segunda-feira, 13 de agosto de 2018






Quem mora em quem? O morador ou a rua?   Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas








“O Lula está lá de visita, de favor.” Rogério Galloro, diretor-geral da PF, enfatizando que a prisão de Lula na Superintendência da Política Federal do Paraná é uma situação de excepcionalidade.












Rio Grande do Sul


COMPARAÇÃO

O PT do Rio Grande do Sul está realizando levantamento detalhado, por áreas, de ações dos governos Tarso Genro (PT) e José Ivo Sartori (MDB), que disputará a reeleição. Segundo Tarso, o objetivo, além de realizar a comparação durante a campanha, por meio do candidato petista ao Piratini, Miguel Rossetto, em programas e debates, é municiar militantes e filiados com as informações, alinhando a atuação. (Taline Oppitz/CP)

DOAÇÃO DE CAMPANHA DEVE SER REGISTRADA NO IMPOSTO DE RENDA

Os candidatos que participarão das eleições 2018 poderão sair às ruas para pedir votos a partir da quinta-feira (16). Com a campanha batendo à porta, os eleitores que quiserem fazer alguma doação a partidos ou candidatos - sobretudo este ano, com a facilidade das vaquinhas virtuais -, devem prestar contas ao Fisco e estar atentos para não cair em fraudes ou na malha fina do Imposto de Renda (IR) a ser declarado no ano que vem.
O eleitor pode doar até 10% dos rendimentos brutos que obteve no ano passado, mas há ainda um teto de R$ 1.064,10 por dia no financiamento coletivo. Os dados devem ser informados na ficha de "Doações a Partidos Políticos, Comitês Financeiros e Candidatos a cargos efetivos" no programa de declaração do IR 2019.
O teto da doação é o limite de quanto o candidato pode gastar. Cada campanha para presidente da República pode gastar até R$ 70 milhões e mais R$ 35 milhões em caso de segundo turno. Para candidatos a deputado federal, o limite é de R$ 2,5 milhões; para estadual, de R$ 1 milhão.

Brasil

PT DIZ QUE DECLARAÇÕES DE GALLORO REPRESENTAM ABUSO DE AUTORIDADE

O Partido dos Trabalhadores reagiu à entrevista com o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, publicada no Estado neste domingo, 12. Em nota, a legenda criticou o que qualifica como "abuso de autoridade" e "violência jurídica" e afirmou que as declarações de Galloro são um retrato do sistema atual, que teria como objetivo evitar um novo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
Lula foi condenado em primeira e segunda instâncias na Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP). A Justiça estipulou pena de 12 anos e um mês.
Na entrevista, a primeira desde que assumiu o cargo, há cinco meses, o diretor da corporação relata detalhes das negociações para prender o ex-presidente e cita que 30 policiais estavam prontos para invadir o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC caso Lula não se entregasse. Detalha também os bastidores da ordem do desembargador Rogério Favreto para soltar Lula e a contraordem do juiz Sérgio Moro em 8 de julho.
"É um verdadeiro retrato do sistema podre a que estamos submetidos", diz a nota. "A ilegalidade da prisão de Lula e da revogação do habeas corpus concedido a ele naquele domingo (8 de julho) já haviam sido denunciadas pela comunidade jurídica. Mas é ainda mais escandalosa a desfaçatez de agentes do Judiciário e da Polícia Federal, ao expor em público sua conduta ilegal e as razões políticas que os moveram", afirma o documento. (Estadão)

BOLSONARO ENCONTRA EMPRESÁRIOS E CITA ROCHA COMO MINISTRO


O candidato a presidente Jair Bolsonaro iniciou uma ofensiva de busca de apoio entre o PIB brasileiro em café da manhã conduzido de forma quase secreta com 62 empresários paulistas, na sexta-feira (10). No evento, cogitou o ex-controlador da Riachuelo, Flávio Rocha, para ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. “Por que não?”, afirmou, para ser aplaudido pelos presentes. Em tom de brincadeira, também disse que Rocha seria seu vice-presidente de honra. O empresário estava sentado ao seu lado e sorriu bastante – mas não declarou voto no deputado. (Folha de São Paulo)











A nova e a velha política


A campanha eleitoral deste ano, mais do que as anteriores, traz consigo a eterna discussão entre a velha e a nova política. Nada de novo, em se tratando da polêmica discussão sobre a importância dos jovens ocuparem o lugar dos idosos. Esse constante embate de gerações é um assunto atemporal que aprendemos a lidar já na tenra idade e que se intensifica na adolescência e ganha ares de competição na idade adulta, muitas vezes relegando aos senhores e senhoras de cabelos brancos o papel de ser humano em extinção. De pouca ou nenhuma utilidade. Com raras e louváveis exceções, como é o caso dos japoneses, que não só valorizam seus idosos como os utilizam como fonte de inspiração e sabedoria.

