segunda-feira, 18 de junho de 2018








                                                                                                                                        Tomaz Silva/Agência Brasil













“A Lava Jato não acabou. Mas não existiria se Gilmar (Mendes) fosse o relator”. Deltan Dallagnol, responsável pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.













Internacional



IVÁN DUQUE É O NOVO PRESIDENTE DA COLÔMBIA

Com pouco mais de 53% dos votos Ivãn Duque, do Centro Democrático, é o novo presidente da Colômbia. O segundo turno da eleição foi realizado neste domingo. Afiliado político de Álvaro Uribe, o direitista Iván derrotou o ex- guerrilheiro Gustavo Petro do Movimento Colômbia Humana. Com 41 anos Iván Duque é o mais jovem presidente eleito desde 1872. A vice será Marta Lucía Ramirez, a primeira mulher a ocupar o cargo. A Colômbia é a quarta economia da América do Sul (Veja)

Nacional

PP-RS AVISA QUE AINDA NÃO TEM CANDIDATO À PRESIDÊNCIA

O Partido Progressista (PP) do Rio Grande do Sul ainda não decidiu qual candidato à presidência da república vai apoiar. Jair Bolsonaro, do PSL, tem amplo apoio na base do partido, mas outros integrantes da sigla se dividem em apoiar Geraldo Alckmin (PSDB).  Outros querem apoiar Amoedo (NOVO) e outros o empresário Flavio Rocha, do PRB. O comando nacional do partido negocia com Ciro Gomes (PDT), só que a sigla no RS nem sempre segue a decisão do diretório nacional (Políbio Braga)

FILÓSOFA GAÚCHA PRÉ-CANDIDATA AO GOVERNO DO RIO DE JANEIRO

A professora de filosofia Márcia Tiburi é pré-candidata ao governo do Rio de Janeiro pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Gaúcha de Vacaria, 48 anos, Márcia vai para a sua primeira eleição. Márcia que era filiada ao PSOL trocou de partido no começo de março, disse que se junto ao PT por “gratidão” e também na contramão da história. Ela disse que há uma tentativa de transformar o PT na metáfora do mal brasileiro”. Márcia foi indicada para concorrer em lugar do ex-ministro Celso Amorim que abriu mão da candidatura porque poderá ser o “plano B” do PT à presidência da república com Lula impedido de concorrer pela Lei da Ficha Limpa. Tiburi era filiada ao PSOL desde 2013. A professora de filosofia que residia em São Paulo disse que “nunca fui candidata, mas tenho certeza que todo o cidadão comum está com vontade de sair da zona de conforto”. Enfatizou ainda que o PT é o maior partido do país (UOL)

MDB COMO CABEÇA DE CHAPA

O pré-candidato do MDB à presidência da república, Henrique Meireles, disse que seu partido vai concorrer à presidência com a cabeça de chapa em resposta as especulações que falam na “construção de uma candidatura de centro unindo o DEM, de Rodrigo Maia e o PSDB de Geraldo Alckmin. Depois de dizer que o seu partido tem um candidato muito forte – ele mesmo – Meireles afirmou que o MDB está aberto a composições com outros partidos, desde que ele seja o candidato à presidente da república. Outra vez Meireles reiterou que é o candidato do governo atual e que não vê nenhum problema em assumir esta posição. (Jornal do Comércio)

SENADO TERÁ RECORDE DE CANDIDATOS À REELEIÇÃO

A eleição para o Senado, em outubro, terá um recorde de candidatos buscando a reeleição. Levantamento do Estadão mostra que dos 54 senadores eleitos em 2010, 35 vão tentar se reeleger, ou 65%. Sete senadores ainda não decidiram a que cargo vão tentar se eleger este ano. Cinco vão concorrer a governos estaduais, outros cinco não vão desistir da carreira política e 2 pretendem trocar o senado pela Câmara Federal.  Na comparação com eleições anteriores em que 2/3 das vagas ao senado também foram trocadas, a próxima eleição terá o maior número de senadores tentando a reeleição. Em 2010 foram 53,7% (29 candidatos) em 2002 61%(33 candidatos) e em 1994 37% (20 candidatos). Em todos estes anos foram eleitos 2 senadores por estado (Estadão)

