terça-feira, 31 de julho de 2018






INSTITUTO PARANÁ DIVULGA PESQUISA PARA PRESIDENTE



O Instituto Paraná divulgou nesta terça-feira (31) pesquisa sobre sucessão presidencial. A sondagem, realizada entre os dias 25 e 30 de julho com 2.240 eleitores, apresentou os seguintes principais resultados.

Cenário 1 (Sem Lula).

Jair Bolsonaro (PSL).............. 23,6%
Marina Silva (REDE).............. 14,4%
Ciro Gomes (PDT).................. 10,7%
Geraldo Alckmin (PSDB)........... 7,8%
Álvaro Dias (Podemos).............. 5%
Fernando Haddad (PT).............. 2,8%.

Cenário 2 (Com Lula)

Lula (PT).................................. 29%.
Bolsonaro (PSL)...................... 21,8%
Marina (REDE).......................... 9,2%
Alckmin (PSDB)......................... 6,2%
Ciro (PDT).................................. 6%
Álvaro Dias (Podemos).............. 4,2%.

Rejeição:

Fernando Haddad (PT) ............67%
Geraldo Alckmin (PSDB)...........63,3%
Henrique Meirelles (MDB).........62,3%
Ciro Gomes (PDT)....................58,9%
Marina (REDE)........................ 55,2%
Bolsonaro (PSL).......................55,3%
Lula (PT)..................................54,1%
Álvaro Dias (Podemos)............46%

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O principal assunto da pré-campanha tem sido as fake news. Foto - Flickr









“Quem define o resultado de uma eleição com segundo turno é o eleitor com pouca ou nenhuma afinidade ideológica, o que tende a favorecer os candidatos de centro. Os dois candidatos que chegarem lá disputarão os votos de quem não votou nem em A nem em B”. Thomaz Favaro, diretor da Control Risks, consultoria inglesa de gestão de riscos.










Rio Grande do Sul

MDB CONFIRMA JOSÉ FOGAÇA CANDIDATO AO SENADO

O ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça será o nome do MDB na briga por uma das vagas ao Senado. A confirmação do nome de Fogaça aconteceu depois de uma reunião que teve com o presidente estadual da sigla, deputado Alceu Moreira. O nome de Fogaça deverá ser homologado pela convenção do partido, marcada para o dia 5 de agosto. Fogaça já foi deputado constituinte, senador, deputado federal e deputado estadual. Ele substitui o ex-governador Germano Rigotto que desistiu de concorrer. José Fogaça disse que não poderia “deixar de integrar esse grande esforço que o partido está fazendo para reeleger o governador Sartori”. Com a definição de Fogaça candidato, a chapa do MDB tem José Ivo Sartori como candidato à reeleição com José Cairoli à vice, repetindo a chapa vencedora em 2014. E para o Senado os candidatos são José Fogaça (MDB) e Beto Albuquerque (PSD). (Jornal do Comércio) 

COTADA PARA VICE DE ALCKMIN, ANA AMÉLIA DIZ NÃO QUERER DAR O PASSO MAIOR QUE A PERNA

A senadora gaúcha Ana Amélia (PP), está cotada para ser indicada como vice de Geraldo Alkmin (PSDB), pelos partidos que integram o Centrão. Ana Amélia que é candidata à reeleição ao Senado, afirmou que “não gostaria de dar um passo maior que a perna, e que está trabalhando para se eleger para mais um mandato como senadora. “O desafio de ser vice é muito grande e eu conheço minhas limitações, sei o que posso fazer e o que talvez tenha dificuldade, dada a relevância que tem o cargo”, ressaltou a senadora. E ela disse ainda que não recusou nenhum convite, simplesmente porque não foi convidada. (Gaúcha ZH)

CONVENÇÕES FORMALIZAM APOIO À SARTORI E HEINZE

O PSL confirmou apoio à Luiz Carlos Heinze (PP) e a convenção definiu que Carmem Flores, presidente estadual do partido, será candidato ao Senado. Definida a chapa para o governo do Estado, o PSL agora quer palanque para Jair Bolsonaro. Para isso, a presidente do partido no Estado, Carmem Flores, vai tentar convencer a senadora Ana Amélia (PP). Carmem confirma a conversa para a próxima quinta-feira. Já o PR vai apoiar José Ivo Sartori (MDB) na tentativa de continuar no Palácio Piratini. Com o apoio do PR, a coligação de Sartori confirma ser a maior na eleição ao governo do Rio Grande do Sul com dez siglas. (Jornal do Comércio)

