Chega de andar para trás. Vacine as crianças contra a poliomelite e o sarampo. José Cruz/Agência Brasil
“Pobre país, este, onde o primeiro
colocado nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República foi
condenado e está preso, e o segundo colocado hesita entre escolher um príncipe
ou um astronauta para ser seu vice”. Ricardo Noblat,
jornalista.
Rio Grande do Sul
JAIRO JORGE QUER REDUZIR IMPOSTOS E
BUROCRACIA
O
candidato ao governo do estado pelo PDT, Jairo Jorge, disse que quer reduzir
impostos- através de uma Lei do Gatilho estadual – e diminuir a burocracia
através do Escritório do Empreendedor. O ex-prefeito de Canoas ressaltou que
estas medidas devem ser tomadas nos primeiros 100 dias de governo. O candidato
do PDT revelou estes objetivos ao falar para empresários no Sindicato das
Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon). Jairo Jorge
esteve acompanhado de seu vice, o empresário Claudio Bier, que também é o
presidente do Sindicado das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do
Rio Grande do Sul. Bier conhecia a maioria dos empresários presentes ao
encontro e os apresentou à Jairo Jorge. Ex-prefeito de Canoas por duas
legislaturas seguidas, Jairo Jorge implantou no município a Lei do Gatilho que,
espera, estender para todo o Estado. “Quando a arrecadação da prefeitura
aumentava, se baixava o imposto sobre qualquer natureza e permite o aumento do
imposto em até 2% se a arrecadação diminuir”, enfatizou o candidato. Após a
apresentação, os empresários questionaram Jairo Jorge e chamou a atenção a
primeira pergunta que foi relacionada ao fato de Jairo Jorge ter sido filiado
ao PT, “partido que os empresários não pactuam”. Jairo Jorge disse que é
agregador, “sempre fui a favor das parcerias público-privadas” e acrescentou
que, durante o período em que foi prefeito, o que mais ouvia era de que não se
parecia com os petistas (Jornal do Comércio)
ANA AMÉLIA SUSPENDE AGENDA DESTA
QUARTA-FEIRA
Candidata
à reeleição, a senadora Ana Amélia (PP) interrompeu sua agenda pré-eleitoral
depois de sofrer uma crise de hipertensão na tarde passada. Segundo nota de sua
assessoria, a senadora passou a noite internada no Hospital Geral de Caxias do
Sul. A senadora tem liderado as pesquisas ao lado de Paulo Paim (PT) que também
busca a reeleição. Ana Amélia deve retornar hoje para Porto Alegre, mas
cancelou compromissos que estavam agendados para descansar. (Correio do
Povo)
Brasil
TSE PODE JULGAR LULA ANTES DO INÍCIO DA
CAMPANHA ELEITORAL
O
jornal o Estado de São Paulo revela hoje que, em consulta a integrantes do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o registro da candidatura do ex-presidente
Lula deverá ser julgado pelo plenário do tribunal antes do começo da propaganda
eleitoral em rádio e TV que inicia no dia 31 deste mês. O palanque eletrônico é
visto no PT como uma maneira do ex-presidente, preso em Curitiba desde o dia 7
de abril, aparecer em rede nacional. O registro das candidaturas se encerra no
dia 15 e o PT promete fazer o pedido de registro exatamente nesta data. Assim,
o STE teria duas semanas para realizar, em plenário, o julgamento sobre a
validade do registro ou não. Como disse ontem, em Salvador, o presidente do
TSE, ministro Luiz Fux, a Lei da Ficha limpa diz que candidatos julgados em
segunda instância estão incluídos na lei, e candidato ficha-suja “está fora do
jogo democrático”. (Estadão)
ALCKMIN E MARINA HOJE EM BRASÍLIA
O
pré-candidato ao Palácio do Planalto pelo PSDB, Geraldo Alckmin chega à
Brasília hoje ao meio dia e permanece na capital federal até amanhã. Vai
participar das articulações na busca de um vice para sua chapa. E também vai
prestigiar as convenções dos aliados PRB e DEM. Marina Silva, candidata da Rede
à presidência da república, também estará em Brasília nesta quarta-feira em
busca de alianças. Ela cancelou agenda prevista para São Paulo para participar
das articulações. (Estadão)
AÉCIO DEVE SER O ÚNICO INVESTIGADO NA
LAVA JATO A FICAR FORA DA ELEIÇÃO DE OUTUBRO
De
quase presidente da república a réu praticamente fora da disputa eleitoral. Em
quatro anos, Aécio Neves (PSDB-MG) foi do céu ao inferno por denúncias de
corrupção. A três meses das eleições, ele corre o risco de ser o único senador
investigado na Operação Lava Jato a não disputar um mandato em outubro. Os
outros 20 parlamentares que respondem a inquérito ou ação penal abertos com
base nas delações da megaoperação estão em plena pré-campanha eleitoral e,
salvo algum infortúnio, terão suas fotos exibidas nas urnas eletrônicas no dia
7 de outubro. Aécio deve ficar fora de qualquer disputa para não prejudicar a
campanha de Antônio Anastasia ao governo de Minas Gerais. Se Aécio mudar de
ideia, segundo pessoas próximas ao político mineiro, ele deverá ser candidato à
Câmara Federal (Congresso em Foco).
