sexta-feira, 20 de julho de 2018





Com o início das convenções estaduais os caminhos políticos começam a se cruzar, mas todos conduzem às urnas. Tiago Miranda/Flickr




“Querem me derrotar? Façam isso de forma limpa, nas urnas. Discutam propostas para o país e tenham responsabilidade, ainda mais neste momento em que as elites brasileiras namoram propostas autoritárias de gente que defende a céu aberto assassinato de seres humanos” Luiz Inácio Lula da Silva em artigo publicado na Folha de São Paulo.






Rio Grande do Sul

JÚLIO FLORES, O 10º CANDIDATO AO PIRATINI

O PSTU confirmou nesta quinta-feira que Júlio Flores será candidato ao governo do Estado, nas eleições de outubro. É o décimo candidato ao cargo.  O partido terá chapa pura com Ana Clélia como vice.  
                            
NOVO FAZ CONVENÇÃO HOJE

O partido Novo realiza hoje, às 15h, sua convenção estadual, confirmando Matheus Bandeira como candidato ao Palácio Piratini e Bruno MIragem como vice. A convenção vai se realizar no Chalé da Praça XV, centro histórico de Porto Alegre. A convenção vai ter a presença de João Amoedo, candidato do partido à presidência da república. O Novo não vai apresentar candidato ao Senado e terá “chapa pura” para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa (Jornal do Comércio)

CARMEM FLORES QUER SER SENADORA

O PP decidiu que Ana Amélia é candidata única ao Senado. Ela busca a reeleição. No entanto, Carmem Flores também quer ser candidata, pelo PSL, partido que ela preside aqui no Estado. Carmem disse para Rosane de Oliveira, da RBS, que resolveu concorrer porque Ana Amélia não quer se vincular a Jair Bolsonaro, candidato à presidência da República pelo PSL. Carmem acredita que possa concorrer à revelia do PP, mas a lei diz que a coligação para eleição majoritária não pode ser dividida. Para Celso Bernardi, presidente estadual do PP, se Carmem Flores quer ser candidata ao Senado precisará ser aprovada pela convenção do partido que será realizada nos primeiros dias de agosto. Surpresa com a decisão de Carmem, a senadora Ana Amélia disse que a “coligação foi construída pelos dirigentes dos partidos e não tive participação no processo”. (Gaúcha ZH) 

Brasil

CIRO – FORÇA E PAIXÃO PARA MUDAR O BRASIL

A convenção nacional do PDT será realizada hoje em Brasília, na sede do partido. Com o slogan “Ciro – Força e Paixão para mudar o Brasil” Ciro Gomes será oficializado como candidato do partido a disputa do Palácio do Planalto. A convenção tem início previsto para às 11h. O PDT será o primeiro partido a oficializar seu candidato, justamente no primeiro dia previsto para as convenções na Lei Eleitoral. O prazo termina no dia 5 de agosto e, dez dias depois encerra o prazo para a inscrição da chapa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mesmo com a oficialização de Ciro, o PDT não vai fazer o registro imediatamente. O partido aguarda negociações de alianças com a vaga do candidato à vice em aberto. O PDT disputa com o PT o apoio do PSB (UOL)  

CENTRÃO FECHA COM GERALDO ALKCMIN

No dia da convenção que vai homologar Ciro Gomes como candidato ao Palácio do Planalto, o PDT perdeu o apoio do “Centrão”. Os cinco partidos – DEM, PP, Solidariedade, PRB e PR – decidiram apoiar Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, à presidência da República. No entanto, os dirigentes do bloco disseram ao ex-governador de São Paulo que o acordo pode ser anunciado oficialmente no dia 26, se não houver nenhum empecilho até lá. O vice-presidente será o empresário Josué Gomes da Silva (PR), filho do ex-presidente José Alencar morto em 2011. A decisão do “Centrão” em se aliar à Geraldo Alkmin aconteceu depois que o PR entrou no bloco. Valdemar da Costa Neto, presidente do PR, não admitia aliança com Ciro Gomes que era o caminho que o bloco indicava. No mercado eleitoral, o apoio destes cinco partidos representa importante na busca da presidência. Com estes partidos aliados, Alckmin ganha, no mínimo, mais 4 minutos e 12 segundos por dia no horário eleitoral de rádio e TV que começa no dia 31 de agosto. Na Câmara Federal estes partidos tem, hoje, 164 dos 513 deputados. Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, disse sobre não ter feito aliança com o “Centrão” que “este doce pode estar estragado” (Estadão)

SEM O CENTRÃO, CIRO ACENA À LULA E DIZ QUE VAI GOVERNAR PARA OS MAIS POBRES

Sem o apoio do “Centrão”, Ciro Gomes disse que “comete alguns erros sim”, mas disse que quem quiser ajudá-lo tem que saber que seu governo “ajudará os mais pobres”. Ele também fez um aceno aos partidos de esquerda ao dizer que a paz no País só será restaurada com a “liberdade do ex-presidente Lula”. O ex-governador do Ceará e ex-ministro disse que não trará as riquezas do Brasil de volta sozinho. “Não tenho esse poder, preciso sinalizar a todos os brasileiros de boa-fé que não sou dono da verdade, eu cometo erros. Não me custa nada reconhecer isso, mas nenhum deles foi por deserção”, disse Ciro Gomes. (UOL)
     
PT BUSCA APOIO DO PCdoB E OFERECE VAGA NA CHAPA PARA MANUELA

Com o risco de ficar isolado na disputa da presidência da república, o PT corre atrás do PCdoB e oferece a vaga de vice para Manuela D’Ávila. Esta possibilidade foi discutia em uma reunião realizada nesta quinta-feira, em São Paulo, entre a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e a presidente do PCdoB, Luciana Santos. “Temos muita simpatia por este arranjo de ter Manuela na vice. Obviamente, isto não é decisão que se tome neste momento. Depende de uma discussão interna do PCdoB e também das discussões internas do PT e com outros partidos” disse a presidente do PT. A presidente do PCdoB, que mantém conversas com Ciro Gomes, também demonstrou interesse em ter Manuela D’Ávila como vice, mas afirmou que a reunião não foi conclusiva. Petistas saíram animados do encontro. Os partidos avançaram no entendimento nos Estados e na estratégia para a disputa de vagas na Câmara Federal.  Gleisi disse que também conversa com o PSB. (Estadão)

PSC OFICIALIZA EX-PRSIDENTE DO BNDES CANDIDATO AO PLANALTO


O PSC realiza hoje, ao meio dia, sua convenção nacional para confirmar Rabello de Castro como candidato à presidência da república. O evento será realizado em um hotel de Brasília. O economista Paulo Rabello de Castro foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDS) de junho de 2016 a maio de 2017. O vice ainda não foi escolhido. Amanhã o candidato estará no Rio de Janeiro para o lançamento das candidaturas do ex-juiz federal Wilson Wetzel ao governo do Estado e do presidente nacional do PSC, pastor Everaldo, ao Senado. (GaúchaZH)






Rossetto: “Vou tirar o Estado da crise sem vender o Rio Grande do Sul”





No final do ano passado, o Partido dos Trabalhadores lançou o nome de Miguel Rossetto como pré-candidato ao governo do Estado. Nesse primeiro semestre de 2018, ele tem viajado pelo Estado em busca de mais diálogo com os gaúchos. Acredita que a sua “candidatura representa a mudança no Estado do RS, a mudança que irá fazer com que o Governo volte a funcionar”.  E promete: “Vou tirar o Estado da crise sem vender o Rio Grande do Sul”.
 
Nascido em São Leopoldo, em 4 de maio de 1960, Miguel Soldatelli Rossetto iniciou sua vida pública como sindicalista. Presidiu a CUT – Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (1987-1990), já filiado ao PT – Partido dos Trabalhadores, no qual ingressou em 1981. Dirigiu o Sindicato dos Petroquímicos de Porto Alegre e exerceu o cargo de secretário político e sindicalista da CUT nacional em São Paulo.

Em 1994 foi eleito deputado federal e escolhido vice-líder do PT, no início de 1996. No ano seguinte, atuou como um dos vice-líderes do bloco de oposição na Câmara ao governo Fernando Henrique Cardoso. Na campanha de 1998, candidatou-se a vice-governador do Rio Grande do Sul pela coligação Frente Popular, encabeçada por Olívio Dutra, vencedora das eleições, em segundo turno, contra o ex-governador Antônio Brito (PMDB), que buscava a reeleição. Ao final do governo Olívio Dutra, voltou a concorrer à vice-governança, tendo Tarso Genro como cabeça de chapa. O PT perdeu para Germano Rigotto (PMDB). Nesse ano, Luiz Inácio Lula da Silva elegeu-se presidente da República e Rossetto assumiu o cargo de Ministro do Desenvolvimento Agrário, devendo cumprir uma das promessas de campanha de seu partido: a reforma agrária.

Ele criticou a expulsão do PT dos deputados federais Heloísa Helena (AL), João Batista Babá (PA), João Fontes (SE) e Luciana Genro (RS), que discordaram da orientação do governo Lula quanto às reformas da previdência e tributária. Em 2004 assinou a Medida Provisória 277, conhecida como MP do Biocombustível, que regulamentava a produção do biodiesel e alterava a tributação sobre o produto. Dois anos depois deixou o Ministério para concorrer ao Senado. Foi derrotado por Pedro Simon (PMDB). De 2009 a 2014 presidiu a Petrobras Biocombustível, tendo, então, voltado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, no governo Dilma Rousseff. Seis meses depois, deixou o ministério para coordenar a campanha de reeleição da presidente, que venceu o candidato do PSDB, Aécio Neves, por 51,64% dos votos válidos.

No segundo governo Dilma, foi nomeado ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, cargo em que permaneceu de janeiro a outubro de 2015, quando assumiu o Ministério do Trabalho e Previdência Social, do qual foi afastado no governo interino de Michel Temer, após o Congresso ter aprovado o pedido de abertura do processo de impeachment contra a presidente.

Rossetto foi o primeiro a enviar à NS2 Consultoria as respostas às quatro perguntas feitas, no mesmo dia, aos nove pré-candidatos ao governo do RS. 

– Por que os gaúchos devem votar no senhor e não nos seus adversários?

Minha candidatura representa a mudança no Estado do RS, a mudança que irá fazer com que o Governo volte a funcionar. Vamos voltar a entregar ao povo gaúcho uma boa escola pública, um sistema de segurança que garanta paz e tranquilidade, e que afaste este ambiente de medo que vive o nosso povo. Precisamos devolver aos gaúchos uma saúde pública próxima de seu povo, construída em cooperação com os nossos municípios. Um governo que lidere um projeto econômico e faça com que o Rio Grande assegure trabalho e emprego para o seu povo, em todas as regiões.

O sentido da nossa candidatura é mudar a partir da defesa dos direitos fundamentais do povo gaúcho, e faremos isso com grande participação popular. Minha candidatura representa uma história vitoriosa com os governos dos companheiros Olívio Dutra e Tarso Genro aqui no Rio Grande do Sul. Nós temos novos desafios e vamos enfrentar a partir destes valores, da solidariedade e igualdade, que é o que queremos para o Rio Grande do Sul.

– O que o senhor fará para conquistar o voto dos eleitores desiludidos com a política e os políticos que, segundo as pesquisas eleitorais, chegam a 30%?

Vamos ampliar o diálogo, como estamos fazendo com caravanas e encontros populares municipais e regionais, em todo o Estado do RS. Estou escutando o povo gaúcho, a nossa juventude, agricultores, professores, industriais, escutando o nosso povo e assumindo compromissos claros de mudança no Estado do RS. Neste ambiente de diálogo e a partir da história que nós carregamos é que hoje estamos construindo esta grande vitória eleitoral. 

 – A crise de finanças do Estado tem solução? Qual?

A crise tem solução. Vou tirar o Estado da crise sem vender o Rio Grande do Sul. A saída da crise financeira tem que ser pensada a partir da garantia dos direitos do povo gaúcho, e não vou fazer como este governo que comemora o fechamento de escolas, que reduz o efetivo dos nossos policiais aumentando assim a criminalidade, e atrasa recursos para a saúde destruindo a saúde pública do RS.
Ajustar o Estado é ajustar do ponto de vista das suas obrigações com o povo gaúcho.  Nós não podemos permanecer com um conceito atrasado e injusto de um ajuste contábil fiscal.  Arrumar o Estado, ajustar, é garantir finanças suficientes para atender estes direitos do povo gaúcho e vamos responder isso fazendo com que o Estado volte a crescer, gerando riqueza, ampliando a sua arrecadação, e para isso é muito importante mudar o Brasil, por isso que eu defendo Lula para presidente da República. Precisamos que o Brasil e o Rio Grande voltem a crescer, gerar trabalho e emprego e com isso melhorar a nossa arrecadação.

Vamos combater a sonegação, e há muito o que fazer em relação à melhoria da qualidade dos gastos. É preciso trabalhar com dedicação e altivez na solução de dois graves problemas estruturais que tem destruído as finanças do RS, que é a dívida pública do Estado com a União, muito mal negociada em 1998 por Brito e Henrique Fernando Cardoso. Nós já pagamos 20 anos uma dívida que consome 13% da receita gaúcha todos os anos, e estes recursos devem ficar no RS, financiando o desenvolvimento da nossa economia; ao mesmo tempo, vamos buscar liderar um grande movimento que assegure os recursos que a União deve ao Rio Grande do Sul a partir da Lei Kandir.

Nós temos hoje uma decisão favorável junto ao Supremo Tribunal Federal, que obriga o Governo Federal a ressarcir os Estados exportadores, e o Rio Grande do Sul é um grande Estado exportador. Nós temos R$ 4 bilhões em créditos junto ao Governo Federal e, portanto, vamos resolver estes temas, e a partir deste conjunto de iniciativas vamos iniciar uma recuperação financeira no Estado do RS. O Rio Grande do Sul tem jeito, temos que recuperar nossa economia, arrumar as nossas finanças, trabalhar e buscar o que é nosso, e a partir disso colocar o RS em uma rota de crescimento.

– Se eleito, qual será o seu primeiro ato após a posse em 1º de janeiro de 2019?

Meu primeiro ato após a posse em 1º de janeiro é assinar um decreto estabelecimento um calendário de pagamento em dia para todos os servidores públicos do RS. Nós não teremos uma boa escola pública, um sistema de policiamento e de saúde sem respeitar e valorizar os servidores públicos que trabalham.


Próxima entrevista (23/07): o segundo a responder os questionamentos da NS2 foi o deputado federal Luis Carlos Heinze, candidato do Progressista ao governo do Estado.


Um comentário:

  1. Chegam a ser patéticos os argumentos deste Sr. quando sabemos que os seus companheiros de partido, a saber, Olívio Dutra e Tarso Genro, deixaram o RS à míngua por conta de sua incapacidade governamental. Seguir este modelo, como propões, é jogar uma pá de cal definitiva sobre os gaúchos. Acho que não se elege. Minha opinião.

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