segunda-feira, 6 de agosto de 2018






Para chegar ao Palácio do Planalto ou ao Palácio Piratini é precisa, antes, passar por aqui. Reprodução




"Deixo de ser capitão e o general deixa de ser general. Nós passamos a ser a partir de agora soldados do nosso Brasil. Numa só bandeira verde amarela, vai nos mover para mudar o nosso país". Jair Bolsonaro (PSL), referindo-se a chegada do seu companheiro de chapa, general Antônio Hamilton Martins Mourão (PRTB)








Rio Grande do Sul

PT CONFIRMA MIGUEL ROSSETTO COMO CANDIDATO AO PALÁCIO PIRATINI

Em convenção realizada neste domingo, o ex-ministro Miguel Rossetto foi oficializado pelo PT como candidato ao governo do Estado. Rossetto terá como vice a vereadora de São Leopoldo, Ana Affonso (PT). Há 16 anos o Partido dos Trabalhadores não lançava uma chapa “pura”. No entanto, o quadro pode mudar depois que o PT nacional anunciou acordo com o PCdoB para a chapa presidencial. A aliança nacional pode se repetir no Rio Grande do Sul com Abigail Pereira abrindo mão de sua candidatura ao governo e compondo, como vice, na chapa de Rossetto. Em 2014, Abigail concorreu como vice de Tarso Genro. (Estadão)

EDUARDO LEITE SERÁ O CANDIDATO DO PSDB AO GOVERNO DO RIO GRANDE DO SUL

Com o apoio do PP, mas sem a presença de Luís Carlos Heinze, o PSDB lançou oficialmente, neste domingo (5), a candidatura de Eduardo Leite ao governo do Estado. Na convenção realizada em Porto Alegre, o ex-prefeito de Pelotas prometeu devolver a confiança aos gaúchos, reduzir a carga tributária e priorizar a segurança pública. Além disso, fez um agradecimento especial ao deputado federal Luís Carlos Heinze que desistiu de concorrer ao governo gaúcho para disputar uma vaga no Senado na coligação com o PSDB. Eduardo Leite vai para a campanha que inicia no dia 31 no rádio e na TV coligado com seis partidos além do PSDB – PTB, PP, PHS, REDE e PRB. Além de Luís Carlos Heinze (PP), a convenção confirmou o médico e ex-deputado estadual, Mário Bernd (PPS) como candidatos ao Senado. (Gaúcha ZH)

RIO GRANDE DO SUL TEM OITO CANDIDATOS AO GOVERNO ESTADUAL

O prazo legal para a escolha dos candidatos, nas convenções, terminou neste domingo. O pedido de registro das candidaturas deverá ser feito junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) até o próximo dia 15. O Rio Grande do Sul tem 8 candidatos ao Palácio Piratini, mas que pode ser reduzido em um nome caso o PCdoB oficialize coligação com o PT. Se isto acontecer, Abigail Pereira será candidata à vice na chapa do de Miguel Rossetto (PT). Os outros candidatos são José Ivo Sartori (MDB) que deseja ser reeleito. Eduardo Leite, ex-prefeito de Pelotas, é o candidato do PSDB. O também ex-prefeito de Canoas, Jairo Jorge, é o candidato do PDT. O vereador de Porto Alegre, Roberto Robaina, é candidato outra vez. Júlio Flores, do PSTU, tenta outra vez ser governador dos gaúchos e Mateus Bandeira concorre pela primeira vez pelo partido Novo. Eles vão disputar a preferência dos 8 milhões e 300 mil eleitores no dia 7 de outubro, em primeiro turno e, em 27 de outubro, se houver necessidade do segundo turno. (Correio do Povo)

PPL LANÇA JOÃO GOULART FILHO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Mais um gaúcho está entre aqueles que desejam governar o país. João Goulart Filho é o candidato à presidência da república pelo Partido Pátria Livre (PPL). O nome do filho do ex-presidente João Goulart (Jango) foi confirmado, nesse domingo, na convenção nacional do PPL realizada em São Paulo. É a primeira vez que Goulart concorre à presidência da república e terá como vice o professor da Universidade Católica de Brasília, Léo Alves.  Segundo Goulart, o principal objetivo como presidente será a retomada do nacionalismo e do desenvolvimento. João Vicente Fontella Goulart é poeta, filósofo, escritor e fundador do Instituto João Goulart, dedicado a pesquisa história e à reflexão sobre o processo político brasileiro. Foi deputado estadual pelo PDT, no Rio Grande do Sul, nos anos 80. (Jornal do Comércio) 

