segunda-feira, 2 de julho de 2018






Neymar, vivo e com a cabeça só na bola.  Foto: Lucas Figueiredo/CBF - Fotos Públicas








“Sou um cara de formação de esquerda preocupado com a justiça social”. José Luiz Datena, apresentador de televisão e candidato à senador pelo DEM










Internacional

MÉXICO TEM NOVO PRESIDENTE

Andrés Manuel López Obrador é o novo presidente do México, eleito neste domingo. Mesmo antes da finalização da contagem dos votos, os adversários reconheceram a vitória do candidato de esquerda. “Vamos acabar com a corrupção no México” foi a primeira declaração do novo presidente mexicano. Ele chega ao poder em um momento de disputa com os Estados Unidos que quer fechar a fronteira dos dois países com um muro. E Donald Trump quer que os mexicanos paguem a construção. Esta foi a terceira tentativa de Obrador em chegar a presidência do México. Na primeira vez, em 2006, foi derrotado por Felipe Calderón, do PAN, que declarou guerra as drogas e até hoje é responsabilizado pela disparada da violência no país. Em 2012 foi derrotado pelo atual presidente, Henrique Peña Neto, do PRI, envolvido em escândalos de corrupção e muito criticado por não “jogar” duro com o presidente norte-americano Donald Trump. Com a imagem dos partidos tradicionais quase no “zero”, Obrador fundou o Movimento de Regeneração Nacional (Morena) e venceu as eleições também na Cidade do México e nos estados de Chiapas, Morelos, Tabasco e Veracruz (Estadão)   

Nacional

STF CONFIRMA QUE 30% DO FUNDO PARTIDÁRIO É PARA A CAMPANHA DAS MULHERES

O Supremo Tribunal Federal (STF) vetou a transferência dos 30% do Fundo Eleitoral destinado à campanha das mulheres para a campanha comum. Por sugestão do ministro Luís Roberto Barroso, o STF confirmou que os recursos destinados as mulheres devem ser usados nos interesses delas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai incluir o veto em resolução que trata dos gastos de campanha e prestação de contas. Esta resolução do TSE se deve a consulta de partidos sobre o uso do Fundo Eleitoral para outros candidatos, não são as mulheres (UOL)

AÉCIO NEVES CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL

O senador Aécio Neves (PSDB) envolvido em denúncias da Lava Jato não será candidato à reeleição. O senador e ex-governador de Minas Gerais vai concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados. Na última pesquisa realizada em Minas Gerais, pelo Data Folha, o tucano aparece em terceiro lugar. A decisão deverá ser anunciada antes da convenção estadual do PSDB marcada para o dia 28 de julho. Segundo o Antagonista, os tucanos mineiros esperam que a candidatura de Aécio à deputado não contamine a candidatura de Antônio Anastasia ao governo de Minas (O Antagonista)

BISNETO DE JUSCELINO KUBITSCHECK ESTRÉIA NAS URNAS

André Kubitscheck Pereira, filho do ex-governador do Distrito Federal Paulo Octávio e de Anna Christina Kubitscheck, neta de Juscelino, pretende concorrer a deputado distrital pelo PP. O pai, também filiado ao mesmo partido, vai tentar uma vaga ao Senado.  André disse que a ideia de sua campanha é “focar nos empresários e nos jovens de um modo geral”. André não é o único a tentar herdar o legado político da família.  João Campos (PSB-PE) também vai focar sua campanha para deputado federal “nos empresários e nos jovens”. João busca o legado do pai, Eduardo Campos e do avô, Miguel Arraes. Esta será a primeira eleição de campos exatamente depois da última de sua pai, em 2014, quando foi candidato à presidência da república. Eduardo morreu em um acidente aéreo, na cidade de Santos, em plena campanha eleitoral. Já Danielle Dytz (MDB) vai tentar suceder o pai na Câmara Federal. Filha de Eduardo Campo, preso em Curitiba, Danielle concorre pelo estado de São Paulo. (Estado de Minas)

REGISTRO DE PESQUISAS CAI 37%

Muitos tem estranhado o pequeno número de pesquisas e a pré-campanha das eleições de 2018 está sendo feita com menor dados disponíveis sobre a intenção de voto do eleitor. Os registros de pesquisas públicas relacionadas relacionados à eleição presidencial no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tiveram queda de 37% em relação a 2014. De 1º de janeiro a 28 de junho deste ano foram registradas 88 pesquisas em âmbito nacional sobre a eleição presidencial. Há quatro anos eram 139 pesquisas neste mesmo período. A redução do número de pesquisas tem dois motivos: a mudança no financiamento eleitoral e o momento econômico do país. Esta será outra grande dificuldade dos partidos com pouca participação no Fundo Eleitoral que não tem verba para bancar pesquisas próprias. (Estadão)

