Com o início das convenções estaduais os caminhos políticos começam a se cruzar, mas todos conduzem às urnas. Tiago Miranda/Flickr
“Querem me derrotar? Façam isso de forma limpa, nas urnas. Discutam
propostas para o país e tenham responsabilidade, ainda mais neste momento em
que as elites brasileiras namoram propostas autoritárias de gente que defende a
céu aberto assassinato de seres humanos” Luiz Inácio Lula da Silva em artigo
publicado na Folha de São Paulo.
Rio Grande do Sul
JÚLIO FLORES, O 10º CANDIDATO AO
PIRATINI
O
PSTU confirmou nesta quinta-feira que Júlio Flores será candidato ao governo do
Estado, nas eleições de outubro. É o décimo candidato ao cargo. O partido terá chapa pura com Ana Clélia como
vice.
NOVO FAZ CONVENÇÃO HOJE
O
partido Novo realiza hoje, às 15h, sua convenção estadual, confirmando Matheus
Bandeira como candidato ao Palácio Piratini e Bruno MIragem como vice. A
convenção vai se realizar no Chalé da Praça XV, centro histórico de Porto
Alegre. A convenção vai ter a presença de João Amoedo, candidato do partido à
presidência da república. O Novo não vai apresentar candidato ao Senado e terá
“chapa pura” para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa (Jornal do
Comércio)
CARMEM FLORES QUER SER SENADORA
O PP
decidiu que Ana Amélia é candidata única ao Senado. Ela busca a reeleição. No
entanto, Carmem Flores também quer ser candidata, pelo PSL, partido que ela
preside aqui no Estado. Carmem disse para Rosane de Oliveira, da RBS, que
resolveu concorrer porque Ana Amélia não quer se vincular a Jair Bolsonaro,
candidato à presidência da República pelo PSL. Carmem acredita que possa
concorrer à revelia do PP, mas a lei diz que a coligação para eleição
majoritária não pode ser dividida. Para Celso Bernardi, presidente estadual do
PP, se Carmem Flores quer ser candidata ao Senado precisará ser aprovada pela
convenção do partido que será realizada nos primeiros dias de agosto. Surpresa
com a decisão de Carmem, a senadora Ana Amélia disse que a “coligação foi
construída pelos dirigentes dos partidos e não tive participação no processo”.
(Gaúcha ZH)
Brasil
CIRO – FORÇA E PAIXÃO PARA MUDAR O
BRASIL
A
convenção nacional do PDT será realizada hoje em Brasília, na sede do partido.
Com o slogan “Ciro – Força e Paixão para mudar o Brasil” Ciro Gomes será
oficializado como candidato do partido a disputa do Palácio do Planalto. A
convenção tem início previsto para às 11h. O PDT será o primeiro partido a
oficializar seu candidato, justamente no primeiro dia previsto para as
convenções na Lei Eleitoral. O prazo termina no dia 5 de agosto e, dez dias
depois encerra o prazo para a inscrição da chapa no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). Mesmo com a oficialização de Ciro, o PDT não vai fazer o registro
imediatamente. O partido aguarda negociações de alianças com a vaga do
candidato à vice em aberto. O PDT disputa com o PT o apoio do PSB (UOL)
CENTRÃO FECHA COM GERALDO ALKCMIN
No
dia da convenção que vai homologar Ciro Gomes como candidato ao Palácio do
Planalto, o PDT perdeu o apoio do “Centrão”. Os cinco partidos – DEM, PP,
Solidariedade, PRB e PR – decidiram apoiar Geraldo Alckmin, pré-candidato do
PSDB, à presidência da República. No entanto, os dirigentes do bloco disseram
ao ex-governador de São Paulo que o acordo pode ser anunciado oficialmente no
dia 26, se não houver nenhum empecilho até lá. O vice-presidente será o
empresário Josué Gomes da Silva (PR), filho do ex-presidente José Alencar morto