VALOR DO PASSE

O Partido Progressista (PP) não terá mais candidato aos governos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Aqui no Estado, Luís Carlos Heinze desistiu do Palácio Piratini para ser candidato ao senado. O mesmo aconteceu em Santa Catarina com o ex-governador Esperidião Amim. Apesar de liderar grande parte das pesquisas, Amim preferiu tentar uma cadeira no Senado. As decisões tomadas nos dois estados do Sul, reforça a estratégia do PP nacional de fazer grandes bancadas no Congresso aumentando o valor do seu passe em futuras negociações. O PP, como todos os outros partidos, está de olho na cláusula de barreira que exige um deputado federal, no mínimo, em 9 estados diferentes. (Gaúcha ZH- Carolina Bahia)  

Brasil

PT DEFLAGRA PLANO “B” E OFICIALIZA HADDAD COMO VICE DE LULA

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, confirmou na madrugada desta segunda-feira que o seu partido e o PCdoB resolveram “fechar” aliança para a presidência da república. Segundo a senadora, a indicação de Fernando Haddad (PT-SP) foi feita para garantir o registro da candidatura, respeitando o prazo definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (STE). Com este acordo, o PCdoB retira a candidatura da deputada gaúcha Manuela D’Ávila à presidência para que ela possa ser registrada como vice de Fernando Haddad, caso a candidatura de Lula seja rejeitada pelo TSE. A presidente nacional do PCdoB, Luciana Barbosa de Oliveira Santos, confirmou a estratégia. “Nós estamos fazendo o desenho da frente que foi possível construir, entendendo a necessidade de um pacto das candidaturas do nosso campo. Nossa candidata viajou o país pregando a unidade, e vamos fazer aquilo que nós estávamos dispostos a fazer”. Mesmo cumprindo pena em Curitiba, o ex-presidente Lula foi oficializado como candidato do PT à presidência da república na convenção do partido, realizada sábado. Ele, porém, está potencialmente inelegível com base na Lei da Ficha Limpa após condenação em segunda instância. Por isso, na prática, a indicação de Fernando Haddad é a confirmação do “plano B” para a disputa presidencial. (Estadão)

BOLSONARO OFICIALIZA GENERAL MOURÃO COMO VICE

“Deixo de ser capitão e o general deixa de ser general. Nós passamos a ser, a partir deste momento, soldados do Brasil. Numa só bandeira verde e amarela, vai nos mover para mudar o nosso país”. Com esta frase, Jair Bolsonaro (PSL), oficializou a chapa à presidência da república com o general gaúcho Antônio Hamilton Martins Mourão (PRTB) como candidato à vice. O anunciou aconteceu neste domingo, durante a convenção do PRTB, em São Paulo, que desistiu de ter candidato próprio ao Palácio do Planalto. Jair Bolsonaro e o general Mourão estarão na serra gaúcha nesta segunda-feira. No começo da tarde, o general Mourão estará em Caxias do Sul, para palestra na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC). Depois viaja para Gramado onde se encontrará com Bolsonaro. O presidenciável e o vice participarão do evento A Voz do Campo, no Hotel Serrano. Logo depois, os candidatos do PSDL terão um encontro com evangélicos. (UOL)