LACERDA DESCARTA CIRO E DIZ QUE VAI
CONCORRER AO GOVERNO DE MINAS
O
ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), que considerava a
possibilidade de concorrer à vice na chapa de Ciro Gomes (PDT) a presidência da
república, confirmou que vai disputar o governo de Minas Gerais. O comunicado
foi através do Twitter. “Eu sou candidato ao Governo de Minas Gerais e não há
hipótese de me candidatar a vice-presidente. Essa é a nossa decisão final” escreveu
o pré-candidato. A decisão foi anunciada logo depois que a pesquisa CNT/MDA
apontar o ex-prefeito como terceiro na preferência do eleitor. Ele aparece
atrás do senador Antônio Anastasia (PSDB) que lidera a pesquisa, seguido de
Fernando Pimentel (PT) que busca a reeleição (Estado de Minas)
AGENTES DA POLÍCIA FEDERAL LANÇAM FRENTE
DE PRÉ-CANDIDATOS AO CONGRESSO E VETAM PT, MDB E PP
Com
o objetivo de aumentar a representatividade da categoria no Congresso, agentes
da Polícia Federal (PF) lançaram oficialmente uma frente com cerca de 30
pré-candidatos para a Câmara Federal e Senado. Os únicos estados que não terão
candidatos da categoria são Paraíba, Piauí e Sergipe. Segundo o presidente do
Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol-DF) e candidato
a deputado federal pelo PHS, Flávio Werneck, todos os 30 pré-candidatos não
serão candidatos por PT, MDB e PP porque “são os partidos que tem mais
representantes envolvidos em escândalos de corrupção. Werneck conta que a ideia
de criar um grupo para disputar as eleições nasceu há aproximadamente dois anos
e que a intenção inicial era de lançar candidaturas avulsas. Como o SFT não
definiu se seria possível este tipo de candidatura, a frente definiu lançar
candidatos por vários partidos. Os 30 pré-candidatos estão espalhados por 17
partidos pelo país. (Congresso em Foco)
DILMA E AÉCIO SAEM NA FRENTE NA DISPUTA
AO SENADO EM MINAS GERAIS
A
ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) são os
preferidos dos eleitores mineiros para ocupar as duas vagas de Minas Gerais no
Senado, em disputa em 7 de outubro. Este é o resultado da pesquisa da CNT/MDA
divulgada ontem. A petista tem 21,5% das intenções dos votos e o senador tucano
aparece com 15% da preferência dos eleitores. Em terceiro aparece o jornalista
e apresentador Mauro Tramonte (PRB), com 10,6% das intenções de votos, e o
empresário Josué Alencar (PR), com 10,4% vem logo a seguir. São 10 candidatos
as duas vagas no Senado para o mandato de 8 anos a partir de 2019. (Estado de
Minas)
PARTIDOS DA ESQUERDA BUSCAM ALIANÇA
AINDA PARA O PRIMEIRO TURNO
Depois
que Geraldo Alckmin (PSDB) se articulou em uma aliança com o “centrão”, os
partidos de centro-esquerda tentam se mobilizar para discutir coligações. Nesta
terça-feira, em Brasília, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, recebeu a
presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, o presidente do PDT, Carlos Lupi e
a presidente do PCdoB, Luciana Santos. Foram discutir uma pauta comum para a
disputa do Palácio do Planalto. Mas, enquanto o diretório nacional do PSB ainda
tenta definir as coalizões, diretórias estaduais se antecipam e para direcionar
os votos da convenção partidária, marcada para o próximo domingo, 5 de agosto,
