segunda-feira, 10 de setembro de 2018






Declarações do comandante do Exército, General Villas-Boas, integram a pauta política desta segunda-feira. Foto/Twitter








“Meu pai não vai ser eleito por causa de uma facada. Ele tomou a facada porque já estava eleito. Essa é a realidade, doa a quem doer”. Flávio Bolsonaro em discurso no primeiro ato do PSL após ataque ao seu pai. 










Rio Grande do Sul

PARTIDOS ABASTECEM CAMPANHAS DOS CANDIDATOS A GOVERNADOR DO RIO GRANDE DO SUL

Nas primeiras eleições gerais após a proibição das doações de pessoas jurídicas, e passados 26 dias da campanha, sete dos oito candidatos ao governo do Rio Grande do Sul arrecadaram, juntos, pouco mais de R$ 5 milhões. Só três deles superaram a marca do 1 milhão de reais. Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), José Ivo Sartori (MDB), Júlio Flores (PSTU), Matheus Bandeira (Novo), Miguel Rossetto (PT) e Roberto Robaina (PSOL) receberam um total de R$ 5 milhões, 389 mil e 320 reais, segundo dado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O valor está muito abaixo do limite legal de gastos estipulado para o primeiro turno da eleição que é de R$ 9,1 milhões por candidato. E praticamente todos os valores declarados até agora pelos candidatos tem origem nos diretórios nacionais. Eduardo Leite (PSDB) foi o que mais arrecadou até agora, chegando a pouco mais de R$ 1,7 milhão. Miguel Rossetto (PT) é o segundo com um pouco mais de R$1 milhão e em terceiro aparece é Jairo Jorge (PDT) com R$ 1 milhão. (Correio do Povo)

MANUELA E HADDAD NO RIO GRANDE DO SUL

Amanhã, terça-feira, o PT deve oficializar a troca de candidato à presidência da república. Sai o ex-presidente Lula e entra o até agora candidato à vice, Fernando Haddad. E no lugar do ex-prefeito de São Paulo será anunciado o nome de Manuela D’Ávila (PCdoB) como candidato à vice. Por isso, a primeira agenda da nova chapa da coligação deverá acontecer em Porto Alegre. Poderá ser ainda nesta terça-feira como poderá acontecer na quarta-feira, dia 12. (Gaúcha ZH)

Brasil

ROSA WEBER NEGA PEDIDO DO PT PARA ADIAR PRAZO PARA SUBSTITUIÇÃO DE LULA

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, decidiu na noite deste domingo (9) encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF), o recurso extraordinário apresentado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra a decisão do TZSE que negou o seu registro como candidato. Por outro lado, a ministra manteve a próxima terça-feira (11) como data-limite para a substituição de Lula, negando a prorrogação que a defesa insistiu para obter, até o dia 17. Se não trocar Lula por Fernando Haddad até a noite de amanhã (terça-feira), o PT pode ficar sem coligação nas eleições presidenciais de outubro. Com a decisão da ministra, a defesa do ex-presidente vai solicitar duas liminares ao ministro Celso de Melo, do STF. Uma para aceitar o registro em caráter liminar e outra para que interrompa o prazo de substituição até que a suprema corte tome uma decisão. (Gaúcha ZH)

PT CONVOCA REUNIÃO PARA CURITIBA

A direção do PT convocou uma reunião da executiva nacional para amanhã (11), em Curitiba. Neste encontro vai oficializar a troca do candidato à presidência com Fernando Haddad no lugar de Lula e Manuela D’Ávila (PCdoB) como candidato à vice. Simultaneamente ou logo depois da reunião da executiva do PT, os dirigentes do PCdoB oficializam a deputada estadual gaúcha, Manuela D’Ávila como vice na chapa do PT. Amanhã à noite termina o prazo dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a coligação PT/PCdoB faça a troca do candidato já que a candidatura de Lula foi impugnada (Correio do Povo)   

