Vontade política? Precisou incendiar o Museu Nacional para o governo federal reunir a classe empresarial para buscar uma solução para o abandono da instituição. Marcos Corrêa/PR
“Acho que o Brasil retrocederia. Iríamos para o
caos. Eu farei o possível para impedir que isso aconteça”. Geraldo Alckmin (PSDB) sobre a possibilidade de
vitória de Jair Bolsonaro.
Rio Grande do Sul
AGENDA
DOS CANDIDATOS AO PIRATINI
Todos os 6 principais
candidatos ao governo do Estado começam o dia participando de um debate
promovido pelo Grupo Sinos. Eduardo Leite (PSDB), vai a Camaquã e São Lourenço
do Sul; Jairo Jorge (PDT) vai gravar programas eleitorais; José Sartori vai
para o litoral norte visitando Capão da Canoa, Imbé, Tramandaí e Osório;
Matheus Bandeira (Novo) passa o dia em Porto Alegre; Miguel Rossetto (PT) fará
panfletagem na Unisinos, em São Leopoldo; E Roberto Robaina (PSOL), irá
participar de um ato contra as demissões no Hospital Mãe de Deus. (Gaúcha ZH)
Brasil
FACHIN
NEGA PEDIDO DE LULA PARA MANTER A CANDIDATURA
O ministro Edison Fachin, do
Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta manhã de quinta-feira (6) um
pedido da defesa do ex-presidente Lula (PT) para que ele mantivesse sua
candidatura a presidente da república. Fachin entendeu que a liminar do Comitê
dos Direitos Humanos da ONU incide apenas na esfera eleitoral e não na esfera
criminal, esfera na qual a defesa do ex-presidente o acionou para analisar o
caso. A defesa deve recorrer da decisão de Fachin, que decidirá se pauta o
recurso no Plenário ou na Segunda Turma do Supremo, onde as chances de Lula são
maiores. Esse é um dos três pedidos apresentados em menos de 24 horas pela
defesa do ex-presidente. Os outros dois estão relacionados e são
questionamentos diretos à decisão do TSE de negar a candidatura (Veja)
SEIS
CANDIDATOS PARA DUAS VAGAS
Para os analistas da Arko
Advice, depois da pesquisa divulgada ontem à noite, a disputa pelas duas vagas
para o segundo turno à presidência da república vai “embolar” ainda mais.
Segundos os analistas, Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin
(PSDB) e Fernando Haddad (PT) podem ficar mais próximos ainda nos próximos
dias. Isto sem falar no crescimento de Amoêdo que pode embolar mais ainda o
cenário da disputa do Palácio do Planalto (Antagonista)
PESQUISA
IBOPE INDICA CENÁRIO EM ABERTO E FORTE DISPUTA NO SEGUNDO TURNO
A liderança de Jair
Bolsonaro (PSL), com 22% das intenções de voto não é garantia de que estará no
segundo turno, apesar de ser este o indicativo maior da pesquisa do Ibope,
divulgada ontem à noite. Segundo a colunista Roseane de Oliveira, da Gaúcha ZH,
o maior crescimento foi de Ciro Gomes (PDT) que tinha 9% da na pesquisa
anterior e agora aparece com 9%. A tendência de crescimento do ex-governador do
Ceará já havia sido revelada pela pesquisa do BTG/Pactual e que está deixando o
“mercado financeiro em polvorosa”. João Amoêdo (Novo) cresceu de 1% para 3% e
já ligou o sinal de alerta na campanha de Bolsonaro, porque é sonho dos
liberais convictos. (Rosane de Oliveira- Gaúcha ZH)
MARINA
EVITA COMEMORAR IBOPE E DIZ QUE TEM MUITO TRABALHO PELA FRENTE
A candidata da Rede à
Presidência, Marina Silva, evitou comemorar o resultado da pesquisa eleitoral
divulgada ontem à noite pelo Ibope, que a coloca numericamente empatada em
segundo lugar junto com Ciro Gomes (PDT), e se limitou a dizer “que ainda tem
muito trabalho pela frente até o segundo turno”. “A pesquisa é um retrato do
momento. Ao longo dos últimos dias temos intensificado nossa campanha de rua, e
o que sentimos é um carinho e uma acolhida enormes da população onde quer que
andemos”, afirmou a candidata em nota. Na comparação com a pesquisa anterior
Marina ficou estacionada nos 12% e Ciro Gomes (PDT) subiu de 9% para 12%.
(Estado de Minas)
OS
EXTREMOS SE ATRAEM
O melhor do mundo é os
extremos se enfrentarem no segundo turno da eleição presidencial. Tanto Jair
Bolsonaro (PSL) quanto Fernando Haddad (PT) têm na disputa mano a mano a melhor
chance de se eleger presidente da república. Esta é a análise de Vera
Magalhães, colunista do Estado de São Paulo, na edição desta quinta-feira.