última data permitida pela Lei Eleitoral. Rachado, o PSB ainda vive a indecisão
de três tendências – apoiar o PT, se aliar ao PDT e se alinhar ao candidato
Ciro Gomes ou manter a neutralidade. SE o PSB fechar com o PDT deve indicar
Luciano Ducci, ex-prefeito de Curitiba para ser o vice de Ciro que já adiantou
que concorda com a indicação. Para se aliar ao PT, o PSB quer que o Partido dos
Trabalhadores não lance a vereadora Marília Arraes ao governo do estado e apoie
a reeleição de Paulo Câmara. (Estadão)
MARINA SILVA CONFIRMA CONVITE PARA
EDUARDO LEITE (PV) PARA VICE
A
pré-candidata da Rede ao Palácio do Planalto, Marina Silva, confirmou ontem a
noite que convidou Eduardo Leite, do Partido Verde, para ser seu vice. O médico
que foi candidato à presidência da república em 2014, gostou do convite, mas
ressaltou que a decisão é do PV. Marina também confirmou que o convite foi
feito e está esperando a definição do Partido Verde. Marina também disse que as
alianças entre o Rede e o PV nos estados também estão em andamento. (UOL)
Biruta
Leonel Brizola - Foto: Hora do Povo
Na
campanha de 1989, Leonel Brizola, candidato à presidência da República, pelo
PDT, chega a Florianópolis. Ainda no aeroporto, o repórter da TV Globo lhe
pergunta como avaliava a decisão do governador catarinense Esperidião Amin
(PDS), que, no meio primeiro turno, trocou Brizola por Collor.
-
Estás vendo aquela biruta lá? O Amin é como biruta de aeroporto. Vira conforme
o vento, respondeu o pedetista.
Um
mês depois Brizola aterrissa em Porto Alegre eu o questionei:
-
Governador, como é que surgiu aquela resposta, comparando Amin a uma biruta?
Foi uma ideia repentina?
-
Bastos, é o seguinte: eu estava olhando a biruta, quando o cara me fez a
pergunta. E eu toquei no peito do Amin.
Júlio
Flores propõe reestatizar empresas e expropriar o agronegócio
Júlio
Flores, do PSTU. Foto: Divulgação
Nas
eleições deste ano, o PSTU gaúcho será representando, mais uma vez, pelo
professor Júlio Flores, nascido em Porto Alegre, em 14 de junho de 1959. Ele
militou no movimento estudantil e sindical. Participou da organização do PT –
Partido dos Trabalhadores e da criação da CUT – Central Única dos
Trabalhadores. Em 1992, deixou o PT. Filiou-se, então, ao PSTU – Partido
Socialista dos Trabalhadores Unificado, criado em 1994. Desde 1996, disputou
pela legenda vagas ao Senado (1998 e 2014), à Câmara Municipal (2004, 2008 e
2012) e à Assembleia Legislativa (2006). Foi, também, candidato à prefeitura de
Porto Alegre (1996, 2000 e 2016) e ao governo do Estado (2002 e 2010).
Flores,
como os demais pré-candidatos e candidatos ao Piratini, respondeu por escrito
as perguntas da NS2 Consultoria. Para ele, o estado e o país precisam de “uma
revolução socialista que acabe com a fome, a miséria, a exploração e a
opressão”. A exemplo dos demais candidatos posicionados à esquerda, defende o
não pagamento da dívida com a União, o fim da Lei Kandir e dos benefícios
fiscais às grandes empresas. Descreve-se como defensor das minorias. “A
essência da nossa campanha é conquistar a consciência dos trabalhadores,
fazendo o chamado à rebelião dos de baixo para derrubar os de cima e demolir
com esse regime podre.”