Brasil

PT NEGOCIA NEUTRALIDADE DO PSB EM TROCA DE ALIANÇAS ESTADUAIS

O Partido dos Trabalhadores (PT) não acredita mais em uma aliança em torno do seu candidato à presidência com o PSB. Por isso, os dirigentes do partido trabalham para evitar que o PSB se alie à Ciro Gomes, presidenciável do PDT. A negociação passa por acordos entre PT e PSB em Pernambuco e em Minas Gerais. Em Pernambuco, o PT abriria mão da candidatura da vereadora Marília Arraes e apoiaria a reeleição de Paulo Câmara (PSB) ao governo pernambucano. É uma negociação difícil porque os petistas de Pernambuco querem a candidatura da neta de Miguel Arraes que tem o apoio de Lula. Já em Minas é o contrário. O ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), abandonaria a disputa e apoiaria a reeleição de Fernando Pimentel (PT). O PT já adiou duas vezes o encontro nacional que vai definir a situação em Pernambuco para buscar o acordo interno e com o PSB.O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, negou as condições dos acordos e disse que o partido vai decidir, no próximo domingo, entre a aliança com o PT, apoio à Ciro Gomes (PDT) ou vai liberar as lideranças estaduais (UOL).

TARSO GENRO PREFERE BOULOS A HADDAD PARA CANDIDATO DO PT À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Ex-ministro da Justiça e da Educação no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ex-governador do Rio Grande do Sul e uma das principais lideranças da chamada esquerda petista, Tarso Genro, 71 anos, tem defendido que o PT considere apoio à Guilherme Boulos, pré-candidato pelo PSOL, caso a Justiça vete a candidatura de Lula, condenado e preso pela Lava Jato. Segundo Tarso, o candidato do PSOL em condições de liderar uma nova frente político-eleitoral de esquerda na era pós-Lula. Sobre a viabilidade de Fernando Haddad, de quem é muito próximo desde o tempo do Ministério da Educação, disse ter dúvidas sobre as chances do ex-prefeito de São Paulo ser o indicado pelo PT. Responsável pelo Instituto Novos Paradigmas e conhecido por ser um dos críticos do estabilishment petista, o ex-governador do Rio Grande do Sul argumenta que a defesa do eventual apoio a Boulos não representa risco a estratégia segundo ele acertada, de manter a candidatura de Lula, pois se trata de um nome forte fora do partido, enquanto a defesa explícita de Haddad, neste momento, poderia desestabilizar a unidade partidária. Na entrevista ao Estadão, Tarso defende que o PT escolha logo o candidato à vice e que o acordo de Geraldo Alckmin (PSDB) com o “centrão” obriga uma unidade da esquerda, ainda que no segundo turno. (Estadão)

RECESSO TERMINA AMANHÃ

Oficialmente o recesso parlamentar termina amanhã, dia 1º de agosto. No entanto, o Congresso Nacional vai continuar vazio. Até a semana que vem. E tudo por causa das eleições de outubro. No próximo domingo, ao menos 11 partidos realizam suas convenções nacionais e muitos outros as convenções estaduais e, entre eles os maiores paridos do País, como MDB, PT e DEM. Segundo o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), em agosto, a ideia é fazer duas semanas de esforço concentrado para a votação de matérias. A primeira seria nos dias 7 e 8, logo depois das convenções. Depois disso, nos dias 28 e 29, senadores e deputados dariam uma pausa em suas campanhas para mais uma semana de votações. Em setembro, também haverá uma semana de esforço concentrado, mas ainda não há uma data definida entre os presidentes do Senado e da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ). E o presidente do Senado também disse que ainda não está definida a pauta de votações. Uma das pautas que o presidente Michel Temer quer ver em votação imediatamente é a privatização da Eletrobrás. Por ser uma pauta “pesada” dificilmente irá a votação antes das eleições de outubro. (Diário do Poder)

EM SEIS DIAS TERMINA O PRAZO PARA REALIZAÇÃO DE CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS

No próximo domingo, dia 5, termina o prazo estabelecido pela Lei Eleitoral para que os partidos escolham seus candidatos à presidência da república, ao Senado, a Câmara Federal, Assembleias Legislativas e governadores. Faltam seis dias para terminar o prazo das convenções e, até agora, temos seis presidenciáveis confirmados pelos partidos. Ciro Gomes é o candidato do PDT. Esta será a terceira vez que disputa eleição para presidente. Guilherme Boulos é o candidato do PSOL que terá uma chapa “pura” com a ativista indígena Sônia Guajajara como candidata à vice. Boulos tem 36 anos e disputa a presidência pela primeira vez. É filósofo formado pela USP. Jair Bolsonaro é o candidato do PSL. Militar da reserva, Bolsonaro é deputado federal por 7 legislaturas consecutivas. José Maria Eymael, do partido Democracia Cristã (DC) disputa a presidência da república pela quinta vez. Perdeu as outras quatro. O economista Paulo Rabello de Castro é o candidato do PSC. Ex-presidente do IBGE e do BNDES, é candidato à presidente da república pela primeira vez. Vera Lúcia é a candidata do PSTU. Vera Lúcia tem 50 anos e foi expulsa do PT em 1992 junto com integrantes do grupo político Convergência Socialista que, anos mais tarde, fundo o PSTU. É graduada em Ciências Políticas pela Universidade de Sergipe e disputa a presidência da república pela primeira vez. (G1)