Bolsonaro oscilou positivamente, na margem de erro, mas encontra dificuldade em
expandir esse eleitorado. Comprovações disso são a rejeição recorde entre todos
os postulantes e o fato de perder com relativa margem para quase todos os
oponentes testados no segundo turno –exceção feita justamente à Haddad. (Vera
Magalhães – Estadão)
Heinze:
“Vou propor a revisão imediata do Estatuto do Desarmamento”
Luis Carlos Heinze,
candidato ao Senado pelo PP - PP/Partido Progressista
A decisão da senadora Ana
Amélia Lemos de concorrer a vice-presidente na chapa do tucano Geraldo Alckmin
impactou no desejo do deputado progressista Luis Carlos Heinze, 68 anos, de
disputar o governo do Estado. Na convenção do partido, em 5 de agosto, seu nome
foi confirmado como candidato ao Senado. Em seu quinto mandato consecutivo na
Câmara Federal pelo PP, Heinze defende o setor agropecuário. Natural de
Candelária, conquistou seu primeiro cargo eletivo, em 1993, ao ser escolhido
prefeito de São Borja pelo PDS, antiga sigla do Progressista. Promete, se
eleito senador, “propor a revisão imediata do Estatuto do Desarmamento” e
reunir governadores, deputados e senadores de estados que devem à União para
pressionar o governo federal por uma solução. É a favor de parcerias
público-privadas e do uso da meritocracia no serviço público. Defende que
estados e municípios recebam mais recursos, oriundos dos impostos, para
investir, por exemplo, em saúde e educação.
–
No Brasil, o presidente da República precisa de maioria no Congresso para
aprovar seus projetos. Sem maioria, precisa “negociar” com os parlamentares. É
o famoso “toma lá, dá cá”. Como mudar esse quadro?
– Conscientizar o eleitor a
votar em candidatos com reconhecida autonomia, coragem e independência pode ser
o primeiro passo. Sempre tive lado, votei com a minha consciência. Podem olhar
a minha história. Nunca me curvei. Temos uma oportunidade histórica de mudar de
verdade o Brasil.
–
O senhor é a favor da realização de uma Constituinte? Por quê?
– A realização de uma nova
constituição não é tão simples assim e não acredito que seja a melhor solução.
Temos que mudar a atitude, varrer a praga da corrupção do país e aplicar com
rigor o que já está na Constituição. Agora, não resta dúvidas de que precisamos
rever questões fundamentais. Por exemplo, como senador, vou propor a revisão
imediata do Estatuto do Desarmamento. O cidadão de bem, do campo e da cidade,
se apto técnica e emocionalmente, tem que ter o direito à autodefesa. Outra
mudança que se faz urgente é a distribuição de recursos oriunda da arrecadação
de impostos. Os estados, mas, sobretudo os municípios, precisam ficar com mais
recursos para investirem em saúde e educação, só para citar dois exemplos.
–
Ex-governantes e candidatos à presidência da República afirmam que o país
precisa passar por reformas. Qual a sua posição? Quais reformas o senhor
considera inadiáveis? Como aprová-las?
– A reforma da Previdência
de forma justa, sem prejudicar o trabalhador, a revisão do Estatuto do
Desarmamento e uma reforma tributária são urgentes! Vamos aprovar porque, tenho
certeza, o Brasil sairá mais forte desta eleição.
–
Vivemos uma grande crise econômica, com milhões de desempregados, e o
descrédito da população na classe política. Em meio a esse cenário, como o
senhor interpreta a concessão de privilégios aos congressistas, como auxílio
moradia, emendas parlamentares, aposentadoria integral e vitalícia, foro
privilegiado e outros?
Minha posição é clara. Sou
contra o foro privilegiado, pois não podemos permitir um sistema que proteja o
infrator. Quanto aos privilégios, o Brasil exige austeridade. Boa parte do
descrédito da política vem desta imagem de classe unida em benefício próprio.
Ou damos o exemplo ou não mudamos o país. Eu quero mudar.
–
Qual o seu projeto para ajudar o Estado a sair da crise?
– Tenho dito faz tempo: o
Rio Grande perdeu espaço e dinheiro. Faltou liderança. Vou liderar um movimento
nacional, reunindo governadores, deputados e senadores dos estados que devem
para a União. Não é uma comitiva de um governador que vai resolver. É a pressão
de mais da metade do país que vai resolver esse impasse. Só o que o Rio Grande
tem a receber da Lei Kandir representa cerca de 80% do que devemos. Vamos pra
cima e vamos conseguir. Mas também precisamos fazer o dever de casa, com
parcerias público-privadas para infraestrutura, privatizar o que não é
essencial e aplicar a gestão da meritocracia nos órgãos públicos. Eu já fiz
isso como prefeito de São Borja lá nos anos 90. A primeira grande obra do Mercosul,
a ponte internacional São Borja-Santo Tomé, foi realizada assim com a minha
contribuição. Fizemos parcerias público-privadas quando nem se falava no
assunto. Sozinho o estado nem consegue sair do atoleiro
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