Entre
as propostas do candidato estão a expropriação do latifúndio e do agronegócio,
“para fazer uma profunda reforma agrária, gerando milhares de empregos no campo
e na cidade” e a reestatização das empresas privatizadas nos governos
anteriores. Propõe também anular a extinção de fundações, definida pelo governo
Sartori.
1 – Por que os gaúchos devem votar no
senhor e não em seus adversários?
– Porque
nosso projeto é totalmente diferente dos demais e o único a atender
verdadeiramente aos interesses dos trabalhadores e do povo pobre do estado e do
país. A maioria explorada e oprimida da população, a classe operária,
trabalhadores assalariados de todas as categorias profissionais, professores,
funcionários públicos de todas as esferas, bancários, do transporte público, do
comércio, do campo, desempregados, moradores da periferia, das favelas, da
juventude, dos negros, das mulheres, dos LGBTS e todos os setores oprimidos e
discriminados da sociedade. Os demais projetos em sua maioria inclusive atendem
a interesses opostos aos da maioria da população. Servem apenas às classes
dominantes, às elites da sociedade, à burguesia do RS e do Brasil. Começando
pelo José Ivo Sartori, do MDB, passando por Jairo Jorge, do PDT, Eduardo Leite.do
PSDB, Luis Carlos Heinze, do PP, e Mateus Bandeira, do Novo, representam
diretamente frações de algum setor da burguesia, do grande capital, dos
exploradores do trabalho alheio, como banqueiros, industriais, empresários do
transporte coletivo, grandes comerciantes, grandes proprietários de imóveis e
da especulação imobiliária, latifundiários e empresários do agronegócio.
Outros, como Miguel Rossetto, do PT, e Abigail Pereira, do PC do B, refletem
esses mesmos interesses, pois fazem parte de um espectro reformista que integra
a chamada Frente Brasil Popular que já governou o país em três mandatos e meio,
e o estado, em colaboração com a burguesia por duas vezes, iludindo os
trabalhadores que com mudanças cosméticas e reformas por dentro do capitalismo
se pode melhorar a vida do povo, constituindo-se em sustentáculos deste regime
podre que está mergulhado na corrupção. Esqueceram-se totalmente da luta pelo
Fora Temer, e ainda mais de mobilizar o povo nas ruas para derrubar este
governo, apostam na campanha Lula livre, que ao invés de, utilizando todo seu
prestígio, chamar uma greve geral para botar para fora esse governo, faz uma
declaração de apoio a Kátia Abreu, representante do agronegócio, para ser
candidata a governadora no seu estado. Já o PSOL de Boulos e Robaina tem um
programa neorreformista, que dialoga com o projeto da Frente Popular, estando
integrado à campanha Lula livre, sendo, de fato, projetos auxiliares ao do PT e
da Frente Brasil Popular. Tanto que não defendem. por exemplo, o não pagamento da
dívida pública aos banqueiros e a estatização do sistema financeiro que seriam
medidas cruciais para fazer profundas mudanças na sociedade brasileira.
Nós,
ao contrário, temos um projeto que defende uma rebelião dos trabalhadores e do
povo pobre deste país e do RS para derrubar estes governos de corruptos e
bandidos como Temer, Sartori e Marchezan, que atacam e retiram os direitos da
população; uma rebelião para colocar na cadeia e confiscar os bens de todos
corruptos e corruptores de todas as esferas de poder: do Executivo, do Legislativo
e do Judiciário; uma rebelião para liberar a revolta do povo explorado e ao
mesmo tempo ir construindo conselhos populares que sejam formados com a eleição
de representantes dos trabalhadores em assembleias do povo nos locais de
trabalho, moradia e estudo; uma rebelião para estabelecer um governo dos
trabalhadores que não pague a dívida pública aos banqueiros, e estatize o
sistema financeiro; uma rebelião que faça uma reforma agrária radical sob
controle dos trabalhadores e um plano de obras públicas que gere milhões de
empregos para garantir condições de vida dignas, saúde, segurança e educação de
qualidade para a maioria da população. Ou seja, um governo dos trabalhadores
que tome medidas de transição ao socialismo, pois é disso que o RS e o Brasil precisam:
uma revolução socialista que acabe com a fome, a miséria, a exploração e a
opressão da maioria esmagadora da população.