em 2011. A decisão do “Centrão” em se aliar à Geraldo Alkmin aconteceu depois
que o PR entrou no bloco. Valdemar da Costa Neto, presidente do PR, não admitia
aliança com Ciro Gomes que era o caminho que o bloco indicava. No mercado
eleitoral, o apoio destes cinco partidos representa importante na busca da
presidência. Com estes partidos aliados, Alckmin ganha, no mínimo, mais 4
minutos e 12 segundos por dia no horário eleitoral de rádio e TV que começa no
dia 31 de agosto. Na Câmara Federal estes partidos tem, hoje, 164 dos 513
deputados. Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, disse sobre não ter feito
aliança com o “Centrão” que “este doce pode estar estragado” (Estadão)
SEM O CENTRÃO, CIRO ACENA À LULA E DIZ
QUE VAI GOVERNAR PARA OS MAIS POBRES
Sem
o apoio do “Centrão”, Ciro Gomes disse que “comete alguns erros sim”, mas disse
que quem quiser ajudá-lo tem que saber que seu governo “ajudará os mais
pobres”. Ele também fez um aceno aos partidos de esquerda ao dizer que a paz no
País só será restaurada com a “liberdade do ex-presidente Lula”. O
ex-governador do Ceará e ex-ministro disse que não trará as riquezas do Brasil
de volta sozinho. “Não tenho esse poder, preciso sinalizar a todos os
brasileiros de boa-fé que não sou dono da verdade, eu cometo erros. Não me
custa nada reconhecer isso, mas nenhum deles foi por deserção”, disse Ciro
Gomes. (UOL)
PT BUSCA APOIO DO PCdoB E OFERECE VAGA
NA CHAPA PARA MANUELA
Com
o risco de ficar isolado na disputa da presidência da república, o PT corre
atrás do PCdoB e oferece a vaga de vice para Manuela D’Ávila. Esta
possibilidade foi discutia em uma reunião realizada nesta quinta-feira, em São
Paulo, entre a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e a presidente do
PCdoB, Luciana Santos. “Temos muita simpatia por este arranjo de ter Manuela na
vice. Obviamente, isto não é decisão que se tome neste momento. Depende de uma
discussão interna do PCdoB e também das discussões internas do PT e com outros
partidos” disse a presidente do PT. A presidente do PCdoB, que mantém conversas
com Ciro Gomes, também demonstrou interesse em ter Manuela D’Ávila como vice,
mas afirmou que a reunião não foi conclusiva. Petistas saíram animados do
encontro. Os partidos avançaram no entendimento nos Estados e na estratégia
para a disputa de vagas na Câmara Federal.
Gleisi disse que também conversa com o PSB. (Estadão)
PSC OFICIALIZA EX-PRSIDENTE DO BNDES
CANDIDATO AO PLANALTO
O
PSC realiza hoje, ao meio dia, sua convenção nacional para confirmar Rabello de
Castro como candidato à presidência da república. O evento será realizado em um
hotel de Brasília. O economista Paulo Rabello de Castro foi presidente do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDS) de junho de 2016 a maio de 2017. O
vice ainda não foi escolhido. Amanhã o candidato estará no Rio de Janeiro para
o lançamento das candidaturas do ex-juiz federal Wilson Wetzel ao governo do
Estado e do presidente nacional do PSC, pastor Everaldo, ao Senado. (GaúchaZH)
No
final do ano passado, o Partido dos Trabalhadores lançou o nome de Miguel
Rossetto como pré-candidato ao governo do Estado. Nesse primeiro semestre de
2018, ele tem viajado pelo Estado em busca de mais diálogo com os gaúchos.
Acredita que a sua “candidatura representa a mudança no Estado do RS, a mudança
que irá fazer com que o Governo volte a funcionar”. E promete: “Vou tirar o Estado da crise sem
vender o Rio Grande do Sul”.
