Marcha pela legalização do aborto no Rio de Janeiro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
“Vamos
enfrentar a questão do auxílio-moradia, e a premissa é que ele não deve
existir. Seria possível bater o martelo no sentido de afastar o auxílio-moradia
sem ter uma compensação?” Ministro Marco Aurélio, do STF, sobre o
reajuste de 16,38% auto concedido
pela Suprema Corte.
Rio Grande do Sul
MATEUS
BANDEIRA VAI REALIZAR PROPAGANDA DIFERENCIADA NA INTERNET
Inspirado na série “House of
Cards”, o candidato do NOVO ao Piratini, Mateus Bandeira, fará nos dias 17 e 18
de agosto uma ação inédita em campanhas eleitorais no Rio Grande do Sul.
Bandeira passará 24 horas (sem dormir) em uma transmissão ao vivo no Facebook,
Twitter e Instagram, falando de suas propostas, apresentando candidatos do NOVO
e mostrando como é a sua vida.
Com somente nove segundos em
cada bloco de propaganda de rádio e TV, Mateus Bandeira vai transmitir
programas pela Internet durante o horário eleitoral, de olho no público das
redes sociais. (Rosane de Oliveira/ZH)
Brasil
PRIMEIRO
DEBATE DOS PRESIDENCIÁVEIS TEVE CLIMA AMENO
O temor demonstrado antes do
debate da Band pelas assessorias dos candidatos se manifestou no palco: nenhum
dos principais candidatos à Presidência confrontou pesadamente Jair Bolsonaro,
líder nas pesquisas, quando teve oportunidade.
O único a questioná-lo em
tom mais incisivo foi Guilherme Boulos, que, por ser do PSOL, representante da
extrema-esquerda, é rechaçado pelo eleitorado bolsonarista. Ser confrontado por
ele, portanto, reforça as posições de Bolsonaro junto aos que o apoiam.
Nem Ciro Gomes, sempre tão
loquaz, que já chamou Bolsonaro de sociopata em entrevistas, teve ímpeto para
chamá-lo ao ringue. Quando foram escolhidos para responder e comentar numa
pergunta sobre educação, um Ciro sorridente dirigiu ao “Jair” uma piadinha
sobre colégio militar que serviu de escada para a tréplica do deputado.
Quem ficou mais na berlinda
foi Geraldo Alckmin, que recebeu alfinetadas de Marina Silva (quanto ao
Centrão), Ciro (que tentou associá-lo por diversas vezes a Michel Temer),
Alvaro Dias (que associou o PSDB, partido do qual foi até outro dia, à
corrupção) e até do pacato Henrique Meirelles, que disse que o PSDB chamava o
Bolsa Família de “Bolsa Esmola”.
O tucano procurou se manter
em tom propositivo, mas soou professoral e pouco didático. Enfileirou siglas de
difícil compreensão para o eleitorado comum e evitou revidar na mesma moeda as
chineladas que recebeu. Soou frio e burocrático na maior parte do tempo.
A ausência do PT fez com que
Lula fosse excluído também das perguntas e respostas, poupando o partido de
críticas pelo petrolão e o desastre da economia legado por Dilma Rousseff.
(Estadão)
IRONIAS SOBRE DECLARAÇÕES DE
CANDIDATOS E GRAVAÇÕES DE LULA: COMO FOI O DEBATE PARALELO DO PT
Minutos depois de começar o
primeiro debate televisivo das eleições 2018, às 22h, o PT iniciou a prometida
transmissão paralela pelas redes sociais para contornar o fato de o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido impedido pela Justiça de
participar por videoconferência do programa oficial da TV Bandeirantes.
O debate paralelo foi
transmitido em diversas redes sociais petistas. Somente no Facebook do PT, mais
de 11 mil pessoas assistiram simultaneamente ao programa. Os próprios
participantes divulgaram que foram registrados mais de 50 mil espectadores.
Além disso, a vaquinha online organizada para arrecadar fundos para a campanha
de Lula, frequentemente mencionada durante o debate, passou de R$ 500 mil, que
era o objetivo dos petistas.
Marcado por citações à
transmissão da Band, com comentários irônicos dos participantes e críticas ao
fato de Lula não estar presente, intercaladas por vídeos gravados por Lula
antes da prisão, o debate paralelo começou com candidato à vice-presidência
petista, Fernando Haddad, a vice "reserva", Manuela D'Ávila (PC do B)
e o coordenador da campanha, Sérgio Gabrielli.
METADE
DOS ELEITORES BRASILEIROS DEVE USAR BIOMETRIA PARA VOTAR NAS ELEIÇÕES DE 2018
Metade do eleitorado
brasileiro será identificado por biometria nas eleições de 2018, segundo o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São 73,7 milhões de eleitores, ou 50% de
todas as pessoas aptas a votar no país.
Em 2014, ano das últimas
eleições presidenciais, o total de eleitores com identificação digital em
municípios com reconhecimento biométrico era de 21,7 milhões de pessoas, ou
15,2% do eleitorado.
Mais de 87 milhões de
eleitores têm o cadastro biométrico atualmente no Brasil (60% do eleitorado).
Parte dessas pessoas, porém, está em cidades que não terão o reconhecimento das
digitais disponível para as eleições deste ano. Por isso, o número total de
eleitores com o cadastro é maior que o número de pessoas que vão votar usando
biometria.
