha pelo partido. O governador Paulo Câmara
(PSB-PE) atua a favor da aliança com o PT, mas sabe que as chances de um acordo
em torno de Lula são quase nulas. Câmara quer o acordo com o PT para tirar da
briga por sua reeleição a vereadora Marília Arraes (PT) que está muito bem
posicionada em todas as pesquisas. Nestas mesmas pesquisas, o pernambucano da
60% de preferência à Lula. O índice fez Câmara assegurar à presidente nacional
do PT, senadora Gleise Hoffmann, que mesmo que a sigla lance Marília candidata,
ele vai defender o nome do ex-presidente. E na última tentativa de atrair o
PSB, Gleise vai propor que o PT apoie, além de Câmara em Pernambuco, os
candidatos do PSB nos estados do AP, AM, TO, RO, e PB. A proposta petista pesou
na decisão do presidente do PSB, Carlos Siqueira, em adiar a reunião da semana
que vem que definiria a posição da sigla. (Folha de S. Paulo)
ALCKMIN FECHA COM O PSD E AMPLIA BLOCO
DE APOIO
O
ex-governador e presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) fechou nos últimos dias
uma aliança com o PSD para as eleições de outubro. O anúncio oficial deve
acontecer na convenção nacional do partido que deve se realizar entre o dia 28
deste e 4 de agosto. O acordo deu mais ânimo na pré-campanha tucana no momento
em que partidos do “centrão”, bloco partidário liderado pelo deputado Rodrigo
Maia (DEM-RJ), ainda não sabem a quem vão apoiar na disputa pelo Palácio do
Planalto. Nas eleições de 2014 o PSD elegeu 36 deputados, a quinta maior
bancada da Câmara Federal. Isso garantira ao partido fundado por Gilberto
Kassab cerca de 1 minuto e 40 segundos no tempo de rádio e TV por dia durante a
propaganda eleitoral gratuita. O PSD tem 7,02% do total do palanque eletrônico.
O acordo com o PSD é considerada uma vitória política pelos tucanos (Estadão)
CENTRÃO QUER QUE CIRO MODERE CRÍTICAS A
MICHEL TEMER
Dirigentes
dos partidos que compõem o “centrão” e que trabalham por apoio destes partidos
ao pré-candidato do PDT, estão pedindo à Ciro Gomes que modere os ataques ao
presidente Michel Temer. Ciro já chamou o presidente de “quadrilheiro” e disse
que gostaria de vê-lo preso. Esta agressividade de Ciro pode inviabilizar
aliança destes partidos com o pré-candidato do PDT. Enquanto isto, Ciro Gomes
tenta contrapor a tentativa do PT em ter a aliança com o PSB. O ex-governador
do Ceará foi até São Paulo conversar com o governador Mário França (PSB) na
tentativa de convence-lo a apoiar a aliança nacional PSB/PDT. Só que o
governador de São Paulo que herdou o cargo com a renúncia de Geraldo Alckmin
tem acordo com o pré-candidato do PSDB de apoiá-lo. (Folha de S. Paulo)
PROMESSA DE JAQUES WAGNER AO PR IRRITA
DIRIGENTES DO PT
O
ex-governador da Bahia e ex-ministros nos governo Lula e Dilma, o baiano
Jacques Wagner quer o apoio do PR em nível nacional. Para isso, chegou a
conversar com o presidente nacional do PR, Valdemar Costa Neto e ofereceu a
cabeça de chapa para a presidência da república para Josué Alencar (PR). Josué
é filho do ex-vice-presidente de Lula. Esta oferta irritou profundamente a
direção nacional do PT que não abre da candidatura do ex-presidente Luís Inácio
Lula da Silva à presidência da república. Ser insistir na oferta, o
ex-governador da Bahia será desautorizado. Só que na última quarta-feira,
Valdemar Costa Neto recebeu vários políticos em Brasília. Esteve com Cid Gomes,
irmão do pré-candidato Ciro Gomes (PDT), com dirigentes do Podemos, partido do
senador Álvaro Dias. (Folha de São Paulo)
PT É UM DOS OITO PARTIDOS QUE AINDA NÃO
FIRMARAM DOCUMENTO CONTRA AS FAKE NEWS
A Secretaria-Geral da
Presidência do TSE - Tribunal Superior Eleitoral esclarece que não há prazo
para os partidos aderirem ao acordo de colaboração “para a manutenção de um
ambiente eleitoral imune de disseminação de notícias falsas (fake news) nas
Eleições de 2018”. O prazo de 21 de junho, anteriormente divulgado, se devia,
segundo resposta enviada por e-mail pela Secretaria-Geral, ao fato de que o
Tribunal “objetivava realizar momento simbólico de divulgação durante o
Seminário Internacional Brasil/União Europeia – Fake News, realizado na
mencionada data”. Há, no entanto, esperança de que os sete partidos, que ainda
não firmaram o documento, procurem o Tribunal o mais rápido possível: PCO, PMB,
PT, PRTB, PSTU, PTC e PODE.
