domingo, 10 de junho de 2018








                                                                                                                                                            Fotos Públicas











“Tão grave quanto divulgar falsidades (fake news) sobre o adversário é a prática de ludibrio ao eleitor, popularíssima entre nós. Mente-se descaradamente, sem qualquer pudor.” Mary Zaidan/Veja











DATA FOLHA: A QUATRO MESES DA ELEIÇÃO 33% NÃO TEM CANDIDATO

Na primeira pesquisa realizada pelo Data Folha depois da greve dos caminhoneiros 33% dos eleitores disseram não ter candidatos. Mesmo preso desde 7 de abril, o ex-presidente Lula mantém 30% das intenções de votos. Sem Lula como candidato, Jair Bolsonaro (PSL-RJ) lidera com 19% das intenções de votos seguido de Marina Silva (REDE) com 15%. O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT-CE) é o terceiro colocado oscilando entre 10 e 11%. Geraldo Alckmin (PSDB) é o quarto colocado com 7%. Um dado que chama a atenção na pesquisa é o voto espontâneo em que, pela primeira vez, Jair Bolsonaro aparece com 12% contra 10% do ex-presidente Lula. Faltam 4 meses para o primeiro turno. O Data Folha ouviu 2824 eleitores, em 174 municípios nos dias 6 e 7 de junho. (UOL).  

QUEM RI POR ÚLTIMO...

Se Michel Temer soubesse que se tornaria o presidente da república mais impopular da história recente do país, talvez não tramasse a queda de Dilma Rousseff, escreve Eliane Castanhede no Estado de São Paulo deste domingo. Deputado federal desde 1987, três vezes presidente da Câmara Federal, vice presidente de Dilma durante 6 anos, passou ileso por investigações e denúncias. Bastou subir a rampa do Palácio do Planalto para tudo mudar e o porto de Santos passou a ser uma espada sobre sua cabeça. Sua biografia, que parecia condizente com um professor de Direito Constitucional, esfarelou. Até sua saúde está abalada. Já Dilma Rousseff foi tirada do governo porque o país não suportaria mais dois anos de crise econômica, parece, está muito melhor. Agora com domicilio eleitoral em Minas Gerais trabalha para ser indicada como candidata ao Senado e liderando as pesquisas de intenções de votos. (Eliane Castanhede- Estadão)

INTERESSES PESSOAIS E PARTIDÁRIOS ATRASAM DEFINIÇÃO DE CANDIDATOS AO SENADO

A quatro meses das eleições os candidatos ao senado pelo Rio Grande do Sul não estão definidos. Interesses partidários e pessoais estão atrasando as definições. Em outubro o Senado será renovado em 2/3 de seus 81 integrantes. Aqui no Estado Lasier Martins ainda tem quatro anos de mandato. Ana Amélia Lemos (PP) e Paulo Paim (PT) terminam seus mandatos este ano e já decidiram concorrer à reeleição. Os dois serão candidatos únicos de seus partidos. Já o PSB tem um grande desafio a resolver. Em abril, o ex-prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, se filiou ao partido com a promessa de que seria candidato ao senado. No entanto, Beto Albuquerque, ex-deputado federal e ex-presidente estadual do partido, também quer ser candidato ao senado. Dois candidatos pela mesma sigla pode inviabilizar a eleições dos dois. O congresso estadual do partido marcado para o final deste mês terá que encontrar uma solução. Por outro lado a coligação PSOL/PCB já escolheu Romer Guex(PSOL) e Cléber Soares(PCB) como seus candidatos. No MDB, o ex-governador Germano Rigotto também quer ser candidato ao senado. Neste final de semana esteve em Caxias do Sul, sua terra natal, trabalhando por sua candidatura. O PP e o PT que já definiram um dos seus candidatos, guardam a outra vaga para eventuais coligações. (Gaúcha ZH)

MICHEL TEMER O MAIS IMPOPULAR DA HISTÓRIA

Com 82% dos brasileiros considerando seu governo péssimo ou ruim, Michel Temer (MDB) é o mais impopular presidente da história do Brasil. A lenta recuperação da economia que não reduz a taxa de desemprego e a maneira como o governo se portou diante da greve dos caminhoneiros foram os pontos principais apontados na pesquisa Data Folha. A taxa de reprovação aumentou 12% desde abril quando70% consideravam Michel Temer um presidente ruim. A impopularidade de Temer cresceu em todas as faixas de renda e escolaridade nas cinco regiões do país. No Nordeste a rejeição chega a 87% e no sul e sudeste a 80%. (UOL).