Nascido
em São Leopoldo, em 4 de maio de 1960, Miguel Soldatelli Rossetto iniciou sua
vida pública como sindicalista. Presidiu a CUT – Central Única dos
Trabalhadores no Rio Grande do Sul (1987-1990), já filiado ao PT – Partido dos
Trabalhadores, no qual ingressou em 1981. Dirigiu o Sindicato dos Petroquímicos
de Porto Alegre e exerceu o cargo de secretário político e sindicalista da CUT
nacional em São Paulo.
Em
1994 foi eleito deputado federal e escolhido vice-líder do PT, no início de
1996. No ano seguinte, atuou como um dos vice-líderes do bloco de oposição na
Câmara ao governo Fernando Henrique Cardoso. Na campanha de 1998, candidatou-se
a vice-governador do Rio Grande do Sul pela coligação Frente Popular,
encabeçada por Olívio Dutra, vencedora das eleições, em segundo turno, contra o
ex-governador Antônio Brito (PMDB), que buscava a reeleição. Ao final do
governo Olívio Dutra, voltou a concorrer à vice-governança, tendo Tarso Genro
como cabeça de chapa. O PT perdeu para Germano Rigotto (PMDB). Nesse ano, Luiz
Inácio Lula da Silva elegeu-se presidente da República e Rossetto assumiu o
cargo de Ministro do Desenvolvimento Agrário, devendo cumprir uma das promessas
de campanha de seu partido: a reforma agrária.
Ele
criticou a expulsão do PT dos deputados federais Heloísa Helena (AL), João
Batista Babá (PA), João Fontes (SE) e Luciana Genro (RS), que discordaram da
orientação do governo Lula quanto às reformas da previdência e tributária. Em
2004 assinou a Medida Provisória 277, conhecida como MP do Biocombustível, que
regulamentava a produção do biodiesel e alterava a tributação sobre o produto.
Dois anos depois deixou o Ministério para concorrer ao Senado. Foi derrotado por
Pedro Simon (PMDB). De 2009 a 2014 presidiu a Petrobras Biocombustível, tendo,
então, voltado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, no governo Dilma
Rousseff. Seis meses depois, deixou o ministério para coordenar a campanha de
reeleição da presidente, que venceu o candidato do PSDB, Aécio Neves, por
51,64% dos votos válidos.
No
segundo governo Dilma, foi nomeado ministro-chefe da Secretaria-Geral da
Presidência, cargo em que permaneceu de janeiro a outubro de 2015, quando
assumiu o Ministério do Trabalho e Previdência Social, do qual foi afastado no
governo interino de Michel Temer, após o Congresso ter aprovado o pedido de
abertura do processo de impeachment contra a presidente.
Rossetto
foi o primeiro a enviar à NS2 Consultoria as respostas às quatro perguntas
feitas, no mesmo dia, aos nove pré-candidatos ao governo do RS.
–
Por que os gaúchos devem votar no senhor e não nos seus adversários?
Minha
candidatura representa a mudança no Estado do RS, a mudança que irá fazer com
que o Governo volte a funcionar. Vamos voltar a entregar ao povo gaúcho uma boa
escola pública, um sistema de segurança que garanta paz e tranquilidade, e que
afaste este ambiente de medo que vive o nosso povo. Precisamos devolver aos
gaúchos uma saúde pública próxima de seu povo, construída em cooperação com os
nossos municípios. Um governo que lidere um projeto econômico e faça com que o
Rio Grande assegure trabalho e emprego para o seu povo, em todas as regiões.
O
sentido da nossa candidatura é mudar a partir da defesa dos direitos
fundamentais do povo gaúcho, e faremos isso com grande participação popular.
Minha candidatura representa uma história vitoriosa com os governos dos
companheiros Olívio Dutra e Tarso Genro aqui no Rio Grande do Sul. Nós temos
novos desafios e vamos enfrentar a partir destes valores, da solidariedade e
igualdade, que é o que queremos para o Rio Grande do Sul.
– O
que o senhor fará para conquistar o voto dos eleitores desiludidos com a
política e os políticos que, segundo as pesquisas eleitorais, chegam a 30%?