VALÉRIA MONTEIRO CONSEGUE LIMINAR PARA CONTINUAR SONHANDO COM A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

A ex-apresentadora de TV, Valéria Monteiro, continua sonhando com a candidatura à presidência da república. Ela entrou com um mandato de segurança contra a resolução do PMN que decidiu não ter candidato próprio. A decisão do ministro Napoleão Maia Filho determinou que a intenção da Valéria seja submetida a convenção nacional do partido. O ministro do TSE disse que faltou democracia interna à agremiação ao decidir previamente pelo veto à pré - candidatura de Valéria Monteiro. Valéria disse que se filiou ao partido com a concordância de que poderia concorrer ao Palácio do Planalto. Valéria desmentiu que pudesse concorrer a deputada federal ou ao Senado. “É a presidência da República ou nada”, finalizou. (Estado de Minas)

LULA NA HISTÓRIA: “IGUAL A TIRADENTES”


Em vídeo gravado antes de ser preso, em 7 de abril, e divulgado neste domingo no Twitter, o ex-presidente Lula diz ter certeza de que vai entrar para a história. No vídeo declara ter sido preso para evitar que volte a ser presidente e no fim do depoimento afirmou que Tiradentes foi “enforcado e virou herói”. “Estou na situação de um inocente que está sendo julgado para evitar para que esse inocente volte a fazer o melhor governo do Brasil. Eles não sabe como vão entrar para a história. Eu sei. Eu sei que vou passar para a história como o presidente que mais fez inclusão social neste pais”. E completa: “Não sei se eles vão passar para a história como juízes ou como algozes. O herói não é o cara que enforcou o Tiradentes. Foi o enforcado que virou herói.” (Gaúcha ZH)   

Estadual

SARTORI DEVE CONFIRMAR CANDIDATURA À REELEIÇÃO DEPOIS DA COPA

O governador José Ivo Sartori (MDB), deve confirmar sua candidatura à reeleição no dia 19 de julho, segundo a colunista de ZH, Rosane de Oliveira. Depois da recusa de Marcos Martinelli, os marqueteiros de Sartori serão José Luiz Fuscaldo e Tadeu Viiana. Segundo a colunista, o quartel general da campanha será na zona norte de Porto Alegre. O núcleo “duro” da campanha estuda o possível pedido de licença do governador para se dedicar à campanha. Enquanto não formaliza sua candidatura, o governador cumpre intensa agenda pelo interior do Estado (Gaúcha ZH)







ATÉ QUE PONTO A PROPAGANDA ELEITORAL DE RÁDIO E TV É UMA VANTAGEM?

Dentre as diversas alterações promovidas na legislação eleitoral, uma que sem dúvida terá repercussão direta no desempenho dos candidatos, especialmente àqueles que disputarão as eleições majoritárias é a redução pela metade do tempo de duração das campanhas, passando de 90 para 45 dias.
Pelo fato de dificultar, sobremodo, a vida dos candidatos que não possuem imagem pública consolidada. Situação esta que se agrava com a distribuição dirigida dos fundos eleitoral e partidário, levadas à cabo pelas direções nacionais das siglas, que irão beneficiar os que já ocupam cargo eletivo.
Mas se o exíguo período de campanha é um obstáculo hercúleo para os novatos, ele se torna ainda mais difícil pela redução do tempo da propaganda eleitoral gratuita de rádio e televisão, que deixou de ser de 45 minutos e passou para 35 minutos. Repartida proporcionalmente entre os partidos de acordo com suas representatividades no Congresso Nacional, o grande esforço dos candidatos tem sido a consolidação do maior espaço possível.
E é a busca da amplitude desse espaço que motiva a acirrada disputa entre os partidos que terão candidatura própria e que buscam formar alianças. Porque cada partido integrante da coalizão equivale a acréscimos no tempo da propaganda eleitoral de rádio e, principalmente, de TV. Daí a secundarização das questões ideológicas e programáticas.
Porém, diante do novo eleitor brasileiro muito mais crítico, desconfiado e exigente, ter espaço privilegiado na propaganda eleitoral continuará sendo uma vantagem? Ou em alguns casos será uma desvantagem? Se o candidato não tem mandato, depende do que ele fez antes de se tornar um. Se tem, depende de como ele se portou no exercício do cargo.
Em ambos os casos os candidatos terão que usar parte do tempo para se explicar e/ou justificar. Ah, e apresentar propostas e firmar compromissos. Ou não, correndo o risco de deixar a interpretação por conta do ouvinte ou do telespectador.
Agora, se possui um passado ilibado e de bons serviços prestados, quanto mais tempo à disposição melhor. Especialmente se for “cara nova”, uma tendência que as pesquisas de opinião estão apresentando como pré-requisito para a formação do perfil ideal buscado pelo eleitor contemporâneo.
 Exceção, claro, dos candidatos tipo “Enéas”, com pouquíssimo tempo. Estes terão que buscar a vantagem nos debates, entrevistas e nos meios tradicionais de campanha. De tudo isso uma certeza: os marqueteiros terão muito trabalho nestas eleições. 

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