sexta-feira, 10 de agosto de 2018






Marcha pela legalização do aborto no Rio de Janeiro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil







“Vamos enfrentar a questão do auxílio-moradia, e a premissa é que ele não deve existir. Seria possível bater o martelo no sentido de afastar o auxílio-moradia sem ter uma compensação?” Ministro Marco Aurélio, do STF, sobre o reajuste de 16,38% auto concedido pela Suprema Corte.









Rio Grande do Sul

MATEUS BANDEIRA VAI REALIZAR PROPAGANDA DIFERENCIADA NA INTERNET

Inspirado na série “House of Cards”, o candidato do NOVO ao Piratini, Mateus Bandeira, fará nos dias 17 e 18 de agosto uma ação inédita em campanhas eleitorais no Rio Grande do Sul. Bandeira passará 24 horas (sem dormir) em uma transmissão ao vivo no Facebook, Twitter e Instagram, falando de suas propostas, apresentando candidatos do NOVO e mostrando como é a sua vida.
Com somente nove segundos em cada bloco de propaganda de rádio e TV, Mateus Bandeira vai transmitir programas pela Internet durante o horário eleitoral, de olho no público das redes sociais. (Rosane de Oliveira/ZH)

Brasil

PRIMEIRO DEBATE DOS PRESIDENCIÁVEIS TEVE CLIMA AMENO

O temor demonstrado antes do debate da Band pelas assessorias dos candidatos se manifestou no palco: nenhum dos principais candidatos à Presidência confrontou pesadamente Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas, quando teve oportunidade.
O único a questioná-lo em tom mais incisivo foi Guilherme Boulos, que, por ser do PSOL, representante da extrema-esquerda, é rechaçado pelo eleitorado bolsonarista. Ser confrontado por ele, portanto, reforça as posições de Bolsonaro junto aos que o apoiam.
Nem Ciro Gomes, sempre tão loquaz, que já chamou Bolsonaro de sociopata em entrevistas, teve ímpeto para chamá-lo ao ringue. Quando foram escolhidos para responder e comentar numa pergunta sobre educação, um Ciro sorridente dirigiu ao “Jair” uma piadinha sobre colégio militar que serviu de escada para a tréplica do deputado.
Quem ficou mais na berlinda foi Geraldo Alckmin, que recebeu alfinetadas de Marina Silva (quanto ao Centrão), Ciro (que tentou associá-lo por diversas vezes a Michel Temer), Alvaro Dias (que associou o PSDB, partido do qual foi até outro dia, à corrupção) e até do pacato Henrique Meirelles, que disse que o PSDB chamava o Bolsa Família de “Bolsa Esmola”.
O tucano procurou se manter em tom propositivo, mas soou professoral e pouco didático. Enfileirou siglas de difícil compreensão para o eleitorado comum e evitou revidar na mesma moeda as chineladas que recebeu. Soou frio e burocrático na maior parte do tempo.
A ausência do PT fez com que Lula fosse excluído também das perguntas e respostas, poupando o partido de críticas pelo petrolão e o desastre da economia legado por Dilma Rousseff. (Estadão)

IRONIAS SOBRE DECLARAÇÕES DE CANDIDATOS E GRAVAÇÕES DE LULA: COMO FOI O DEBATE PARALELO DO PT

Minutos depois de começar o primeiro debate televisivo das eleições 2018, às 22h, o PT iniciou a prometida transmissão paralela pelas redes sociais para contornar o fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido impedido pela Justiça de participar por videoconferência do programa oficial da TV Bandeirantes.
O debate paralelo foi transmitido em diversas redes sociais petistas. Somente no Facebook do PT, mais de 11 mil pessoas assistiram simultaneamente ao programa. Os próprios participantes divulgaram que foram registrados mais de 50 mil espectadores. Além disso, a vaquinha online organizada para arrecadar fundos para a campanha de Lula, frequentemente mencionada durante o debate, passou de R$ 500 mil, que era o objetivo dos petistas.
Marcado por citações à transmissão da Band, com comentários irônicos dos participantes e críticas ao fato de Lula não estar presente, intercaladas por vídeos gravados por Lula antes da prisão, o debate paralelo começou com candidato à vice-presidência petista, Fernando Haddad, a vice "reserva", Manuela D'Ávila (PC do B) e o coordenador da campanha, Sérgio Gabrielli.

METADE DOS ELEITORES BRASILEIROS DEVE USAR BIOMETRIA PARA VOTAR NAS ELEIÇÕES DE 2018

Metade do eleitorado brasileiro será identificado por biometria nas eleições de 2018, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São 73,7 milhões de eleitores, ou 50% de todas as pessoas aptas a votar no país.
Em 2014, ano das últimas eleições presidenciais, o total de eleitores com identificação digital em municípios com reconhecimento biométrico era de 21,7 milhões de pessoas, ou 15,2% do eleitorado.
Mais de 87 milhões de eleitores têm o cadastro biométrico atualmente no Brasil (60% do eleitorado). Parte dessas pessoas, porém, está em cidades que não terão o reconhecimento das digitais disponível para as eleições deste ano. Por isso, o número total de eleitores com o cadastro é maior que o número de pessoas que vão votar usando biometria.
Segundo o TSE, a meta da Justiça Eleitoral é identificar 100% dos eleitores por meio da impressão digital até 2022. (G1)

FACEBOOK ABRE REGISTRO PARA PROPAGANDA PAGA


O Facebook abriu o registro para candidatos e partidos que vão divulgar propaganda eleitoral pela plataforma. O cadastro é obrigatório para o concorrente ou legenda que quiser lançar mão deste tipo de publicação paga na rede social durante as eleições. A exigência foi estabelecida pelo TSE em resolução sobre o pleito deste ano. Esses anúncios serão identificados nas linhas de tempo dos usuários como “propaganda eleitoral”. Aqueles publicados por candidatos vão mostrar o CPF dele, bem como a legenda à qual é filiado. As publicações com essas informações serão disponibilizadas a partir do dia 16 de agosto.