Vamos
ampliar o diálogo, como estamos fazendo com caravanas e encontros populares
municipais e regionais, em todo o Estado do RS. Estou escutando o povo gaúcho,
a nossa juventude, agricultores, professores, industriais, escutando o nosso
povo e assumindo compromissos claros de mudança no Estado do RS. Neste ambiente
de diálogo e a partir da história que nós carregamos é que hoje estamos
construindo esta grande vitória eleitoral.
– A crise de finanças do Estado tem solução?
Qual?
A
crise tem solução. Vou tirar o Estado da crise sem vender o Rio Grande do Sul.
A saída da crise financeira tem que ser pensada a partir da garantia dos
direitos do povo gaúcho, e não vou fazer como este governo que comemora o
fechamento de escolas, que reduz o efetivo dos nossos policiais aumentando
assim a criminalidade, e atrasa recursos para a saúde destruindo a saúde
pública do RS.
Ajustar
o Estado é ajustar do ponto de vista das suas obrigações com o povo
gaúcho. Nós não podemos permanecer com
um conceito atrasado e injusto de um ajuste contábil fiscal. Arrumar o Estado, ajustar, é garantir
finanças suficientes para atender estes direitos do povo gaúcho e vamos
responder isso fazendo com que o Estado volte a crescer, gerando riqueza,
ampliando a sua arrecadação, e para isso é muito importante mudar o Brasil, por
isso que eu defendo Lula para presidente da República. Precisamos que o Brasil
e o Rio Grande voltem a crescer, gerar trabalho e emprego e com isso melhorar a
nossa arrecadação.
Vamos
combater a sonegação, e há muito o que fazer em relação à melhoria da qualidade
dos gastos. É preciso trabalhar com dedicação e altivez na solução de dois
graves problemas estruturais que tem destruído as finanças do RS, que é a
dívida pública do Estado com a União, muito mal negociada em 1998 por Brito e
Henrique Fernando Cardoso. Nós já pagamos 20 anos uma dívida que consome 13% da
receita gaúcha todos os anos, e estes recursos devem ficar no RS, financiando o
desenvolvimento da nossa economia; ao mesmo tempo, vamos buscar liderar um
grande movimento que assegure os recursos que a União deve ao Rio Grande do Sul
a partir da Lei Kandir.
Nós
temos hoje uma decisão favorável junto ao Supremo Tribunal Federal, que obriga
o Governo Federal a ressarcir os Estados exportadores, e o Rio Grande do Sul é
um grande Estado exportador. Nós temos R$ 4 bilhões em créditos junto ao
Governo Federal e, portanto, vamos resolver estes temas, e a partir deste
conjunto de iniciativas vamos iniciar uma recuperação financeira no Estado do
RS. O Rio Grande do Sul tem jeito, temos que recuperar nossa economia, arrumar
as nossas finanças, trabalhar e buscar o que é nosso, e a partir disso colocar
o RS em uma rota de crescimento.
– Se
eleito, qual será o seu primeiro ato após a posse em 1º de janeiro de 2019?
Meu
primeiro ato após a posse em 1º de janeiro é assinar um decreto estabelecimento
um calendário de pagamento em dia para todos os servidores públicos do RS. Nós
não teremos uma boa escola pública, um sistema de policiamento e de saúde sem
respeitar e valorizar os servidores públicos que trabalham.
Próxima
entrevista (23/07): o segundo a responder os questionamentos da NS2 foi o deputado
federal Luis Carlos Heinze, candidato do Progressista ao governo do Estado.
Chegam a ser patéticos os argumentos deste Sr. quando sabemos que os seus companheiros de partido, a saber, Olívio Dutra e Tarso Genro, deixaram o RS à míngua por conta de sua incapacidade governamental. Seguir este modelo, como propões, é jogar uma pá de cal definitiva sobre os gaúchos. Acho que não se elege. Minha opinião.
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