“Privatizar
para tapar buraco de orçamento é medida inócua”
Pedro
Dutra Fonseca
Pedro
Dutra Fonseca - Foto: UFRGS
O
professor e economista Pedro Dutra Fonseca, doutor em Economia pela USP –
Universidade de São Paulo, afirma que não há erros em política econômica, mas
opções cujas conseqüências são positivas ou não. Diz também que privatizar ou
estatizar apenas por razões ideológicas não faz o menor sentido. Fonseca é
pesquisador do CNPq desde 1987 e atua nos temas Desenvolvimento Econômico,
Formação Econômica do Brasil no século XX e História do Pensamento Econômico.
–
Qual o grande erro da política econômica brasileira?
Na
maioria das vezes, em matéria de política econômica, não existem erros, mas
opções. O Banco Central pode optar, dentro de certa margem, valorizar ou não o
real, assim como manter uma taxa de juros mais alta ou mais baixa. As
consequências sempre afetam setores da economia de forma diferente, de modo que
o que para uns é desejável para outros não é. Por isso é difícil muitas vezes
se falar de erro. Pode, todavia, algumas vezes, haver medidas que, por suas
consequências, trazem prejuízos que os próprios formuladores não esperavam ou
negligenciaram, o que é mais próximo do que se pode chamar propriamente de
erro. Por exemplo, no governo Dilma, subsidiar setores empresariais e isentar
impostos – a chamada “bolsa empresário” – com a expectativa que a medida os
levasse a expandir os níveis de renda e de emprego, o que não se verificou. Foi
um custo sem benefício, e mesmo assim mantido pelo governo Temer, o que
significa uma persistência no “erro”. As isenções para setores como
automobilístico e refrigerantes não fazem o menor sentido, inclusive na atual
situação de déficit público significativo. São indústrias antigas – portanto
não é para introduzir novos segmentos inovadores na economia –, grandes
empresas, produtores de bens não essenciais, até poluentes. Não há nenhuma
razão de serem beneficiadas em detrimento de outras.
– As privatizações e a redução do tamanho do
Estado resolvem o problema do déficit público e reordenam a economia? Há alguma
outra saída?
Privatizar
simplesmente por privatizar, por razão apenas ideológica, como às vezes
acontece, é equivalente a estatizar apenas por estatizar: não faz o menor
sentido. Sempre defendi que se deve analisar caso a caso. Há empresas estatais
que faziam sentido quando foram criadas, pois preenchiam gargalos que a
iniciativa privada não tinha disposição ou fôlego para neles investir, mas eram
importantes para o desenvolvimento do país. Se a situação mudou, não há por que
continuarem estatais. O BNDES, por exemplo, muitas vezes tornou-se acionista de
empresas que financiou e que não conseguiram pagar seus débitos. Não há motivo
de a empresa permanecer “estatal” por essa razão, deve ser vendida à iniciativa
privada.