SENADORA KATIA ABREU SERÁ VICE DE CIRO GOMES

O candidato do PDT ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes, escolheu a senadora Katia Abreu (PDT-TO) como candidata à vice-presidente. O anúncio oficial deve ocorrer nesta manhã de segunda-feira, na sede nacional do partido, em Brasília. Com o apoio de um partido pequeno, o Avante, Ciro Gomes optou por uma solução caseira, já que a senadora trocou o MDB pelo PDT em abril passado. Assim, Katia desiste de concorrer ao governo de Tocantins. Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, justificou a escolha à representatividade da senadora no Centro-Oeste e o seu perfil combativo. Pesou na escolha, ainda, o fato de que Katia foi contra o impeachment de Dilma Rousseff e ter forte penetração no setor ruralista. Ela foi presidente da Confederação Nacional da Agricultura. Com a indicação da senadora Katia Abreu, Ciro tenta reduzir a participação da também senadora Ana Amélia como vice de Geraldo Alckmin (PSDB). (Folha de S. Paulo)

DILMA ROUSSEFF SERÁ CANDIDATO AO SENADO POR MINAS GERAIS

A ex-presidente da república Dilma Rousseff (PT-MG) teve sua candidatura ao Senado confirmada na convenção estadual do partido, neste domingo, em Belo Horizonte. A convenção também confirmou Fernando Pimentel (PT-MG) como candidato à reeleição ao governo mineiro. O ex-presidente Lula enviou uma carta que foi lida durante a convenção dizendo que “Aécio Neves lançando um prato novo, meio diferente, que não tem muito a ver com a cozinha mineira e nem é muito ecológico: escondidinho de tucano. O povo mineiro não vai engolir essa receia indigesta”. Aécio será candidato a deputado federal. Dilma, por sua vez, pediu que aos militantes para “combater aqui em Minas esse golpe, que tem dois dos principais protagonistas aqui. Um que perdeu a eleição e outro que entregou o governo falido para Fernando Pimentel”. A campanha mineira do PT aposta no trio “Lula presidente, Pimentel Governador e Dilma senadora”. (Estado de Minas)

DUAS AÇÕES PEDEM IMPUGNAÇÃO DA CANDIDATURA DE LULA

A equipe jurídica que assessora o PT na área eleitoral identificou, até a noite deste domingo, duas ações que pedem a impugnação do registro da candidatura do ex-presidente Lula da Silva ao Planalto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os advogados vão se manifestar dizendo que a Justiça Eleitoral não pode decidir sobre a candidatura antes do registro da chapa, programado para o próximo dia 15. O advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira esteve reunido com os dirigentes nacionais do PT, neste domingo, elaborando a defesa do ex-presidente. Pereira também convenceu o PT a registrar candidato à vice ainda nesta segunda-feira, sob pena de não ter a chapa registrada no TSE. Por isso, Fernando Haddad foi indicado como vice de Lula. (Estadão)

PRIMEIRO DEBATE

O primeiro debate entre os presidenciáveis já tem data e local para ser realizado. Seguindo a tradição de mais de 30 anos a BAND realizará na quinta-feira, dia 9, o primeiro debate entre os candidatos à presidência da república. Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT, foi convidado, mas sua participação depende da Justiça já que o ex-presidente está preso em Curitiba. A BAND informa que, se a Justiça não liberar a participação de Lula, o PT não terá participação no programa. Segundo a Band estão confirmados Geraldo Alckmin (PSDB), Jair Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL), Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos) e Manuela D’Ávila (PCdoB). (BAND)
CAMPANHAS BUSCAM VOTO DE MULHERES E DO AGRONEGÓCIO

A eleição presidencial de 2018 terá 14 candidatos ao Palácio do Planalto, o maior número de postulantes desde 1989, mas com poucos sinais de renovação. Entre os candidatos com a melhor pontuação nas pesquisas de intenção de votos, apenas – Jair Bolsonaro (PSL) e Álvaro Dias (Podemos) – estreiam em uma disputa presidencial (O Valor)  









Imbróglio é pouco


Os três dias que antecederam o encerramento do prazo para a realização das convenções partidárias foram emblemáticos para caracterizar o cenário político conturbado que se instalou no país a partir do impeachment de Dilma Rousseff, da implantação da Operação Lava Jato e da prisão de ícones da política nacional, dentre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A começar pela indicação dos candidatos à vice-presidente, cargo considerado até pouco tempo como figurativo, mas que a história recente mostrou que não ser bem assim. Desde a redemocratização, dos oito presidentes que assumiram - um indiretamente (Tancredo Neves) e sete eleitos – três foram substituídos pelos vices (um por morte do titular e dois por impeachment), o que dá um média surpreendente de 37,5%.

