Quem mora em quem? O morador ou a rua? Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
“O
Lula está lá de visita, de favor.” Rogério Galloro,
diretor-geral da PF, enfatizando que a prisão de Lula na Superintendência da
Política Federal do Paraná é uma situação de excepcionalidade.
Rio Grande do Sul
COMPARAÇÃO
O PT do Rio Grande do Sul está realizando levantamento
detalhado, por áreas, de ações dos governos Tarso Genro (PT) e José Ivo Sartori
(MDB), que disputará a reeleição. Segundo Tarso, o objetivo, além de realizar a
comparação durante a campanha, por meio do candidato petista ao Piratini,
Miguel Rossetto, em programas e debates, é municiar militantes e filiados com
as informações, alinhando a atuação. (Taline Oppitz/CP)
DOAÇÃO
DE CAMPANHA DEVE SER REGISTRADA NO IMPOSTO DE RENDA
Os candidatos que
participarão das eleições 2018 poderão sair às ruas para pedir votos a partir
da quinta-feira (16). Com a campanha batendo à porta, os eleitores que quiserem
fazer alguma doação a partidos ou candidatos - sobretudo este ano, com a
facilidade das vaquinhas virtuais -, devem prestar contas ao Fisco e estar
atentos para não cair em fraudes ou na malha fina do Imposto de Renda (IR) a
ser declarado no ano que vem.
O eleitor pode doar até 10%
dos rendimentos brutos que obteve no ano passado, mas há ainda um teto de R$
1.064,10 por dia no financiamento coletivo. Os dados devem ser informados na
ficha de "Doações a Partidos Políticos, Comitês Financeiros e Candidatos a
cargos efetivos" no programa de declaração do IR 2019.
O teto da doação é o limite
de quanto o candidato pode gastar. Cada campanha para presidente da República
pode gastar até R$ 70 milhões e mais R$ 35 milhões em caso de segundo turno.
Para candidatos a deputado federal, o limite é de R$ 2,5 milhões; para
estadual, de R$ 1 milhão.
Brasil
PT
DIZ QUE DECLARAÇÕES DE GALLORO REPRESENTAM ABUSO DE AUTORIDADE
O Partido dos Trabalhadores
reagiu à entrevista com o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro,
publicada no Estado neste domingo, 12. Em nota, a legenda criticou o que
qualifica como "abuso de autoridade" e "violência jurídica"
e afirmou que as declarações de Galloro são um retrato do sistema atual, que
teria como objetivo evitar um novo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
Lula foi condenado em
primeira e segunda instâncias na Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP). A Justiça
estipulou pena de 12 anos e um mês.
Na entrevista, a primeira
desde que assumiu o cargo, há cinco meses, o diretor da corporação relata
detalhes das negociações para prender o ex-presidente e cita que 30 policiais
estavam prontos para invadir o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC caso Lula não
se entregasse. Detalha também os bastidores da ordem do desembargador Rogério
Favreto para soltar Lula e a contraordem do juiz Sérgio Moro em 8 de julho.
"É um verdadeiro
retrato do sistema podre a que estamos submetidos", diz a nota. "A
ilegalidade da prisão de Lula e da revogação do habeas corpus concedido a ele
naquele domingo (8 de julho) já haviam sido denunciadas pela comunidade
jurídica. Mas é ainda mais escandalosa a desfaçatez de agentes do Judiciário e
da Polícia Federal, ao expor em público sua conduta ilegal e as razões
políticas que os moveram", afirma o documento. (Estadão)
BOLSONARO
ENCONTRA EMPRESÁRIOS E CITA ROCHA COMO MINISTRO
O candidato a presidente
Jair Bolsonaro iniciou uma ofensiva de busca de apoio entre o PIB brasileiro em
café da manhã conduzido de forma quase secreta com 62 empresários paulistas, na
sexta-feira (10). No evento, cogitou o ex-controlador da Riachuelo, Flávio
Rocha, para ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. “Por que não?”,
afirmou, para ser aplaudido pelos presentes. Em tom de brincadeira, também
disse que Rocha seria seu vice-presidente de honra. O empresário estava sentado
ao seu lado e sorriu bastante – mas não declarou voto no deputado. (Folha de
São Paulo)
A
nova e a velha política
A campanha eleitoral deste
ano, mais do que as anteriores, traz consigo a eterna discussão entre a velha e
a nova política. Nada de novo, em se tratando da polêmica discussão sobre a
importância dos jovens ocuparem o lugar dos idosos. Esse constante embate de
gerações é um assunto atemporal que aprendemos a lidar já na tenra idade e que
se intensifica na adolescência e ganha ares de competição na idade adulta,
muitas vezes relegando aos senhores e senhoras de cabelos brancos o papel de
ser humano em extinção. De pouca ou nenhuma utilidade. Com raras e louváveis exceções,
como é o caso dos japoneses, que não só valorizam seus idosos como os utilizam
como fonte de inspiração e sabedoria.