Não
é o caso, todavia, de setores estratégicos da economia. O exemplo mais recente
é a EMBRAER, importante do ponto de vista civil e militar e que, embora já
tenha participação privada, é exemplo de empresa importante do ponto de vista
tecnológico, de segurança e por seu impacto em outros setores da economia.
Então se tem que ter muito cuidado com as cláusulas e garantias para que não se
volte atrás em um trabalho que exigiu esforços de mais de uma geração de
brasileiros. Também o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal são exemplos
de empresas importantes para a execução das políticas monetária e financeira;
seria um erro privatizá-las. Deixaria o governo mais frágil para executar a
política econômica. São bem administradas e conseguem concorrer com similares
privadas, além de lucrativas. Isso mostra que empresas estatais podem ser
eficientes, quem prejudica a eficiência geralmente é o monopólio e não o fato
em si de ser estatal. É o que acontece no setor bancário, pois neste há
concorrência, o cidadão pode escolher se quer manter a conta no Banco do Brasil
ou ir para uma instituição privada.
Agora,
quanto à pergunta se há outras saídas além das privatizações, claro que há, até
porque privatizar para tapar buraco de orçamento é medida inócua: um dia acaba
o que vender e o déficit continua. Uma alternativa é fazer uma reforma fiscal e
não conceder isenções e subsídios sem sentido, como os que já mencionei antes.
No Brasil, a tributação é fortemente regressiva, chega-se na faixa máxima do
imposto de renda com menos de 5 mil reais. E essa está defasadíssima, há anos
não se reajusta a tabela do imposto de renda para acompanhar a inflação. Na
década de 1970, o Brasil tinha oito faixas de imposto de renda, hoje a metade
disso. Retroagimos. O país isenta dividendos, um dos únicos países do mundo a
fazer isso, e taxa mais os salários e o lucro de empresas industriais do que
bancos. Assim, alternativas existem, difícil é viabilizá-las.
– A
economia será, em geral, um mau cabo eleitoral nessas eleições? Ou poderá ser
um bom cabo eleitoral para uma ou outra tendência política? Qual ou quais?
Há
grande frustração da população, o desemprego de mais de 13 milhões de pessoas
não tem precedentes. A crise vem de longos anos e não se vê sinais de que será
ultrapassada. Com o impeachment, vendia-se a ideia de que, mudando a política
econômica, o crescimento viria. Não veio. Portanto, não é bom cabo eleitoral
nem para o governo atual nem para o que ele derrubou, pois a crise perdura em
ambos. Às vezes, alguns indicadores melhoram, mas em seguida regridem. A
situação internacional não ajuda, pois há muita incerteza com relação às
consequências de uma guerra comercial entre potências. Imagino que nessa
eleição, apesar da gravidade, haverá muitos votos brancos e nulos, pois há
descrédito sem precedentes nos políticos e nos partidos. A esquerda não
consegue articular uma plataforma alternativa, está fragmentada e parece não
entender a gravidade dos tempos. Já a direita tradicional – chamada na mídia de
“centro” – até agora não conseguiu encontrar seu candidato. De forma que
estamos numa situação inusitada: não sabemos quem vai realmente concorrer e os
maiores partidos não conseguem fechar, por razões políticas ou legais, quem são
seus candidatos. A economia, usando as palavras da pergunta, é mau cabo
eleitoral para todos. Por isso temas como segurança tendem a ocupar mais espaço
nos discursos dos candidatos, pois é muito mais fácil propor medidas que
contemplem a todos. É mais fácil ser demagógico e generalista ao tratar de tema
que preocupa a todos. Outra coisa é responder: que impostos serão aumentados?
Que subsídios serão cortados? Que setores serão alavancados para gerar emprego
e por quais mecanismos? A economia é sempre uma matéria desagradável, pois não
se pode iludir a todos por todo o tempo.
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