segunda-feira, 27 de agosto de 2018








Horário político gratuito ou tenda dos milagres? Faltam quatro dias para o início da propaganda eleitoral de rádio e TV. Arquivo Flickr








"Agora é que começa a reflexão. A população brasileira, corretamente, está mostrando, até pelo seu sofrimento, que ela vai refletir, refletir, refletir, para decidir mais à frente." Geraldo Alckmin pondo fé no poder de persuasão do horário eleitoral gratuita de rádio e TV.









CONTRAGEM REGRESSIVA
Faltam 5 dias para começar a propaganda eleitoral no rádio e na TV.
Faltam 41 dias para as eleições.

Rio Grande do Sul

ACORDO COM A UNIÃO DIVIDE CANDIDATOS AO PIRATINI

Alvo de debates acirrados, a adesão do Estado ao regime de recuperação fiscal – que promete suspender o pagamento da dívida com a União por até seis anos em troca de uma série de exigências – está longe do consenso na campanha eleitoral. Dos oito candidatos ao governo do Rio Grande do Sul, três são favoráveis ao acordo com a União, quatro rejeitam a proposta e um não respondeu à pergunta de GaúchaZH.

O principal partidário da adesão nos moldes atuais é o governador e candidato à reeleição José Ivo Sartori (MDB), que transformou o tema em bandeira de campanha.

Eduardo Leite (PSDB) e Mateus Bandeira (Novo) também são favoráveis, mas sugerem pelo menos uma alteração. Jairo Jorge (PDT), Julio Flores (PSTU), Miguel Rossetto (PT) e Roberto Robaina (PSOL)discordam do plano em discussão e propõem alternativas. Procurado, Paulo de Oliveira Medeiros (PCO) não se manifestou.

ONYX TESTEMUNHA À FAVOR DE BOLSONARO

O deputado federal gaúcho Onix Lorenzoni (DEM) presta depoimento nesta terça-feira como testemunha de defesa de Jair Bolsonaro (PSL) no processo em que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) acusa o presidenciável de injúria e difamação. Onix é apontado como possível ministro da Casa Civil se Bolsonaro for eleito presidente da república (Gaúcha ZH)  

Brasil

GLOBO NEWS INICIA HOJE SÉRIE DE ENTREVISTAS COM OS PRESIDENCIÁVEIS

A Central de Eleições da Globo News entrevista nesta semana os quatro candidatos à presidente da República mais bem colocados nas pesquisas. Nesta segunda-feira (27) será a vez de Ciro Gomes (PDT). Na terça (28), Jair Bolsonaro (PSL), na quarta (29) Geraldo Alckmin (PSDB) e na quinta (30) Marina da Silva (Rede).

PESQUISA MOSTRA CRESCIMENTO DE AMOÊDO

Uma novidade mostrada pela pesquisa BRG-FSB que será divulgada hoje mostra o crescimento do candidato do partido Novo, João Amoêdo – refletindo movimento de engajamento que vinha sendo mostrado nas redes sociais. Amoêdo é o terceiro colocado na pesquisa espontânea, com 3% atrás só de Lula e Jair Bolsonaro. Na estimulada, sem Lula, vai a 4%, o dobro do que tinha no Datafolha, primeiro instituto a dar 2% ao candidato. A pesquisa foi feita por telefone com 2 mil pessoas, nos dias 24 e 25. A pesquisa mostra Jair Bolsonaro (PSL) na liderança com 24%, seguido de Marina Silva (Rede) com 15%. A pesquisa não colocou o ex-presidente Lula como candidato. (Estadão)

CAMPANHA MAIS CURTA TESTA PODER DA TV NAS ELEIÇÕES

Dez dias mais curta, a propaganda eleitoral na TV terá largada nesta sexta-feira (31) e vai testar o poder do meio de ainda influenciar a escolha do eleitor. O formato desta eleição assegura aos presidenciáveis um total de 15 programas ao longo dos 35 dias. Para quem tem mais tempo, como Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB), essa é considerada a última oportunidade para crescer nas pesquisas e chegar ao segundo turno. Diferente das eleições anteriores, custeadas por com doações de empresas e marcadas por investimentos milionários em ações de marketing, a força eleitoral da TV tem sido contraposta ao imediatismo da das redes sociais, canais do YouTube e WhatsApp. Com pouco tempo na TV, Bolsonaro, por exemplo tem usado as redes sociais. Em julho o Estado de São Paulo encontrou 83 páginas de seguidores que fazem campanha para o presidenciável. Bolsonaro terá apenas 8 segundos no rádio e na TV. Do outro lado, Geraldo Alckmin (PSDB), terá mais de 5 minutos em cada um dos blocos fixos por dia para sair da quarta colocação nas pesquisas. Sem contar com o grande número de inserções diárias de 30 segundos cada que o candidato terá direito. (Estadão)    

SOB CRÍTICAS, TSE CORTA 395 JUÍZES DAS ELEIÇÕES

Sob a justificativa de economizar R$ 61,4 milhões neste ano e corrigir distorções do número de eleitores, o Tribunal Superior Eleitoral cortou 395 juízes e 395 procuradores que atuariam nas eleições.  O valor representa 10,2% do total aplicado na logística da última eleição (2016). A medida sofre críticas de magistrados e representantes do Ministério Público, que apontam sobrecarga e menos fiscalização como consequência dos cortes. Por outro lado, juízes e promotores recebem, além do salário, uma gratificação para atuar na Justiça Eleitoral. (GauchaZH)