MILITANTES COMEÇAM GREVE DE FOME A FAVOR DA LIBERTAÇÃO DE LULA

Seis militantes de movimentos sociais começarão hoje, às 16 horas, uma greve de fome pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril. Os apoiadores de Lula ficarão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), para pressionar a presidente da Corte, ministra Carmem Lúcia, a rediscutir a prisão de condenado em segunda instância. (O Valor)

EM BUSCA DE APOIO, PT RIFA CANDIDATOS AO SENADO

Para garantir apoio ao seu candidato à presidência da república, o PT está abrindo mão de lançar concorrentes na disputa ao Senado em vários estados. No Maranhã, o partido rifou a candidatura própria para apoiar nomes escolhidos pelo governador Flávio Dino (PCdoB). No Ceará, o PT desistiu de tentar a reeleição de José Pimentel para ajudar na reeleição de Eunício de Oliveira (MDB). No Amazonas, o partido abriu mão de ter candidato próprio para apoiar a reeleição e Vanessa Grazziotin (PCdoB). No Piauí, os petistas vão apoiar Ciro Nogueira (PP), em detrimento da reeleição de Regina Souza (PT). Membro do diretório nacional do PT, Marcio Jardim, que teve a candidatura ao Senado no Maranhão preterida diz que o “PT tem feito muitos gestos para o PCdoB”. Com estas decisões o PT deverá ter sua banda reduzida consideravelmente no Senado a partir de 2019. (Estadão)











Robaina: “Temos as mãos limpas e proposições concretas”


Roberto Robaina, candidato ao governo do RS pelo PSOL - Foto: Reprodução do facebook



O vereador Roberto Robaina, nascido em Porto Alegre, em 1967, foi confirmado candidato do PSOL ao governo do Rio Grande do Sul pela convenção do partido, realizada em 22 de julho, na Câmara Municipal de Porto Alegre. Ele participou da fundação do partido em 2003. Três anos depois foi, pela primeira vez, candidato ao Palácio Piratini. Nas eleições de 2012 disputou a prefeitura da capital gaúcha. Em 2014, novamente o governo do Estado. Não obteve sucesso em nenhuma dessas tentativas. 

Formado em História, com mestrado em Filosofia, Robaina baseia sua atuação política nos movimentos sociais, como o sindical e o estudantil, em que iniciou sua atividade, em 1982, liderando mobilizações pelas Diretas, Já. Ele lembra que nenhum dos parlamentares eleitos pela legenda ao Congresso Nacional está envolvido com a Lava Jato. “Temos as mãos limpas e proposições concretas.” O PSOL, ressalta, não aceita “a política de balcão de negócios que foi reproduzida por todos os governos na Nova República, sem exceções”.

Para superar a crise em que o estado se encontra, Robaina defende a adoção de quatro medidas: suspensão do pagamento da dívida com a União, luta pela revogação da Lei Kandir, revisão dos incentivos, das desonerações e das isenções fiscais e o combate à sonegação.

1 – Por que os gaúchos devem votar no senhor e não em seus adversários?

– Desde as Jornadas de Junho de 2013, o povo brasileiro demonstrou que não está mais disposto a aceitar as velhas fórmulas. Foi uma contestação de tudo que está aí: o sistema político-econômico, os partidos, as representações. As soluções apresentadas pelos partidos tradicionais para a crise do Estado são sempre as mesmas: austeridade, cortes nos serviços prestados ao povo, mas sem coerência – uma das primeiras medidas de Sartori, por exemplo, foi aumentar seus salários e de seus secretários. O mesmo aconteceu em Porto Alegre, onde Marchezan diz que não há dinheiro, mas deu aumento substancial para dois de seus secretários.

O PSOL é um partido que encarna essa indignação contra o sistema que está posto. É o único partido que elegeu parlamentares ao Congresso Nacional nas últimas eleições sem qualquer envolvimento nas investigações da Operação Lava-Jato. Temos as mãos limpas e proposições concretas. Nossos parlamentares são eleitos os melhores do Congresso Nacional todos os anos.

2 – O que o senhor fará para conquistar o voto dos eleitores desiludidos com a política e os políticos que, segundo as pesquisas eleitorais, chegam a 30%?

– Levaremos à população gaúcha nossas propostas e nossas ideias. A desilusão com a política que está aí nós também temos. Não aceitamos a política de balcão de negócios que foi reproduzida por todos os governos na Nova República, sem exceções. Somos um partido que faz política diferente, e a população gaúcha terá condições de perceber isso e optar pelo nosso projeto no dia 7 de outubro.

3 –  A crise de finanças do Estado tem solução? Qual?

– Há solução, que passa por medidas que os governos do Estado até hoje não tiveram coragem de executar.

