Horário político gratuito ou tenda dos milagres? Faltam quatro dias para o início da propaganda eleitoral de rádio e TV. Arquivo Flickr
"Agora
é que começa a reflexão. A população brasileira, corretamente, está mostrando,
até pelo seu sofrimento, que ela vai refletir, refletir, refletir, para decidir
mais à frente." Geraldo Alckmin pondo fé no poder de
persuasão do horário eleitoral gratuita de rádio e TV.
CONTRAGEM REGRESSIVA
Faltam 5 dias para começar a
propaganda eleitoral no rádio e na TV.
Faltam 41 dias para as
eleições.
Rio Grande do Sul
ACORDO
COM A UNIÃO DIVIDE CANDIDATOS AO PIRATINI
Alvo de debates acirrados, a
adesão do Estado ao regime de recuperação fiscal – que promete suspender o
pagamento da dívida com a União por até seis anos em troca de uma série de
exigências – está longe do consenso na campanha eleitoral. Dos oito candidatos
ao governo do Rio Grande do Sul, três são favoráveis ao acordo com a União,
quatro rejeitam a proposta e um não respondeu à pergunta de GaúchaZH.
O principal partidário da
adesão nos moldes atuais é o governador e candidato à reeleição José Ivo
Sartori (MDB), que transformou o tema em bandeira de campanha.
Eduardo Leite (PSDB) e
Mateus Bandeira (Novo) também são favoráveis, mas sugerem pelo menos uma
alteração. Jairo Jorge (PDT), Julio Flores (PSTU), Miguel Rossetto (PT) e
Roberto Robaina (PSOL)discordam do plano em discussão e propõem alternativas.
Procurado, Paulo de Oliveira Medeiros (PCO) não se manifestou.
ONYX
TESTEMUNHA À FAVOR DE BOLSONARO
O deputado federal gaúcho
Onix Lorenzoni (DEM) presta depoimento nesta terça-feira como testemunha de
defesa de Jair Bolsonaro (PSL) no processo em que a deputada Maria do Rosário
(PT-RS) acusa o presidenciável de injúria e difamação. Onix é apontado como
possível ministro da Casa Civil se Bolsonaro for eleito presidente da república
(Gaúcha ZH)
Brasil
GLOBO
NEWS INICIA HOJE SÉRIE DE ENTREVISTAS COM OS PRESIDENCIÁVEIS
A Central de Eleições da
Globo News entrevista nesta semana os quatro candidatos à presidente da
República mais bem colocados nas pesquisas. Nesta segunda-feira (27) será a vez
de Ciro Gomes (PDT). Na terça (28), Jair Bolsonaro (PSL), na quarta (29)
Geraldo Alckmin (PSDB) e na quinta (30) Marina da Silva (Rede).
PESQUISA
MOSTRA CRESCIMENTO DE AMOÊDO
Uma novidade mostrada pela
pesquisa BRG-FSB que será divulgada hoje mostra o crescimento do candidato do
partido Novo, João Amoêdo – refletindo movimento de engajamento que vinha sendo
mostrado nas redes sociais. Amoêdo é o terceiro colocado na pesquisa
espontânea, com 3% atrás só de Lula e Jair Bolsonaro. Na estimulada, sem Lula,
vai a 4%, o dobro do que tinha no Datafolha, primeiro instituto a dar 2% ao
candidato. A pesquisa foi feita por telefone com 2 mil pessoas, nos dias 24 e
25. A pesquisa mostra Jair Bolsonaro (PSL) na liderança com 24%, seguido de
Marina Silva (Rede) com 15%. A pesquisa não colocou o ex-presidente Lula como
candidato. (Estadão)
CAMPANHA
MAIS CURTA TESTA PODER DA TV NAS ELEIÇÕES
Dez dias mais curta, a
propaganda eleitoral na TV terá largada nesta sexta-feira (31) e vai testar o
poder do meio de ainda influenciar a escolha do eleitor. O formato desta
eleição assegura aos presidenciáveis um total de 15 programas ao longo dos 35
dias. Para quem tem mais tempo, como Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique
Meirelles (MDB), essa é considerada a última oportunidade para crescer nas
pesquisas e chegar ao segundo turno. Diferente das eleições anteriores,
custeadas por com doações de empresas e marcadas por investimentos milionários
em ações de marketing, a força eleitoral da TV tem sido contraposta ao
imediatismo da das redes sociais, canais do YouTube e WhatsApp. Com pouco tempo
na TV, Bolsonaro, por exemplo tem usado as redes sociais. Em julho o Estado de
São Paulo encontrou 83 páginas de seguidores que fazem campanha para o
presidenciável. Bolsonaro terá apenas 8 segundos no rádio e na TV. Do outro
lado, Geraldo Alckmin (PSDB), terá mais de 5 minutos em cada um dos blocos
fixos por dia para sair da quarta colocação nas pesquisas. Sem contar com o
grande número de inserções diárias de 30 segundos cada que o candidato terá
direito. (Estadão)
SOB
CRÍTICAS, TSE CORTA 395 JUÍZES DAS ELEIÇÕES
Sob a justificativa de
economizar R$ 61,4 milhões neste ano e corrigir distorções do número de
eleitores, o Tribunal Superior Eleitoral cortou 395 juízes e 395 procuradores
que atuariam nas eleições. O valor
representa 10,2% do total aplicado na logística da última eleição (2016). A
medida sofre críticas de magistrados e representantes do Ministério Público,
que apontam sobrecarga e menos fiscalização como consequência dos cortes. Por
outro lado, juízes e promotores recebem, além do salário, uma gratificação para
atuar na Justiça Eleitoral. (GauchaZH)
PRISÃO
DE EX-GOVERNADOR MOVIMENTA ELEIÇÕES NO MATO GROSSO DO SUL
A eleição para governador do
Mato Grosso do Sul terá disputa de 6 candidatos marcada pela recente prisão do
ex-governador André Puccinelli (MDB). Além do atual governador tucano Reinaldo
Azambuja, disputam o cargo Humberto Amaducci (PT), Marcelo Bluma (PV), João
Alfredo (PSOL), Odilon de Oliveira (PDT) e Júnior Mochi (MDB). Puccinelli teve
sua candidatura cancelada após ele e o filho, André Puccinelli Júnior, serem
presos em desdobramentos da operação Lama Asfáltica sob a acusação de diversos
crimes, como lavagem de dinheiro e cobrança de propina a empresários. A prisão
ocorreu há um mês. Com as prisões, o MDB chegou a lançar a senadora Simone
Tebet como pré-candidata, mas ela desistiu no último dia 12. O MDB, então, adotou
o plano C e lançou o deputado estadual Júnior Mochi. Entre as 27 unidades da
Federação, o Mato Grosso do Sul ocupa 13º lugar no Ranking de Eficiência dos
Estados. (UOL)
A democracia brasileira é
frágil e pouco convincente
Antônio Augusto Mayer dos
Santos - FIV.org.br
Entre as novas regras
eleitorais que passam a vigorar esse ano está a que trata da sobra de vagas.