M3D, um espaço de debate plural e suprapartidário



Pastor Rui Leopoldo Bernhard




Pastor Rui Leopoldo Bernhard - Foto: Divulgação



No dia 27 de junho, um grupo, formado por profissionais liberais, empresários, professores, intelectuais, artistas, religiosos, trabalhadores públicos e privados, lançou, em Porto Alegre, o M3D – Movimento Democracia, Diálogo e Diversidade, destinado a defender a democracia e a soberania nacional, segundo sua Carta de Princípios. O Movimento se propõe a viver “sem estruturas hierárquicas”. Portanto, não conta com coordenadores, diretores ou presidentes. Apenas com ativistas. Alguns com maior ou menor visibilidade. As perguntas enviadas pela NS2 Consultoria, por exemplo, foram respondidas por Rui Leopoldo Bernhard, pastor aposentado da IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, que se descreve como “participante ativo do grupo, sem função diretiva”. Os interessados em fazer parte do grupo podem fazer contato pelo e-mail m3democracia@gmail.com.

Bernhard reafirma os princípios estabelecidos no Manifesto e na Carta. Diz que o Movimento quer “estimular o diálogo entre pessoas com posições políticas divergentes” e constituir-se num espaço “de debates plural e suprapartidário”.

- A criação do M3D se inspirou em algum movimento político nacional ou internacional? Por quê? Qual?

- A inspiração para a criação do Manifesto em Defesa da Democracia, do Diálogo e da Diversidade - M3D - veio da preocupação de um grupo de pessoas, cidadãos e cidadãs de diversas profissões -  conforme citado no início do manifesto -, preocupadas com a crescente violência e intolerância que estava se instalando entre os diferentes grupos de militância política no Brasil, colocando em risco a consolidação da Democracia ainda num processo de construção. Portanto, a inspiração aconteceu sem a influência de movimentos políticos nacionais ou internacionais especificamente. É claro que as análises dos acontecimentos locais convergem com os acontecimentos internacionais que tem muita coisa em comum, especialmente a sua origem.

- Qual a principal proposta do M3D? Como o Movimento vem atuando no Rio Grande do Sul e no país?

- A proposta da M3D é estimular o diálogo entre pessoas com posições políticas divergentes, procurando criar mecanismos de desconstrução da violência e intolerância entre as partes como forma de superação de conflitos originados pelo discurso de ódio, alimentados em grande parte por notícias falsas manipuladas pela grande mídia. O manifesto foi lançado a partir de Porto Alegre para o Estado do RGS, tendo-se a expectativa de uma abrangência nacional. Esperamos que isso possa acontecer através das redes sociais e possa contribuir para todo o processo de eleições e pós-eleições.

- De que maneira o Movimento combaterá a intolerância reinante no país? Como aumentar o nível de tolerância entre os brasileiros?

- Na Carta de Princípios que acompanha o Manifesto são colocadas algumas propostas de atuação para concretizar os objetivos expressos no Manifesto, a qual deve constituir-se como espaço de debates plural e suprapartidário, buscando a participação de pessoas com diferentes visões ideológicas e políticas, que devem reunir-se para defender a democracia e as grandes mudanças sociais. Para alcançar esses objetivos espera-se organizar atividades, eventos públicos, palestras e conversas em entidades de classe, escolas, associações, etc.

- O M3D atuará de alguma forma na campanha política? Tem nome a indicar para o governo do Estado e à presidência do país? Quais? Por quê?

- O M3D não atuará em campanhas políticas, nem indicará nomes de candidatos pelos motivos acima referidos.

- O Movimento pretende no futuro se transformar em um novo partido, como ocorreu com o Podemos na Espanha?

-Também não previmos a possibilidade de o Movimento transformar-se em partido político. Pois queremos contribuir para a construção de um país com práticas realmente participativas e democráticas que fortaleçam o debate público e o espírito de solidariedade.








CIRO GOMES (PDT)






Ciro Gomes - Foto: PDT




Nascido em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, Ciro Gomes, 60 anos, fez sua carreira política no Ceará. Foi prefeito de Fortaleza e em 1989 eleito governador do Ceará, que governou durante um mandato.

Foi ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, participando da equipe que formulou o plano real. No governo Lula, ocupou o ministério da Integração Nacional, de 2003 a 2006. Foi eleito deputado federal em 2006, cargo que exerceu por um mandato.

É a terceira vez que disputa as eleições presidenciais. Ele se lançou na corrida presidencial em 1998 e em 2002. Como vice escolheu senadora e ex-ministra da Agricultura de Dilma Rousseff, Kátia Abreu (PDT).

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