Talvez a frequência desse casuísmo histórico tenha sido uma das causas para cautela na complementação das chapas majoritárias. Mais até do que o fisiologismo pela busca de mais tempo na propaganda de rádio e TV. Bolsonaro, por exemplo, transitou por uma nominata que incluiu uma jurista, um pastor, um astronauta, um príncipe e dois generais. Acabou optando, por afinidade e identidade, por um companheiro de farda. Outro caso é o PT, que somente nas últimas horas de domingo anunciou Fernando Haddad como vice de Lula e fechou aliança com o PCdoB, retirando Manuela D'Ávila da disputa e colocando-a na suplência da vaga da vice, caso Lula seja impedido de concorrer.

A mesma indefinição, embora por outras motivações, uma vez que o instrumento do impeachment parece não ter o mesmo apelo aqui nos pampas, aconteceu com a montagem das chapas majoritárias para o governo do Estado. Candidaturas foram apresentadas na undécima hora, outras não prosperaram e outras estão “penduradas no pincel”, podendo ser extintas a qualquer momento.

A questão que resulta desse imbróglio pré-eleitoral é a de que, sendo tão difícil montar uma chapa para concorrer, imagine a dificuldade que será realizar uma campanha civilizada e propositiva, onde predomine o debate dos planos de governo e não ataques pessoais e ofensas verbais. Já está provado que o radicalismo não conduz à lugar algum. Basta observar o clima bélico das redes sociais, onde o contraponto é visto como “declaração de guerra”.

Estamos diante de um desafio. Ou melhoramos a prática democrática ou oficializamos o vale-tudo na política. Sim, pois tudo indica que a pretendida e necessária renovação das casas legislativas não será de todo alcançada. Então, se pouco se espera da classe política, que nós, eleitores, assumamos a responsabilidade de fazer bem feita a nossa parte, exigindo respeito e postura dos candidatos e realizando, nas urnas, a escolha correta de nossos representantes. Está na hora de darmos um basta a politicagem e dizer bem- vindo à nova política.



VEJA QUEM SÃO OS CANDIDATOS À PRESIDENTE E À GOVERNADOR DO RS

PRESIDENTE

- Álvaro Dias (Podemos) – Vice: Paulo Rabello de Castro (PSC)
- Cabo Daciolo (Patriota) – Vice: Suele Balduino Nascimento (Podemos)
- Ciro Gomes (PDT) – Vice: Kátia Abreu (PDT)
- Geraldo Alckmin (PSDB) – Vice: Ana Amélia Lemos (PP)
- Guilherme Boulos (PSol) – Vice: Sônia Guajajara (PCB)
- Henrique Meirelles (MDB) – Vice: Germano Rigotto (MDB)
- Jair Bolsonaro (PSL) – Vice: General Mourão (PRTB)
- João Almoêdo (NOVO) – Vice: Christian Lohbauer (NOVO)
- João Goulart Filho (PPL) – Vice: Léo Alves (PPL)
- José Maria Eymael (DC) – Vice: Helvio Costa (DC)
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Vice: Fernando Haddad (PT)
- Marina Silva (Rede) – Vice: Eduardo Jorge (PV)
- Vera Lucia (PSTU) – Vice: Hertz Dias (PSTU)

GOVERNADOR DO RS

- Abgail Pereira (PCdoB) – Vice: Tiago Souza da Silva (PCdoB)
- Eduardo Leite (PSDB) – Ranolfo Vieira Júnior (PTB)
- Jairo Jorge (PDT) – Vice: Cláudio Bier (PV)
- José Ivo Sartori (MDB) – Vice: José Paulo Cairoli (PSD)
- Júlio Flores (PSTU) – Vice: Ana Clélia Schneider (PSTU)
- Mateus Bandeira (NOVO) – Vice: Bruno Miragem (NOVO)
- Miguel Rossetto (PT) – Vice: Ana Afonso (PT)
- Roberto Robaina (PSol) – Vice: Camila Goulart (PSol)

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