2 – O que o senhor fará para conquistar
o voto dos eleitores desiludidos com a política e os políticos que, segundo as
pesquisas eleitorais, chegam a 30%?
– Em
primeiro lugar, do ponto de vista das ideias, faremos um debate político de
modo a desmascarar todas as candidaturas da burguesia como um todo que citamos
antes porque mentem para o povo, mas especialmente aqueles candidatos a
“salvadores da pátria”, que são de fato um embuste para enganar o povo com
arroubos radicais travestidos de messias, como Bolsonaro e Heinze, por exemplo,
que de fato agridem as maiorias quando, ao mesmo tempo que defendem o mesmo
projeto de retirada de direitos como as demais candidaturas, disseminam ódio e
preconceito aos índios, negros, mulheres (metade da população), homossexuais,
mostrando que perseguem a ampla maioria dos brasileiros, defendendo meia dúzia
de ricos e poderosos. Demonstrar também que governar com a burguesia, como fez
a Frente Popular, só trouxe prejuízos ao povo, porque beneficiou os banqueiros
e o grande capital e retirou direitos dos trabalhadores com as reformas da
Previdência e as privatizações. Mas a essência de nossa campanha é conquistar a
consciência dos trabalhadores fazendo esse chamado à rebelião dos de baixo para
derrubar os de cima e demolir com esse regime podre de uma falsa democracia que
beneficia os ricos e poderosos corruptos e corruptores, enquanto penaliza os trabalhadores,
os pobres, os despossuídos e deserdados, os oprimidos. Para botar para fora
todos os governos dos ricos, botar na cadeia todos os corruptos e corruptores e
confiscar seus bens, que foram surrupiados pelo saqueio dos cofres públicos,
para que voltem para o lugar de onde nunca deveriam ter saído. Fazer para isso
um chamado ao povo para sair às ruas, como fizeram os caminhoneiros, como têm
feito o povo da Nicarágua, do Haiti, de Honduras, etc., que tem se rebelado,
cercado palácios, enfrentado as forças armadas que têm defendido os poderosos.
Chamar a preparação de uma greve geral para enfrentar governos e poderes, ao
mesmo tempo que debatemos este projeto de construção do socialismo como a única
alternativa para mudar a nossa vida, para ganhar os corações e as mentes dos
trabalhadores e do povo para a necessidade dessas medidas estruturais e para a
convicção que os trabalhadores unidos podem fazer estas mudanças, para
acreditar que o povo unido tem força para impor estas transformações, em suma ganhar
os corações e as mentes dos trabalhadores para confiar em suas próprias
forças... e, assim, converter essas ideias em mobilização, em força material
para fazer conscientemente estas mudanças.
3 – A crise de finanças do Estado tem
solução? Qual?