LUPI: CIRO GOMES NÃO PRECISA DO MERCADO PARA SE ELEGER

Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, disse à Andreza Matais, do Estadão, que Ciro Gomes não precisa do mercado para ser eleito presidente da república. Para Lupi o mercado “tem que cuidar de suas aplicações, entender que não manda no Brasil. Da política quem tem que cuidar são os políticos”. A reação do presidente do PDT é porque o mercado teria a preferência por Jair Bolsonaro. Lupi enfatizou que o mercado “perde os anéis, não os dedos, mas com Bolsonaro vai perder a mão”. E Ciro Gomes tem dito que é melhor “diminuir o lucro do que perder completamente” e Lupi completa: “o juro real está sufocando ae economia”. (Estadão)











O passado te condena. Ou te elege.

Apesar das expectativas de que estamos diante de um processo de transformação da política e dos políticos a realidade insiste em nos mostrar que ainda estamos na fase da ilusão. E digo isso com a clareza de quem atua profissionalmente, há quatro décadas, da vida político-administrativa do Rio Grande do Sul.

Muitas seriam as razões para a constatação de que não será nesta eleição que irá se processar a revolução política desejada pela imensa maioria dos brasileiros. A começar pela inoperante reforma política, realizada por quem deseja deixar tudo como está, até as ineficientes alterações promovidas pela legislação eleitoral.

Mas apesar de tudo o desapontado e desconfiado eleitor possui referências no passado e no presente que lhe permitem fazer uma escolha no mínimo coerente. Cito dois episódios que presenciei na minha atividade jornalística. A primeira delas mostra a figura do político sorrateiro e aproveitador.

Um deputado governista, que fora contemplado com o asfaltamento em diversos municípios do seu reduto eleitoral, produziu um cartão de Natal onde ele aparecia caricaturado como um Papai Noel carregando um saco repleto de rodovias pavimentadas. Ao entregar um exemplar para um dirigente estatal ouviu a seguinte manifestação: “Se o senhor está faceiro com as obras em andamento imagino como vai ficar no ano das eleições, quando elas serão inauguradas”.

 A resposta do deputado: “Pelo amor de Deus, não precisa concluir todas elas, pois numa eleição mais vale uma promessa de execução da obra do que a inauguração propriamente dita”. E complementou: É que depois de inaugurada o povo esquece rápido quem ajudou a trazer o asfalto”. A estratégia deu certo e ele se reelegeu.

O segundo episódio é de um candidato à governador que por ser responsável e ético não teve a mesma sorte do deputado. Aconteceu durante a campanha no percurso de uma rodovia cuja comunidade há anos reivindicava o asfaltamento. Na ocasião, o então candidato ouviu do seu assessor na região: “Aqui o senhor só precisa prometer que vai pavimentar o acesso à cidade”.

De pronto o candidato respondeu: “Pois é justamente isso que eu não vou fazer. Esse povo já foi iludido demais para acreditar nisso”. E não é que ele estava com a razão. Na entrada da zona urbana uma enorme faixa dizia: “Fulano prometeu asfalto e não fez, ciclano também, se você veio mentir pra gente é melhor dar meia volta”.  A seriedade lhe poupou transtornos mas não o ajudou na contagem dos votos.

Os dois casos relatados resumem o menu de opções que as urnas oferecerão aos eleitores no dia 7 de outubro. Políticos aproveitadores ou políticos responsáveis e éticos? A escolha, como sempre será sua. Então que tal fazer desse momento uma consolidação da máxima de que o “cliente” tem sempre razão?  

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