Agora, todos os partidos que participarem da eleição poderão concorrer aos
lugares não preenchidos e não apenas os que alcançarem o quociente eleitoral,
determinado pela divisão do número de votos válidos pelo de lugares a
preencher. Especializado em Direito Eleitoral, o advogado Antônio Augusto Mayer
dos Santos elogia a nova norma, que beneficia os pequenos partidos. “Ela baniu
do cenário jurídico-político uma perversidade, um resquício excludente que
reduzia a nada votos atribuídos a partidos e coligações.”
Antônio Augusto considera
que a liminar concedida pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU em favor do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à presidência da
República, é “meramente simbólica, sem efeitos práticos”. Ele – diz o advogado
– “não é preso político”. Antônio Augusto também afirma que “a democracia
brasileira é frágil e pouco convincente”.
1 – O Comitê de Direitos
Humanos da ONU, reconhecido pelo Brasil, concedeu uma liminar para que Lula
participe das eleições. O TSE deverá cumprir a decisão do Comitê? Se não
cumprir haverá consequências? Quais?
– Trata-se de uma decisão
meramente simbólica, sem efeitos práticos. Aliás, é importante distinguir esse
aludido Comitê do Conselho de Direitos Humanos, que é integrado pelos
diplomatas das 47 nações, o qual não decidiu absolutamente acerca dessa
inusitada petição. Lula é um preso rigorosamente comum condenado pela prática
de crimes previstos em lei, que teve julgamento na forma da legislação e, por
força desta, está inelegível no mínimo até 20126. Não é preso político.
2 – As pesquisas indicam
alto índice de eleitores que, neste momento, pensam em votar em branco ou
anular o voto. Qual a relevância dessa atitude para a democracia brasileira?
– A democracia brasileira é
frágil e pouco convincente. Votos brancos, nulos e abstenções revelam a
desilusão dos brasileiros com políticos corruptos e sem aptidão. Carecendo de
tradição democrática mais profunda, o país que teve sete constituições federais
em menos de um século e meio de república necessita redefinir o seu formato
politico-institucional. O atual não convence mais. Não espelha o país e nem as
aspirações nacionais. Saturou. Faliu. Tornou-se danoso, às vezes letal. As suas
deturpações são inadmissíveis perante o século XXI. Inová-lo é um imperativo.
3 – O critério em vigência
sobre as sobras de votos nas eleições proporcionais beneficia os pequenos
partidos? Por quê?
– Beneficia. O novo texto
legal é elogiável porque baniu do cenário jurídico-político uma perversidade,
um resquício excludente que reduzia a nada votos atribuídos a partidos e
coligações. Afinal, todos aqueles sufrágios sofriam uma espécie de extermínio,
eram esterilizados e tornados inúteis. A providência efetivada, objeto de
inúmeras propostas ao longo de sucessivas legislaturas na Câmara dos Deputados
e no Senado Federal, adequou o Código Eleitoral aos parâmetros mais
contemporâneos da representação popular. O Congresso Nacional tinha o dever de
corrigir a incorreção que vigorava.
4 – Quais os cuidados que os
candidatos devem ter no uso das redes sociais?
– Não lançar conteúdos
ofensivos ou inverídicos, não postar em sites de pessoas jurídicas, observar os
limites de impulsionamento e lançar todas as despesas na prestação de contas.
5 – A minirreforma política
deve ser aprofundada? Que mudanças o senhor defende na atual legislação?
– Nunca tivemos uma reforma
política propriamente dita, mas sucessivos remendos eleitorais. No meu livro
“Ousadia, Utopia e Reforma Política” defendo a limitação do número de mandatos
para deputados e senadores, a redução do número de deputados federais, a
redução do mandato dos senadores de oito para quatro anos, mais liberdade na
propaganda eleitoral, debates obrigatórios entre candidatos majoritários,
candidaturas avulsas, cidadania como disciplina obrigatória e o
parlamentarismo, a meu ver mudanças substanciais para o Brasil.
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