Assim também é a política,
cuja impaciência e oportunismo insistem em querer furar a fila da experiência e
da prudência. Seja na renovação de candidaturas ou na reformulação da prática partidária, apregoando inovações programáticas e ideológicas de rasa comprovação factual. É a fase
da aventura como resposta ao apelo de mudança sentido nas ruas. Pois é isso que estamos observando nesse período de pré-campanha
eleitoral, transformada numa espécie de “operação lava jato das urnas”, onde o
clima belicoso implementado mira não apenas na exterminação de biografias, mas
também, e principalmente, na substituição do Estado pelo empreendedorismo
privado.
Tal qual o tratamento
convencional dados aos idosos, os defensores da nova política consideram que o
serviço público já deu o que tinha que dar e que sua existência, agora, só faz
atrapalhar quem tem pressa pelo desenvolvimento e pela inovação. Mas a exemplo dos
jovens que desdenham dos seus antepassados, os defensores da nova causa não abrem mão da herança
patrimonial. Uma espécie de tendência invertida da máxima de que “vão-se os
anéis ficam os dedos”. Para os defensores da modernidade política, o que é trabalhoso (saúde, educação e segurança) fica com o poder público, e
o que é lucrativo e vantajoso, troca de mãos.
Isso me faz lembrar daqueles
prédios históricos, que por estarem localizados em áreas nobres e de alto valor
imobiliário, servem apenas de fachada para novas e modernas construções. Tipo “parece
mas não é”. O que não é dito, nesse embate entre defensores da velha e da nova
política, é que, a exemplo dos orientais, é possível conviver em união e
harmonia. Quem disse que a melhor saída para as crises é a pressa? Tal qual o
morador que para acabar com a praga do cupim põe fogo na sua casa, a afoiteza e
a radicalização pela implementação da política do novo não pode gerar risco de
agravamento ao que já é crítico.
Claro que os políticos de má
índole devem ser extirpados da vida pública. Óbvio que “elefantes brancos” da
máquina administrativa do Estado devem ser extintos ou modificados. Com certeza
privilégios indecorosos de servidores públicos devem ser revistos. Mas tudo
isso não autoriza o discurso de que o Estado só atrapalha e nada ajuda. O
passado de realizações, que tornou o Brasil uma das nações mais pujantes do
planeta, por si só, se encarrega de dar ares de injustiça a este tipo de
pensamento.
Ao agirem como invasores, exploradores e colonizadores, os adeptos do novo, acima de tudo a todo custo, se transformam em “vikings” contemporâneos da política nacional. E é bom recordar que os bárbaros de outrora sucumbiram ao longo da história.
Ao agirem como invasores, exploradores e colonizadores, os adeptos do novo, acima de tudo a todo custo, se transformam em “vikings” contemporâneos da política nacional. E é bom recordar que os bárbaros de outrora sucumbiram ao longo da história.
É por isso que a cautela e a
responsabilidade são dois critérios que devem nortear candidatos e eleitores
nestas eleições. Os primeiros, para devolver à população a credibilidade
perdida. Os segundos, para evitarem continuar servindo, nas urnas, de massa de
manobra de interesses políticos e econômicos disfarçados de boas intenções.
Nunca é demais lembrar que
se os maus políticos ocupam cadeiras nos Executivos e nos Legislativos é porque
alguém colocou eles lá. Então muito cuidado com o que leem, ouvem ou assistem na
mídia convencional e nos diversos meios oportunizados pela Internet. Tem muito político
fisiológico, das antigas, posando de moderninho, e tem muito candidato iniciante
escondendo intenções abomináveis, escondidas sob o rótulo da novidade.
Ou seja, nesse embate entre
novo e ultrapassado, tem muito lobo disfarçado de cordeiro. E na tosa, quem é
da lida campeira sabe disso, a ovelha troca o pelo, mas não deixa de ser o
mesmo animal.
HENRIQUE
MEIRELLES (MDB)
Em 2002, foi eleito deputado
federal, mas renunciou para assumir a presidência do Banco Central, durante o
governo Lula, permanecendo no cargo até 2010. Foi escolhido por Michel Temer
para chefiar o ministério da Fazenda, cargo que ocupou até abril de 2018,
quando deixou a função para disputar pela primeira vez a presidência da
República.
Com 1 minuto e 54 segundos
de propaganda de TV e 4 inserções diárias, Meirelles terá como vice o
ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (MDB). O candidato tem
usado recursos próprios para fazer a campanha e sair do 1% das intenções de
voto.
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