Segundo o TSE, a meta da
Justiça Eleitoral é identificar 100% dos eleitores por meio da impressão
digital até 2022. (G1)
FACEBOOK
ABRE REGISTRO PARA PROPAGANDA PAGA
O Facebook abriu o registro
para candidatos e partidos que vão divulgar propaganda eleitoral pela
plataforma. O cadastro é obrigatório para o concorrente ou legenda que quiser lançar
mão deste tipo de publicação paga na rede social durante as eleições. A
exigência foi estabelecida pelo TSE em resolução sobre o pleito deste ano.
Esses anúncios serão identificados nas linhas de tempo dos usuários como “propaganda
eleitoral”. Aqueles publicados por candidatos vão mostrar o CPF dele, bem como
a legenda à qual é filiado. As publicações com essas informações serão
disponibilizadas a partir do dia 16 de agosto.
M3D,
um espaço de debate plural e suprapartidário
Pastor Rui Leopoldo Bernhard
Pastor Rui Leopoldo Bernhard - Foto: Divulgação
No dia 27 de junho,
um grupo, formado por profissionais liberais, empresários, professores,
intelectuais, artistas, religiosos, trabalhadores públicos e privados, lançou,
em Porto Alegre, o M3D – Movimento Democracia, Diálogo e Diversidade, destinado
a defender a democracia e a soberania nacional, segundo sua Carta de
Princípios. O Movimento se propõe a viver “sem estruturas hierárquicas”.
Portanto, não conta com coordenadores, diretores ou presidentes. Apenas com
ativistas. Alguns com maior ou menor visibilidade. As perguntas enviadas pela
NS2 Consultoria, por exemplo, foram respondidas por Rui Leopoldo Bernhard,
pastor aposentado da IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil,
que se descreve como “participante ativo do grupo, sem função diretiva”. Os
interessados em fazer parte do grupo podem fazer contato pelo e-mail
m3democracia@gmail.com.
Bernhard reafirma os princípios
estabelecidos no Manifesto e na Carta. Diz que o Movimento quer “estimular o
diálogo entre pessoas com posições políticas divergentes” e constituir-se num
espaço “de debates plural e suprapartidário”.
-
A criação do M3D se inspirou em algum movimento político nacional ou
internacional? Por quê? Qual?
- A inspiração para a
criação do Manifesto em Defesa da Democracia, do Diálogo e da Diversidade - M3D
- veio da preocupação de um grupo de pessoas, cidadãos e cidadãs de diversas
profissões - conforme citado no início
do manifesto -, preocupadas com a crescente violência e intolerância que estava
se instalando entre os diferentes grupos de militância política no Brasil,
colocando em risco a consolidação da Democracia ainda num processo de
construção. Portanto, a inspiração aconteceu sem a influência de movimentos
políticos nacionais ou internacionais especificamente. É claro que as análises
dos acontecimentos locais convergem com os acontecimentos internacionais que
tem muita coisa em comum, especialmente a sua origem.
-
Qual a principal proposta do M3D? Como o Movimento vem atuando no Rio Grande do
Sul e no país?
- A proposta da M3D é
estimular o diálogo entre pessoas com posições políticas divergentes,
procurando criar mecanismos de desconstrução da violência e intolerância entre
as partes como forma de superação de conflitos originados pelo discurso de
ódio, alimentados em grande parte por notícias falsas manipuladas pela grande
mídia. O manifesto foi lançado a partir de Porto Alegre para o Estado do RGS,
tendo-se a expectativa de uma abrangência nacional. Esperamos que isso possa
acontecer através das redes sociais e possa contribuir para todo o processo de
eleições e pós-eleições.
-
De que maneira o Movimento combaterá a intolerância reinante no país? Como
aumentar o nível de tolerância entre os brasileiros?
- Na Carta de Princípios que
acompanha o Manifesto são colocadas algumas propostas de atuação para
concretizar os objetivos expressos no Manifesto, a qual deve constituir-se como
espaço de debates plural e suprapartidário, buscando a participação de pessoas
com diferentes visões ideológicas e políticas, que devem reunir-se para
defender a democracia e as grandes mudanças sociais. Para alcançar esses
objetivos espera-se organizar atividades, eventos públicos, palestras e conversas
em entidades de classe, escolas, associações, etc.
-
O M3D atuará de alguma forma na campanha política? Tem nome a indicar para o
governo do Estado e à presidência do país? Quais? Por quê?
- O M3D não atuará em campanhas
políticas, nem indicará nomes de candidatos pelos motivos acima referidos.
-
O Movimento pretende no futuro se transformar em um novo partido, como ocorreu
com o Podemos na Espanha?
-Também não previmos a
possibilidade de o Movimento transformar-se em partido político. Pois queremos contribuir
para a construção de um país com práticas realmente participativas e
democráticas que fortaleçam o debate público e o espírito de solidariedade.
CIRO
GOMES (PDT)
Ciro Gomes - Foto: PDT
Nascido em Pindamonhangaba,
interior de São Paulo, Ciro Gomes, 60 anos, fez sua carreira política no Ceará.
Foi prefeito de Fortaleza e em 1989 eleito governador do Ceará, que governou
durante um mandato.
Foi ministro da Fazenda no
governo Itamar Franco, participando da equipe que formulou o plano real. No
governo Lula, ocupou o ministério da Integração Nacional, de 2003 a 2006. Foi
eleito deputado federal em 2006, cargo que exerceu por um mandato.
É a terceira vez que disputa
as eleições presidenciais. Ele se lançou na corrida presidencial em 1998 e em 2002.
Como vice escolheu senadora e ex-ministra da Agricultura de Dilma Rousseff,
Kátia Abreu (PDT).
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