PRISÃO DE EX-GOVERNADOR MOVIMENTA ELEIÇÕES NO MATO GROSSO DO SUL


A eleição para governador do Mato Grosso do Sul terá disputa de 6 candidatos marcada pela recente prisão do ex-governador André Puccinelli (MDB). Além do atual governador tucano Reinaldo Azambuja, disputam o cargo Humberto Amaducci (PT), Marcelo Bluma (PV), João Alfredo (PSOL), Odilon de Oliveira (PDT) e Júnior Mochi (MDB). Puccinelli teve sua candidatura cancelada após ele e o filho, André Puccinelli Júnior, serem presos em desdobramentos da operação Lama Asfáltica sob a acusação de diversos crimes, como lavagem de dinheiro e cobrança de propina a empresários. A prisão ocorreu há um mês. Com as prisões, o MDB chegou a lançar a senadora Simone Tebet como pré-candidata, mas ela desistiu no último dia 12. O MDB, então, adotou o plano C e lançou o deputado estadual Júnior Mochi. Entre as 27 unidades da Federação, o Mato Grosso do Sul ocupa 13º lugar no Ranking de Eficiência dos Estados. (UOL)












A democracia brasileira é frágil e pouco convincente





Antônio Augusto Mayer dos Santos - FIV.org.br




Entre as novas regras eleitorais que passam a vigorar esse ano está a que trata da sobra de vagas. Agora, todos os partidos que participarem da eleição poderão concorrer aos lugares não preenchidos e não apenas os que alcançarem o quociente eleitoral, determinado pela divisão do número de votos válidos pelo de lugares a preencher. Especializado em Direito Eleitoral, o advogado Antônio Augusto Mayer dos Santos elogia a nova norma, que beneficia os pequenos partidos. “Ela baniu do cenário jurídico-político uma perversidade, um resquício excludente que reduzia a nada votos atribuídos a partidos e coligações.”

Antônio Augusto considera que a liminar concedida pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à presidência da República, é “meramente simbólica, sem efeitos práticos”. Ele – diz o advogado – “não é preso político”. Antônio Augusto também afirma que “a democracia brasileira é frágil e pouco convincente”.

1 – O Comitê de Direitos Humanos da ONU, reconhecido pelo Brasil, concedeu uma liminar para que Lula participe das eleições. O TSE deverá cumprir a decisão do Comitê? Se não cumprir haverá consequências? Quais?

– Trata-se de uma decisão meramente simbólica, sem efeitos práticos. Aliás, é importante distinguir esse aludido Comitê do Conselho de Direitos Humanos, que é integrado pelos diplomatas das 47 nações, o qual não decidiu absolutamente acerca dessa inusitada petição. Lula é um preso rigorosamente comum condenado pela prática de crimes previstos em lei, que teve julgamento na forma da legislação e, por força desta, está inelegível no mínimo até 20126. Não é preso político.

2 – As pesquisas indicam alto índice de eleitores que, neste momento, pensam em votar em branco ou anular o voto. Qual a relevância dessa atitude para a democracia brasileira?

– A democracia brasileira é frágil e pouco convincente. Votos brancos, nulos e abstenções revelam a desilusão dos brasileiros com políticos corruptos e sem aptidão. Carecendo de tradição democrática mais profunda, o país que teve sete constituições federais em menos de um século e meio de república necessita redefinir o seu formato politico-institucional. O atual não convence mais. Não espelha o país e nem as aspirações nacionais. Saturou. Faliu. Tornou-se danoso, às vezes letal. As suas deturpações são inadmissíveis perante o século XXI. Inová-lo é um imperativo.

3 – O critério em vigência sobre as sobras de votos nas eleições proporcionais beneficia os pequenos partidos? Por quê?

– Beneficia. O novo texto legal é elogiável porque baniu do cenário jurídico-político uma perversidade, um resquício excludente que reduzia a nada votos atribuídos a partidos e coligações. Afinal, todos aqueles sufrágios sofriam uma espécie de extermínio, eram esterilizados e tornados inúteis. A providência efetivada, objeto de inúmeras propostas ao longo de sucessivas legislaturas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, adequou o Código Eleitoral aos parâmetros mais contemporâneos da representação popular. O Congresso Nacional tinha o dever de corrigir a incorreção que vigorava.

4 – Quais os cuidados que os candidatos devem ter no uso das redes sociais?

– Não lançar conteúdos ofensivos ou inverídicos, não postar em sites de pessoas jurídicas, observar os limites de impulsionamento e lançar todas as despesas na prestação de contas.

5 – A minirreforma política deve ser aprofundada? Que mudanças o senhor defende na atual legislação?

– Nunca tivemos uma reforma política propriamente dita, mas sucessivos remendos eleitorais. No meu livro “Ousadia, Utopia e Reforma Política” defendo a limitação do número de mandatos para deputados e senadores, a redução do número de deputados federais, a redução do mandato dos senadores de oito para quatro anos, mais liberdade na propaganda eleitoral, debates obrigatórios entre candidatos majoritários, candidaturas avulsas, cidadania como disciplina obrigatória e o parlamentarismo, a meu ver mudanças substanciais para o Brasil.

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