Primeiramente, nós já dizíamos em nossa primeira eleição ao governo do Estado, em 2006, que era necessária uma auditoria pública da dívida. Em 2010 e 2014, defendemos a suspensão do pagamento dessa dívida, que na nossa ótica já foi mais do que paga, e fomos taxados de radicais. Agora, em 2018, todos reconhecem a anomalia que é representada por essa dívida, que sangra os cofres públicos sem perspectiva de solução – quanto mais se paga, mais se deve. Até mesmo o STF, em decisão liminar, suspendeu o pagamento dessa dívida. Portanto, a primeira solução para a crise de finanças é a suspensão do pagamento da dívida com a União.

A segunda medida é o fim da Lei Kandir. Essa lei desonerou os produtos primários para exportação da cobrança de ICMS, com a promessa de recomposição das perdas pela União. Só que essa recomposição foi irrisória. Levantamentos apontam que a Lei Kandir já fez o Estado perder R$ 65,5 bilhões – valor que resolveria a questão da dívida –, mas a União só ressarciu R$ 15,5 bilhões. São R$ 50 bilhões de perdas reais para o Estado. Além disso, a Lei Kandir não trouxe benefícios à economia: ao desonerar o produto primário, estimula a exportação, por exemplo, de grãos não beneficiados, ou seja, de produtos de baixo valor agregado, levando a uma primarização da economia e, em última análise, à desindustrialização. É uma péssima lei sob qualquer ótica. O governador precisa envolver-se pessoalmente na luta política pela revogação da Lei Kandir.

A terceira medida é a revisão dos incentivos, das desonerações e das isenções fiscais. As políticas de incentivos fiscais implementadas nas últimas décadas favorecem grandes empresas que recebem isenções gigantes, prejudicando a sociedade. Não cumprem a contrapartida de gerar mais empregos e provocam uma perda de arrecadação no caixa do governo que poderia ser investida em saúde, segurança e educação. Em um momento de escassez clara de recursos e de dificuldades do estado prestar os serviços mais básicos, caberiam revisões de desonerações fiscais concedidas, algumas das quais com pouca transparência e rara informação sobre o retorno social e econômico dessas renúncias. Para se ter uma ideia, o Fundopem oportunizou uma isenção de 380 milhões de reais ao empresário Lírio Parisotto e sua empresa Videolar Innova que, como contrapartida, abriu cinco vagas de emprego para os gaúchos. Não há justificativa para uma política como essa.

A quarta medida é o combate à sonegação. Segundo o Sindicato dos Técnicos do Tesouro do Estado do RS (Afocefe), através do instrumento Sonegômetro, estima-se que o Estado tenha perdido, apenas em 2017, R$ 7,8 bilhões com a sonegação de impostos. Como eixo estratégico para enfrentar a crise é necessário buscar mecanismos permanentes de combate à sonegação. A importância da integração e do trabalho articulado entre as carreiras e demais secretarias de Estado e da necessidade de aliar a fiscalização virtual com a ostensiva. A presença física do Estado aumenta a percepção de risco e não permite que a sonegação tenha trânsito livre, coibindo também, outros crimes a ela relacionados. Por isso a defesa pelos auditores fiscais do Sindifisco e do Afocefe pela valorização e pela autonomia da Administração Tributária, para fortalecer a máquina pública do Estado a fim de defendê-lo de uma contabilidade paralela. É necessária uma cobrança ativa dos grandes devedores do Estado.

4 – Se eleito, qual será o seu primeiro ato, após a posse em 1º de janeiro de 2019?

– Chamaremos as representações dos servidores públicos para determinar o início de um trabalho para revolucionar a gestão do Estado, reestabelecendo o pagamento em dia e construindo um plano de ação de emergência. O Estado passa por enormes dificuldades. São tantos problemas em todos os setores que é difícil definir apenas um ato. Mas acreditamos ser necessário iniciar pelas finanças e, por isso, decretaremos a suspensão do pagamento da dívida pública e iniciaremos o chamado aos servidores da Secretaria da Fazenda para estabelecer planejamento quanto às isenções, desonerações e incentivos fiscais e quanto à sonegação.

Próxima entrevista: Júlio Flores, do PSTU.

segunda-feira, 30 de julho de 2018






PR OFICIALIZA APOIO À SARTORI


O Partido da República (PR) no Rio Grande do Sul selou aliança com o MDB, de José Ivo Sartori. A decisão saiu na tarde de hoje, em convenção estadual em Porto Alegre. O apoio ao governador se definiu minutos antes do início da convenção, marcada para as 17h. A costura passou pela decisão do PSB, que hoje à tarde definiu se coligar com PR para a disputa proporcional, à Câmara Federal. Para a Assembleia, os candidatos do PR vão disputar coligados com os do PSD, partido do vice-governador José Paulo Cairoli. Caso o PSB não cedesse, o destino do PR seria o PSDB, de Eduardo Leite. Com a adesão do PR, o MDB passa a ter apoio de seis legendas, incluindo PSD, PSB, PMN, PTC e PSC.