– A crise
só existe para o lado dos trabalhadores, pois querem tirar tudo, as conquistas
do povo, o suor dos trabalhadores, explorá-los ao máximo para salvar e
enriquecer ainda mais os grandes capitalistas. O que existe, como eu disse, é
dinheiro indo para o lugar errado, indo para os grandes que querem mais é sugar
o sangue do povo pobre que já perdeu tudo ou quase. A população pobre está
endividada, transformada em refém do sistema financeiro; os servidores públicos
estaduais tem seus salários parcelados. Enquanto isso, todos os governos
anteriores, sem exceção têm tirado dos trabalhadores e do povo pobre para dar
aos ricos. Todos os governos, dentre eles, os mais recentes, desde Britto,
passando por Olívio, Rigotto, Yeda, Tarso e especialmente agora com Sartori,
eles têm beneficiado os poderosos. Paga-se a dívida com o Governo Federal que
todo ano consome algo como quase R$ 4 bilhões para garantir o lucro de
banqueiros, só de juros e amortizações. Concede-se isenções fiscais para os
grandes empresários como GM, Gerdau, e outras, que não pagam impostos
surrupiando algo como R$ 15 bilhões por ano aos cofres públicos. Os sonegadores
de impostos, que são aqueles que produzem, mas não informam, que subtraem aos
cofres públicos ao redor de R$ 7 bilhões, conforme se estima. Devido à Lei
Kandir, outros cerca de R$ 8 bilhões vão para o bolso do agronegócio. Ou seja,
temos perto de R$ 30 bilhões, mais ou menos, para recuperar entre dívida,
isenções e o que nos devem da Lei Kandir. Não encontramos R$ 34 bilhões na
esquina. Se esses valores não fossem subtraídos aos cofres públicos, teríamos o
dinheiro suficiente.para investir nas necessidades da população e garantir dias
melhores para os gaúchos que produzem, a duras penas, as riquezas do estado e
do país. Por isso é necessário não pagar a dívida pública, acabar com as
isenções fiscais para as grandes empresas, acabar com a sonegação e recuperar
os valores da Lei Kandir para os cofres do estado, para podermos investir nas
necessidades do povo como a saúde, a educação e a segurança pública, bem como
para implementar um plano de obras públicas que construa hospitais, moradias,
escolas, obras de infraestrutura e se exproprie o latifúndio e o agronegócio
para fazer uma profunda reforma agrária, gerando milhares de empregos no campo
e na cidade.
4 – Se eleito, qual será o seu primeiro
ato, após a posse em 1º de janeiro de 2019?
–
Primeiro, precisamos recuperar o estado do estrago que fizeram todos os
governos anteriores. Precisamos reestatizar a CEEE, a CRT, e todas as demais estatais
que foram privatizadas. Isso significaria expropriar as empresas de
comunicações e energia em que elas foram fatiadas, como a AES Sul e a OI, por
exemplo. Somos a favor da reestatização de toda estatal que tenha sido entregue
aos capitalistas nacionais ou estrangeiros nos últimos anos e, portanto,
entraríamos no plano nacional defendidos pelos nossos candidatos a presidente e
vice, companheiros Vera e Hertz, selecionando as empresas com sede no RS que
seriam expropriadas dentre as 100 maiores do país. E dentro disso, devemos
anular a extinção das fundações, fechadas pelo atual governo, porque todas elas
têm importância para o estado e para o bem público, como a Fundação Piratini, a
Zoobotânica, a FEEE e tantas outras. Todas elas são indispensáveis para o bom
funcionamento do serviço público. Somos contra as privatizações que Sartori e
todos os partidos da burguesia querem promover, como da CRM, Sulgás e CEEE.
A
lei do plebiscito é importante. Por isso, a tentativa de extinguir o plebiscito
é uma manobra do governo Sartori para beneficiar seus amigos, o grande capital,
o que é uma coisa escancarada, só não enxerga quem não quer. O estado sairia
perdendo com o que seria arrecadado com a venda das estatais. Isso é só para
beneficiar meia dúzia de ricos e poderosos, repassando esses serviços para
eles, já que são rentáveis. Mas essas medidas deverão ser tomadas ao mesmo
tempo em que, com todos os movimentos sociais, trabalhadores do campo e da
cidade, sindicatos, movimentos de sem terra, de sem teto, de mulheres, negros e
LGBTS, com o povo pobre da periferia, desencadearmos um processo de debate nos
locais de trabalho, estudo e moradia em todas as regiões do estado a respeito
deste projeto de rebelião para desenvolver este programa de medidas que citamos
em todos os momentos mais acima, e eleger os representantes destes setores
sociais para formar os conselhos populares municipais, regionais e um conselho
popular estadual que será o governo socialista dos trabalhadores do RS, que
tomará todas as decisões a respeito das medidas de transição a serem
implementadas.
NOTA: O BLog da NS² encerra hoje a série de entrevistas com os candidatos e pré-candidatos ao Governo do Estado. O candidato do MDB ao Piratini,
governador José Ivo Sartori, único a não responder as perguntas encaminhadas, informa, por meio da assessoria do partido, que só
falará como candidato, após a homologação de seu nome pela convenção estadual,
marcada para o dia 5 de agosto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário