Beija Macron, beija. Vive la France. Foto: David Ramos/FIFA
“A classe política deu margem a isso. Em
lugar de você ter o marketing a serviço da política, tem a política a serviço
do marketing, na ânsia de não perder eleitores. Temos que convencer a sociedade
com novas ideias, como fazem os verdadeiros líderes. A sociedade sabe o que
quer, mas também quer muita coisa que não sabe. Se Churchill vivesse no Brasil
de hoje e fizesse política como o nosso Congresso tem feito, ele não teria
virado o Churchill. Ia fazer uma pesquisa: o povo quer ou não impedir a
ocupação nazista? Lógico que não quereria a guerra. E a Inglaterra estaria
falando alemão hoje.” Andrea
Matarazzo, empresário, político e radialista, em entrevista ao Estadão falando
sobre a leva de migrantes da iniciativa privada que estão entrando na política
com um discurso de “antipolítico” e o mote “eu não sou político, portanto, sou
decente…”.
Rio Grande do Sul
JOSÉ OTÁVIO GERMANO SERÁ CANDIDATO À
REELEIÇÃO
O PP
gaúcho está deixando “esfriar” o episódio envolvendo o deputado federal José
Otávio Germano, afastado das atividades partidárias após terem sido publicadas
situação com transexuais. O partido deverá dar aval para que o deputado
concorra à reeleição. A expectativa, no entanto, é que familiares convenção
José Otávio a desistir de concorrer a mais um mandato na Câmara Federal. Mas
como José Otávio é deputado federal a decisão final ficará com o diretório
nacional. José Otávio Germano é deputado com mandato e, por decisão da direção
nacional do partido, terá direito a R$2,3 milhões do Fundo Partidário (Correio
do Povo)
PERÍODO DE CONVENÇÕES COMEÇA NA PRÓXIMA
SEXTA-FEIRA
Na
sexta-feira que vem começa o prazo de realização das convenções partidárias que
terminam no dia 5 de agosto. Aqui no Rio Grande do Sul o primeiro partido a
realizar sua convenção será o Novo, na sexta-feira mesmo. Matheus Bandeira será
confirmado como o candidato do partido ao Palácio Piratini. Dois dias depois
será a vez do PSOL confirmar o vereador de Porto Alegre, Roberto Robaina como
candidato à sucessão de José Sartori (MDB). No dia 26 o PDT oficializa o
ex-prefeito de Canoas, Jairo Jorge, como seu candidato ao governo estadual. O
PT oficializará Miguel Rosseto no dia 28. Outros partidos como o PSDB do
ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite, vai realizar sua convenção na última data
permitida pela Lei Eleitoral, 5 de agosto (Correio do Povo)
O VICE DE LULA JÁ DEVERIA TER SIDO
ESCOLHIDO
Em
entrevista ao Jornal do Comércio, o ex-governador gaúcho Olívio Dutra defendeu
o Luiz Inácio Lula da Silva e disse que o PT já deveria ter escolhido o vice
para compor a chapa com Lula para a presidência da República. “Acho que o Lula
já poderia ter sido candidato, com um vice já decidido. E, em eventual
impedimento do Lula, já teria um nome que tem essa carga”, ressaltou o
ex-governador. Aponta que “há quadros importantes” e que o PT precisa criar uma
“ambiente para que essas forças (do campo democrático popular) possam se
conjugar na hora necessária. Chamou a atenção ainda de que o “PT não é o dono
desse campo.” (Jornal do Comércio)
Nacional
CANDIDATO AVULSO SÓ NAS ELEIÇÕES DEPOIS
DE 2018
Relator
de uma ação que prevê a possibilidade de candidatos não filiados a participarem
de eleições, o ministro Luís Roberto Barroso decidiu não liberar a ação para
votação em plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) antes de outubro. Segundo
Barroso o tempo seria curto para viabilizar uma eventual mudança ainda este
ano. O ministro pretende fazer uma audiência pública sobre o tema depois das
eleições de outubro. Em outubro do ano um cidadão entrou com um pedido para ser
candidato sem estar filiado a partidos e o Supremo acatou a solicitação para
ser discutida. O advogado Rodrigo Mezzomo recorreu ao STF depois que teve sua
candidatura avulsa à prefeitura do Rio rejeita em 2016. (Estadão)
MBL PEDE QUE TSE DECLARE LULA INELEGÍVEL
ANTES DO DIA 15 DE AGOSTO
O Movimento
Brasil Livre (MBL) entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
para que a Corte declare desde já a inelegibilidade do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, pré-candidato à Presidência da República em outubro,
condenado na Operação Lava Jato. O MBL pede que o TSE impeça desde já o
registro da candidatura do petista. O tribunal estabelece que, após a convenção
partidária, o partido tem até o dia 15 de agosto para requer à Justiça
Eleitoral os registros dos candidatos escolhidos. O movimento destaca, na
petição, que Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão em segunda
instância e, por isso, está inelegível de acordo com a Lei da Ficha Limpa. O
relator do caso é o ministro Admar Gonzaga, escolhido por sorteio. Como o TSE
está em recesso até o dia 31 de julho, o pedido de liminar poderá ser examinado
pelo ministro de plantão, no caso Rosa Weber, até o dia 20. Depois quem assume
o plantão é o ministro Luiz Fux (Estadão)
PARTIDOS BUSCAM RENOVAÇÃO DE MANDATOS,
NÃO DO CONGRESSO
Depois
dos escândalos da Lava Jato muitos brasileiros imaginaram que haveria uma
grande renovação no Congresso Nacional. Isto não vai acontecer. Os cinco
maiores partidos, com a maior fatia de recursos do Fundo Eleitoral – MDB, PT,
PSADB, PP e PSB – (que tem 236 deputados dos 513 e 48 dos 81 senadores)
confirmaram ao G1 que vão priorizar, na distribuição de dinheiro, os candidatos
à reeleição o que vai dificultar a renovação do Congresso. Os partidos dizem
que estes candidatos tem mais visibilidade, são mais influentes em suas regiões
e tem maior atuação política. O tesoureiro do PP, deputado Ricardo Barros (PR)
reafirmou que são os que “são detentores de mandato que tem maior probabilidade
de voltar.” Para Moreira Franco, a prioridade do MDB será eleger deputados e
senadores. Todos os partidos estão preocupados com a cláusula de barreira. Para
Ricardo Caldas, professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de
Brasília (UnB), está uma decisão “natural dos partidos”. O professor diz que os
partidos sempre fizeram isso só “não divulgavam”. (G1)
SENADORAS SEM ESPAÇO
Dos
81 senadores, 13 são mulheres. Em janeiro, 8 delas encerrarão seus mandatos,
caso não se reelejam. Destas, apenas 3 tem palanque garantido na busca de mais
um mandato de oito anos. Nos diversos partidos, as mulheres estão com
dificuldades na busca por apoio para buscar a reeleição. Algumas já desistiram
de concorrer como é o caso da senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná. Ela
será candidata à Câmara Federal. “Essa história de chapa só com homens ficou no
passado e a população está atenta a isso. Já temos uma bancada muito pequena no
Senado, seria muito ruim se ela ficasse ainda menor” disse Regina Souza (PT-PI)
que ainda não tem lugar garantido na disputa (Folha de São Paulo)
PRESIDENTE SEMPRE PRESIDENTE
Levantamento
realizado pelo jornal O Globo mostra que, dos 35 partidos em atividade no país,
15 nunca trocaram de presidente. O levantamento do jornal carioca tem como base
os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Roberto Freire é que está a mais
tempo na presidência de um partido: 30 anos à frente do PPS. Especialistas
avaliam que este quadro mostra “falta de democracia interna e controle da
burocracia por oligarquias” (O Globo)
Impeachment: oportunismo ou coisa séria?
O
descontentamento generalizado com os políticos e com a política está
transformando o impeachment, criado para ser um instrumento de acuro
democrático e de salvaguarda à Constituição, numa temerosa rotina de contestação
e num perigoso mecanismo de alteração do resultado das urnas. Basta um
governante desagradar a sua base partidária, ou apresentar elevados índices de
insatisfação popular, ou abrir uma oportuna brecha para aproveitamento
oposicionista, e lá vem a proposta para seu afastamento do cargo.
Foi
assim com Fernando Collor, acusado de envolvimento
em corrupção e fraudes financeiras, e que vinte e dois anos após perder o cargo
foi considerado inocente pelo Supremo Tribunal Federal e, mais
recentemente, com Dilma Rousseff, acusada de praticar as chamadas
“pedaladas fiscais”. Em seu lugar entrou Michel Temer, que por sua habilidade
no trato legislativo, conseguiu impedir que prosperassem vários pedidos de
impeachment contra si.
Pois
a moda chegou ao Rio Grande do Sul, mais precisamente à Porto Alegre. Com base
na denúncia promovida pelo Sindicato dos Municipários, que incrimina o prefeito
Nelson Marchezan por realizar repasse indevido de recursos à Carris sem autorização
da Câmara de Vereadores, o prefeito está tendo a admissibilidade do pedido de impeachment apreciada pelos vereadores nesta segunda-feira.
O
que os três casos tem em comum? Nada, ou melhor, apenas a coincidência
temporal: ambos os citados tiveram seus pedidos de afastamento protocolados em
seus segundos anos de governo (no caso de Dilma no seu segundo mandato). No
mais, o que se observa é uma nítida pressão política, de escassa fundamentação
jurídica, adotadas no momento em que os denunciados enfrentavam uma maré de baixa
popularidade.
Diante
da vulgarização dos pedidos de impeachment é de se indagar: Como uma categoria
tão desacredita (políticos) pode se julgar em condições de condenar um dos seus,
num processo pouco compreensível e que reduz a segundo plano o resultado de uma
eleição?
À
prosperar essa via paralela de depuração eletiva, há que se perguntar o porquê
da mobilização de milhões de pessoas para as eleições se o desejo manifestado pela
maioria poderá, logo adiante, ser modificado, autoritariamente, pela vontade de
uma minoria?
Impeachment
é coisa séria, não um laboratório para testar práticas pouco republicanas, e
muito menos como incubadora de uma democracia que desdenha do voto popular.
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