Francisco Lula Buarque de Holanda no Festival de Música e Luta por Justiça. Foto - Ricardo Stuckert






“Se Lula fosse candidato, realmente tenho dúvidas que Ciro, Boulos e Manuela tivessem colocado suas candidaturas – com todo o respeito”. Fernando Haddad, sobre a representação da esquerda na eleição presidencial. 








Rio Grande do Sul

APOIO DE DEZ PARTIDOS GARANTE A SARTORI O MAIOR TEMPO DE TV E RÁDIO

Com o Partido Republicano (PR) se aliando ao governador José Ivo Sartori (MDB), estão praticamente concluídas as alianças para o governo do Rio Grande do Sul. O PR é o décimo partido a “fechar” com a candidatura do governador, o que dá para Sartori a maior coligação e o maior tempo de rádio e TV na propaganda eleitoral que começa no dia 31 de agosto. Cálculos extraoficiais indicam pouco mais de 3 min em cada bloco (são dois blocos por dia de propaganda eleitoral gratuita). O deputado Giovani Cherini, presidente estadual do PR, justificou sua aliança com o atual governador dizendo que “a chance de eleger deputados federais e estaduais com esta coligação é maior”. E acrescentou que o governador Sartori “tem boas chances de ser reeleito porque é honesto”. A aliança com Sartori será confirmada hoje com a realização da convenção estadual do PR. A coligação que trabalha para a reeleição de José Ivo Sartori tem o MDB, PSD, PSB, PR, Patriota, PSC, PRP, PMN, PTC, e DC (Democracia Cristã). E a convenção do MDB está agenda para o próximo domingo, último dia permitido pela Lei Eleitoral (Gaúcha ZG- Rosane de Oliveira)

CONVENÇÃO DO PSD APROVA COLIGAÇÃO COM MDB E CAIROLI SERÁ CANDIDATO À VICE MAIS UMA VEZ

O governador José Ivo Sartori (MDB) ainda não é – oficialmente – pré-candidato à reeleição. No entanto, seu partido já teve a aliança confirmada com 10 siglas, entre elas o PSD que realizou sua convenção neste final de semana, confirmando José Cairoli candidato à vice na chapa de Sartori, repetindo a dobradinha de 2014. Na convenção, ontem, no Hotel Ritter, em Porto Alegre, o governador Sartori esteve presente. Pouco para fotos com Cairoli e com Beto Albuquerque, candidato ao Senado pelo PSB. Esta foi a segunda convecção de aliados que Sartori participa, a primeira foi do PSB, final de semana passado. Sobre não confirmar sua candidatura à reeleição, Sartori disse que “não sou candidato de mim mesmo. Nunca fui nem mesmo em eleição de grêmio estudantil”, desconversou o governador. (Gaúcha ZH)


BRASIL

MANUELA SERIA UMA BOA PRESIDENTA, QUANTO MAIS UMA VICE, DIZ CIRO GOMES

Mirando as alianças com PCdoB e PSB para evitar seu isolamento na disputa presidencial, Ciro Gomes (PDT) elogiou Manuela D’Ávila (PCdoB), cuja candidatura pode vir a ser negociada ainda no primeiro turno. ‘O PCdoB tem uma candidata extraordinária, a Manuela, que tem feito um papel brilhante. Ela seria uma boa presidenta, quanto mais uma boa vice”, afirmou o petista, neste domingo, em São Paulo. “O único defeito dela, tenho dito a ela com muito carinho, é a juventude. Nada que o tempo não resolva”, acrescentou. O candidato do PDT também disse que não pode pedir o apoio do PCdoB publicamente porque o “partido tem uma candidatura respeitabilíssima”. Sobre uma possível aliança com o PSB, Ciro disse que a maioria dos diretórios estaduais já sinalizaram que querem apoiá-lo, mas o impasse com a executiva nacional do PSB continua. (Folha de S. Paulo)

ELEIÇÃO EXPÕE BRIGA DE AUTORES DO IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEFF

A aproximação da advogada Janaina Paschoal com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), que a convidou para ser vice em sua chapa, provocou um racha entre os principais integrantes do movimento que levou ao impeachment à presidente Dilma Rousseff (PT). “Recebi com muita tristeza a aproximação de Janaina com Bolsonaro. Há uma contradição dele com a democracia. É impossível que qualquer democrata vote no Bolsonaro” disse o jurista Miguel Reale Jr. Filiado ao Podemos, Reale Jr é cotado para ser o vice de Álvaro Dias. Hoje, Bolsonaro vai à São Paulo para participar do programa Roda Viva, da TV Cultura, e vai aproveitar para conversar, mais uma vez, com Janaina para saber se ela aceitou o seu convite para compor a chapa à presidência da república. (Estadão)

PARA QUEM QUERIA RENOVAÇÃO... 90% DOS DEPUTADOS FEDERAIS VÃO À REELEIÇÃO

Há sete eleições, a composição do Congresso Nacional sempre muda praticamente a metade. O restante das vagas fica para as figurinhas carimbadas que conseguem se reeleger. Na última eleição, em 2014, os brasileiros elegeram o parlamento mais conservador desde a revolução de 64, com grande número de representantes de setores como o agronegócio, da bola, militar e religiosa. E a expectativa é que 90% dos atuais deputados federais busquem a reeleição contra 75% em 2014. A avaliação é do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), um centro de estudos que existe há mais de três décadas dentro do próprio Congresso Nacional. O pesquisador Antônio Augusto de Queiróz explica que a tendência “é vir mais do mesmo”. O pesquisador diz ainda que os “10% que vão desistir ou vão concorrer a outros cargos serão substituídos majoritariamente por parentes, seja esposa ou marido, filho, pai, mãe, etc. Assim, a tendência é de crescimento também das bancadas dos parentes”. O cientista político Melilo Diniz que muitos políticos vão buscar a reeleição por causas das investigações de Lava Jato e outras operações. Diniz diz ainda que a redução do tempo de propaganda política deixará pouco espaço para os novatos e o desânimo do eleitor também contribui para a perspectiva de pequena renovação no Congresso Nacional (Globo.com)

PARTIDOS DO CENTRÃO VETAM PAULISTA PARA VICE DE ALCKMIN

O Centrão definiu critérios para a escolha do candidato à vice na chapa de Geraldo Alckmin: não pode ter nascido no estado de São Paulo, não pode responder a processo e ter sido ministro de Michel Temer. Da lista apresentada ao pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, Aldo Rabelo (Solidariedade) é hoje o mais cotado. Apesar de ter feito carreira política em São Paulo, seu nome foi incluído porque nasceu em Alagoas. Ainda na lista Margarete Coelho (PP), vice-governadora do Piaui. Valdemar da Costa Neto, presidente do PR, não lamentou que Josué Gomes não aceitou ser vice de Alckmin. Para ele é mais importante os ministérios com orçamentos bilionários. (Estadão)

VAQUINHAS IDEOLÓGICAS


Advogados eleitorais se articulam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para a criação de “vaquinhas ideológicas”. Ao invés de doar recursos para um candidato, os eleitores poderiam transferir dinheiro para grupos de políticos alinhados em torno de uma proposta, como o movimento LGBT e a causa das mulheres. Os recursos seriam divididos de forma igualitária entre os candidatos. Integrantes do TSE gostaram da ideia, mas para valer seria necessário aprovar a resolução em plenário (Estadão)       







Uma eleição diferente que exige um eleitor diferenciado


Apesar de todas as expectativas para com as eleições deste ano, chegamos a última semana das convenções partidárias sem que o cenário político nacional e estadual esteja montado. E o pior, sem que a desejada depuração da prática política e a ambicionada renovação parlamentar se mostrem exequíveis.
Mas o que realmente perturba é constatar que não existe lógica no arranjo conjuntural que está sendo montado. Ou melhor, que a única coisa certa é a prevalência de um vale-tudo político, mediante alianças partidárias pragmáticas para conseguir mais recursos e tempo de propaganda eleitoral. Nenhuma coerência ideológica. Nenhuma afinidade programática. Nenhum constrangimento com a presença de nomes de moral duvidosa.
Some-se à estas incoerências a não menos incompreensível situação apresentada pelas pesquisas, onde os favoritos ou estão ameaçados de não poder participar do pleito, no caso o ex-presidente Lula, ou sequer se apresentaram como pré-candidatos, como é caso do governador Sartori, e teremos um quebra-cabeça de difícil elucidação.
Diante desse enredo enigmático, fica facilitado o entendimento do por que as pesquisas mostrarem que um terço dos entrevistados ainda não sabe em quem votar para governador e para presidente. O que aumenta a preocupação com o resultado das urnas.           

Mas nem tudo é nebuloso nesse ambiente. Existem candidatos com credibilidade suficiente para fazer um bom governo ou um eficiente mandato parlamentar. O desafio está em separar o joio do trigo. Nada que seja muito difícil ou trabalhoso. Basta que o eleitor pesquise o passado daqueles que lhe chamem a atenção. Como cidadão e como homem público. E a Internet, neste caso, é a melhor conselheira. Mas muito cuidado com as fake news. 









Jairo Jorge aposta na inovação para tirar o estado da crise


Jairo Jorge, candidato do PDT. Foto - Divulgação


No dia 26 de julho de 2018 o ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge foi escolhido pelo PDT como candidato ao governo do Rio Grande do Sul. Disputar cargos eletivos não é novidade para ele. Em 1985, aos 22 anos, concorreu à prefeitura de sua cidade natal, tendo ficado em terceiro lugar. Para a legislatura de 1989-1992 foi eleito vereador, como o mais votado de todo o interior do Estado. Na gestão de Tarso Genro frente ao Ministério da Educação ocupou o cargo de secretário executivo. Elegeu-se para a prefeitura em 2008 e foi reeleito em 2012 com 71,27% dos votos, a sexta maior votação do Brasil.