O MERCADO NÃO RESOLVE TUDO

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Luiza Trajano presidente do Conselho de administração do Magazine Luiza diz que o empresário brasileiro não pode pensar nas eleições de outubro apenas pelo lado da política econômica. Ela ressalta que 60% da população brasileira vive com menos de R$ 2 mil por mês e diz que não “podemos conviver com este desnível social”. Sem apoiar nenhum candidato, Luiza afirma que os empresários precisam sim participar da vida política do país apesar de não, necessariamente, serem candidatos a algum cargo. No entanto, vê com bons olhos a candidatura de Flávio Rocha – diretor das Lojas Riachuelo. Para sair da crise ela diz que o país precisa de emprego, renda e crédito. (Estadão) 

SEM INDULTO

Uma das condições que Lula coloca para que o PT indique um candidato à vice-presidente da república (caso ele seja impedido de concorrer) é que, se eleito presidente, este candidato lhe dê um indulto e o tire da prisão. O jornal O Globo perguntou aos cinco pré-candidatos com os melhores índices de intenção de voto se dariam o indulto ao ex-presidente e todos disseram que não. Os dois pré-candidatos que poderiam, eventualmente, fazer uma coligação com o PT, Marina Silva (REDE) e Ciro Gomes (PDT) reforçaram a posição de não assinar o indulto. Marina afirmou que o “indulto não pode ser instrumentalizado politicamente e que não se deve burlar a lei para beneficiar quem quer que seja. Ciro repetiu declarações anteriores que considerou loucura assinar indulto “quando o ex-presidente ainda dispõe de duas instâncias para as quais pode recorrer na Justiça (O Globo).  






Núbia Silveira



Duas reflexões


O TSE – Tribunal Superior Eleitoral informou na sexta-feira, 8 de junho, que, até 13 de abril de 2018, sete dos 35 partidos existentes no país reuniam 10,4 milhões dos 16,8 milhões de eleitores filiados a alguma agremiação política. Os preferidos do eleitorado são: MDB (2,3 milhões de inscritos), PT (1,5 milhão), PSDB (1,46 milhão), PP (1,44 milhão), PDT (1,2 milhão), PTB (1,1milhão) e Democratas (1,09 milhão). 
A notícia me levou a duas reflexões:
(1) por que apenas 11,6% dos 144.088.912 eleitores (número das eleições de 2016, segundo o TSE) defendem as cores de algum partido? Não tenho números, mas imagino que há mais brasileiros torcendo por algum clube futebolístico do que por uma agremiação política. Qual a razão disso? Os clubes e jogadores são mais democráticos? Respondem melhor aos anseios dos brasileiros do que partidos e políticos? Sei que ainda vivemos na fase do circo, mas não creio que essa seja a única desculpa para a nossa despolitização. Aposto no cansaço da nação que vê o cenário político subir e descer, feito um eletrocardiograma, a cada eleição, sem que o país chegue à estabilização social e econômica (sempre em risco).
(2) a segunda pergunta que me faço é por que, diante desse quadro, devemos retirar recursos da saúde, educação, segurança e habitação (só para citar três setores essenciais à vida de qualquer cidadão) e destiná-los para os partidos? Reconheço que precisam de recursos para as campanhas e que, mais ainda, extrapolam os gastos. Defendo que vivam apenas de crowdfunding. Cada eleitor, filiado ou não, que invista no partido e no candidato em que acredita. 

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