Assim também é a política, cuja impaciência e oportunismo insistem em querer furar a fila da experiência e da prudência. Seja na renovação de candidaturas ou na reformulação da prática partidária, apregoando inovações programáticas e ideológicas de rasa comprovação factual. É a fase da aventura como resposta ao apelo de mudança sentido nas ruas. Pois é isso que estamos observando nesse período de pré-campanha eleitoral, transformada numa espécie de “operação lava jato das urnas”, onde o clima belicoso implementado mira não apenas na exterminação de biografias, mas também, e principalmente, na substituição do Estado pelo empreendedorismo privado.

Tal qual o tratamento convencional dados aos idosos, os defensores da nova política consideram que o serviço público já deu o que tinha que dar e que sua existência, agora, só faz atrapalhar quem tem pressa pelo desenvolvimento e pela inovação. Mas a exemplo dos jovens que desdenham dos seus antepassados, os defensores da nova causa não abrem mão da herança patrimonial. Uma espécie de tendência invertida da máxima de que “vão-se os anéis ficam os dedos”. Para os defensores da modernidade política, o que é trabalhoso (saúde, educação e segurança) fica com o poder público, e o que é lucrativo e vantajoso, troca de mãos.

Isso me faz lembrar daqueles prédios históricos, que por estarem localizados em áreas nobres e de alto valor imobiliário, servem apenas de fachada para novas e modernas construções. Tipo “parece mas não é”. O que não é dito, nesse embate entre defensores da velha e da nova política, é que, a exemplo dos orientais, é possível conviver em união e harmonia. Quem disse que a melhor saída para as crises é a pressa? Tal qual o morador que para acabar com a praga do cupim põe fogo na sua casa, a afoiteza e a radicalização pela implementação da política do novo não pode gerar risco de agravamento ao que já é crítico.

Claro que os políticos de má índole devem ser extirpados da vida pública. Óbvio que “elefantes brancos” da máquina administrativa do Estado devem ser extintos ou modificados. Com certeza privilégios indecorosos de servidores públicos devem ser revistos. Mas tudo isso não autoriza o discurso de que o Estado só atrapalha e nada ajuda. O passado de realizações, que tornou o Brasil uma das nações mais pujantes do planeta, por si só, se encarrega de dar ares de injustiça a este tipo de pensamento. 

Ao agirem como invasores, exploradores e colonizadores, os adeptos do novo, acima de tudo a todo custo, se transformam em “vikings” contemporâneos da política nacional. E é bom recordar que os bárbaros de outrora sucumbiram ao longo da história.

É por isso que a cautela e a responsabilidade são dois critérios que devem nortear candidatos e eleitores nestas eleições. Os primeiros, para devolver à população a credibilidade perdida. Os segundos, para evitarem continuar servindo, nas urnas, de massa de manobra de interesses políticos e econômicos disfarçados de boas intenções.

Nunca é demais lembrar que se os maus políticos ocupam cadeiras nos Executivos e nos Legislativos é porque alguém colocou eles lá. Então muito cuidado com o que leem, ouvem ou assistem na mídia convencional e nos diversos meios oportunizados pela Internet. Tem muito político fisiológico, das antigas, posando de moderninho, e tem muito candidato iniciante escondendo intenções abomináveis, escondidas sob o rótulo da novidade.


Ou seja, nesse embate entre novo e ultrapassado, tem muito lobo disfarçado de cordeiro. E na tosa, quem é da lida campeira sabe disso, a ovelha troca o pelo, mas não deixa de ser o mesmo animal. 





HENRIQUE MEIRELLES (MDB)












 Nascido em Anápolis, Goiás, Henrique Meirelles, 72 anos, fez carreira no mercado financeiro. Começou no Banco de Boston em 1974 e se tornou presidente da instituição no Brasil em 1984. Também integrou o conselho de Harvard Kennedy School of Government e da Sloan School of Management do MIT (Massachusetts Institute of Technology).


Em 2002, foi eleito deputado federal, mas renunciou para assumir a presidência do Banco Central, durante o governo Lula, permanecendo no cargo até 2010. Foi escolhido por Michel Temer para chefiar o ministério da Fazenda, cargo que ocupou até abril de 2018, quando deixou a função para disputar pela primeira vez a presidência da República.

Com 1 minuto e 54 segundos de propaganda de TV e 4 inserções diárias, Meirelles terá como vice o ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (MDB). O candidato tem usado recursos próprios para fazer a campanha e sair do 1% das intenções de voto.


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