Em seus oito anos como prefeito, foi vice-presidente da Frente Nacional dos Prefeitos e da Rede Cidades. Pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), coordenou o Projeto RS 2030, que ouviu mais de 1.500 lideranças gaúchas e apresentou soluções para a crise do RS.

Jairo Jorge lembra que é o único entre os candidatos e pré-candidatos que já visitou os 497 municípios gaúchos. Ressalta ter sido um prefeito inovador. Atraiu para a cidade 19.808 novas empresas, construiu 14 escolas e cinco UPAs. Entende que o Estado deve ser governado da mesma forma que governou sua cidade. “Acredito que a inovação é o caminho para a superação das mazelas e dos problemas estruturais do Rio Grande do Sul, com soluções novas e originais.”

A diferença entre a campanha de 2018 e as anteriores, segundo ele, está no papel do candidato que, esse ano, deverá dizer aos eleitores o que eles precisam ouvir e não o que querem ouvir, como determinavam os marqueteiros. “Por isso, estou fazendo uma pré-campanha como se fazia no passado, gastando sola de sapato e saliva, conversando com as pessoas”, afirma. Se eleito, Jairo Jorge promete criar uma mesa de diálogo com os funcionários públicos, com vistas a “um pacto para tirar o Rio Grande do Sul da crise”. Também promete “adotar medidas para colocar em prática o binômio de celeridade e redução da carga tributária”.

– Por que os gaúchos devem votar no senhor e não em seus adversários?

– Eu quero ser governador para fazer diferente, para transformar a vida das pessoas. Eu tenho experiência para fazer diferente. Fui um prefeito inovador e, durante os oito anos que administrei Canoas, busquei soluções originais para levar a minha cidade a outro patamar. Quadruplicamos o orçamento, conseguimos trazer 19.808 novas empresas, geramos milhares de empregos, melhoramos a educação, a saúde, a segurança e deixamos um legado de 835 obras.

Assumi uma cidade com inúmeros problemas, com R$ 25 mil em caixa, com oito meses de atraso de pagamentos de fornecedores e uma dívida de R$ 175 milhões. Mas sempre olhei para frente, jamais critiquei meu antecessor. É da forma que eu governei Canoas que entendo que o Rio Grande precisa ser governado. Não será com lamentações, com ataques, nem com uma guerra santa com os servidores públicos que vamos pacificar o Rio Grande do Sul.

Eu faço uma pré-campanha olhando para frente, uma pré-campanha propositiva. Não estou atirando pedras em ninguém, nem no Sartori, Yeda, Rigotto ou Tarso. Ao invés de atirar pedras, eu defendo usar essas pedras para construir os alicerces do futuro que desejamos. E todos os gaúchos desejam um futuro melhor. Vamos apresentar claramente um programa de governo para que o Rio Grande do Sul saia desta crise profunda. Eu quero ser governador porque acredito na força, no empreendedorismo, na liderança e na competência dos gaúchos. Eu acredito efetivamente que o Rio Grande tem solução.

Precisamos de humildade para buscar as soluções que tiveram êxito em outros estados e coragem para inovar. Acredito que a inovação é o caminho para superação das mazelas e dos problemas estruturais do Rio Grande do Sul, com soluções novas e originais. É isso que me motiva a ser o governador de todos os gaúchos.

Para isso, eu peregrinei todo o estado. Sou o único pré-candidato que visitou todos os 497 municípios. Fiz isso exatamente para me preparar. Eu entendo que quem quer ser governador tem de conhecer o Estado como a palma da mão. Eu conheci todas as cidades para ter um diagnóstico exato do estado e para apresentar as soluções que os gaúchos esperam.

E vamos agir rápido, porque o tempo das pessoas é o tempo em que as soluções precisam ser propostas. Acredito que as medidas têm de nascer nos primeiros 100 dias do Governo.
– O que o senhor fará para conquistar o voto dos eleitores desiludidos com a política e os políticos que, segundo as pesquisas eleitorais, chegam a 30%?

– Nesta campanha, as pessoas querem sinceridade. Eu tenho procurado fazer uma campanha propositiva, verdadeira, apresentando ideias e projetos. Estou fazendo uma campanha diferente, pois até a eleição passada, o marqueteiro era mais importante do que os candidatos. Eles diziam aquilo que o eleitor queria ouvir. Neste ano, os candidatos terão de dizer aquilo que as pessoas precisam ouvir. O eleitor, o cidadão quer a verdade, quer honestidade, quer transparência. E nós devemos isso a eles. Essa tem sido a tônica de toda minha trajetória. A sinceridade é o caminho para se conectar e estabelecer uma ponte com as pessoas que estão céticas e desiludidas com a política.

Temos de ser a mudança que buscamos para transformar o Rio Grande. Por isso, estou fazendo uma pré-campanha como se fazia no passado, gastando sola de sapato e saliva, conversando com as pessoas. Eu ouvi mais de 25 mil gaúchos nos 16 meses que percorri o Estado (foram mais de 102 mil quilômetros percorridos). Eu pude ouvir o desencanto das pessoas e também seus sonhos. Eu quero apresentar aos gaúchos um programa que seja inovador e possível e que possa levar o Rio Grande a um novo rumo. Para isso nós precisamos ter liderança para fazer e para unir os gaúchos.

– A crise de finanças do Estado tem solução? Qual?

– A crise de finanças do Estado não é superficial, mas também não é insolúvel. É uma crise profunda, que começou na década de 1960 com as mudanças da matriz tributária. Ao longo dos anos, as mudanças foram tirando progressivamente do Rio Grande do Sul (e dos Estados) sua capacidade de enfrentar os problemas e criar alternativas. Precisamos ter capacidade de construir soluções. As finanças do Estado dependem da economia, da capacidade de tornar o Rio Grande um polo de atração de investimentos. Defendo o binômio celeridade e redução da carga tributária.

Hoje o Rio Grande é o estado mais burocrático do país. Para se ter uma ideia, uma licença ambiental leva em média 900 dias no RS, enquanto em Santa Catarina o prazo é de 90 dias. Precisamos desburocratizar e simplificar processos para tornar o estado mais simples e rápido, que possamos resolver e encaminhar através do celular e de aplicativos. O Estado deve estimular os empreendedores e construir soluções para a retomada do crescimento. Eu fiz isso como prefeito de Canoas. Reduzi o prazo de abertura de empresas de 120 dias para 48 horas. Um shopping, que demorou cinco anos para ter licença ambiental em Porto alegre, precisou apenas de 57 dias em Canoas. Por isso, é possível licenciar em apenas 60 dias. Isso vai nos tornar o estado mais rápido do Brasil.

Também precisamos reduzir a carga tributária. Nós precisamos diminuir para aumentar. Nosso ICMS está tirando a competitividades das nossas empresas. Em 2009, implantei a Lei do Gatilho que, à medida que aumenta a arrecadação, dispara um gatilho e reduz a alíquota, de forma progressiva para que esse recurso retorne para a economia e gere mais desenvolvimento. Canoas foi a primeira cidade do Brasil a fazer isso. Reduzimos em um terço a alíquota do ISS, e a arrecadação aumentou 104%.

Vamos enfrentar o problema de sonegação com inteligência fiscal, revisar benefícios, promover o desenvolvimento no tradicional, na agricultura, pecuária e indústria, e na inovação, fazendo com que o Rio Grande possa estar no mapa das startups do Brasil.
Também precisamos reestruturar o Estado com apenas dez novas estruturas e três níveis hierárquicos.

Mas não existe solução fácil, nem simples, feita da noite para o dia. São soluções difíceis e complexas, que serão discutidas com a sociedade, priorizando sempre o cidadão.

– Se eleito, qual será o seu primeiro ato, após a posse em 1º de janeiro de 2019?

– Penso em um conjunto de três grandes ações fundamentadas em uma nova postura: convergência.

Primeiro, entendo que é preciso acabar com essa guerra com os servidores públicos. Vou criar uma Mesa de Diálogo para me reunir com os servidores e suas instituições para que possamos criar um pacto para tirar o Rio Grande do Sul da crise. Não será com a atual política de parcelamento de salários que vamos recuperar as finanças e a capacidade de ação do Estado. Precisamos nos reconectar e mobilizar a inteligência do Estado, fazendo uma política de valorização do servidor público.

Segundo, vou adotar medidas para colocar em prática o binômio de celeridade e redução da carga tributária. Medidas para simplificação, rapidez nos licenciamentos e para a implantação da Lei do Gatilho.

Terceiro, vamos reestruturar o Estado, tornando-o mais resolutivo e com o cidadão em primeiro lugar. Sou contra a agenda da privatização. Entendo que um governador não é eleito para ser leiloeiro. Por isso, defendo que o Banrisul continue sendo o banco público dos gaúchos. Veja, em 2017, o Banrisul teve um lucro de R$ 1 bi, mas tranquilamente poderia dar mais. Precisamos fortalecer o banco, aumentar sua lucratividade. Com esse lucro, pretendo criar um fundo para a educação. Vamos encaminhar, no primeiro dia do mandato, para a Assembleia Legislativa um conjunto de medidas para a recuperação do desenvolvimento e da força do Rio Grande do Sul. Esses serão os primeiros atos do nosso governo, de forma respeitosa e propositiva. Sempre com diálogo, porque é isso que o Rio Grande precisa.

Próxima entrevista: será a do candidato do PSol, Roberto Robaina.