EM DEBATE SEM BOLSONARO, MEIRELLES PARTE PARA O ATAQUE CONTRA ALCKMIN

A ausência de Jair Bolsonaro (PSL) e os ataques de Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB) marcaram o terceiro debate entre candidatos à presidência, realizado na noite deste domino nos estúdios da TV Gazeta, em São Paulo. Depois das críticas do presidente Michel Temer à Alckmin, Henrique Meirelles aproveitou para fazer críticas ao candidato do PSDB já que os dois disputam votos do mesmo eleitorado, de centro e de direita. O debate foi uma oportunidade para Meirelles tentar reverter os números da última pesquisa em que Meirelles tem 2% das intenções de voto contra 9% do candidato tucano. O debate teve apenas dois momentos que mexeu com quem acompanhava o programa dentro do estúdio. Um foi quando Ciro Gomes (PDT) tentou fazer passos de uma dança ao ser informado que era liderava menções dos internautas no Twitter. O outro momento foi quando Henrique Meirelles disse que, eleito, iria combater a desigualdade salarial entre homens e mulheres e afirmou que é absolutamente inaceitável que “mulheres ganharem mais que homens na mesma função”. (UOL) 
     
PESQUISA DATAFOLHA

O mercado começa a semana com a expectativa da revelação da pesquisa Datafolha para o Palácio do Planalto prometida para hoje à tarde. Será a primeira pesquisa depois que Jair Bolsonaro (PSL) foi atacado em Juiz de Fora, em Minas Gerais, na semana passada. Este mesmo mercado acredita no crescimento de Bolsonaro e também de Ciro Gomes (PDT). A informação é de Mônica Bergamo. Enquanto isto, O BTG Pactual revela números de pesquisa realizada a mando da FSB Pesquisas, em que Jair Bolsonaro (PSL) sobe 4% das intenções de voto chegando a 30%. E Ciro Gomes (PDT, se isola no segundo lugar com 12% das intenções de voto. Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), aparecem com 8% cada um. A pesquisa semanal é feita por telefone. (Jovem Pan)








Fé cega, faca amolada.



Lembram daquele ditado popular que diz que “em casa onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão”? Pois é, a mesma lógica vale para a violência disseminada que estamos observando na campanha eleitoral para a presidência da República. Quando até a pacata Marina da Silva resolve se defender atacando, como aconteceu no debate promovido pela RedeTV, é porque o clima de animosidade já se espalhou pela eleição como um todo. E isso não envolve apenas políticos mas também, e principalmente, os eleitores.

Uma das coisas que mais se ouviu na repercussão dos grandes protestos populares, surgidos a partir de 2013, é de que a classe política precisaria entender o clamor das “vozes das ruas”, que pediam o fim da corrupção, mais segurança, emprego e melhor atendimento de saúde e de educação. E o que se viu foi exatamente o contrário. A começar pela esdrúxula reforma política promovida pelo Congresso Nacional.

Mas o que ninguém percebeu é que a insensibilidade de nossos representantes legislativos, que mantiveram praticamente inalterada a conjuntura político-partidária criticada, serviria como a gota que faria transbordar o copo da insatisfação popular. E foi ai que boa parte da população descontente resolveu abrir uma nova frente de batalha, agora não mais nas ruas, mas na Internet, ferramenta que se mostrou de grande valia para arregimentar as multidões dos grandes protestos.

E aquilo que era ruim ficou pior, pois veio abastecido pela impopularidade do governo Temer, a prisão de Lula e o início da campanha eleitoral com seus conchavos incompreensíveis e com seus raivosos ataques pessoais, fazendo com que os internautas abandonassem suas trincheiras e partissem para um confronto direto e impiedoso.

A transposição dos limites da serenidade e da tolerância, pressupostos básicos de uma democracia, transformou a campanha eleitoral num “campo de batalha” de resultados imprevisíveis. Tamanha belicosidade não demorou para fazer sua primeira grande vítima, coincidentemente o candidato que ponteia todas as pesquisas de opinião e justamente aquele que colocou a violência como a pauta principal das suas manifestações.

Com a “porta arrombada”, autoridades se apressam em buscar “trancas de ferro”, como se fosse possível estancar a onda de radicalismo generalizado com medidas emergenciais e paliativas. E o que se vê, lê e escuta, é mais do mesmo. Tanto do candidato vitimado, como dos seus opositores e, especialmente dos militantes e simpatizantes, que se tornaram agentes compulsivos da hostilidade e da difamação.


Diante desse cenário ameaçador à ordem democrática, resta torcer para que nossas autoridades saibam manter a ordem constitucional sem apelar por mais violência e que os brasileiros sensatos e responsáveis deem bons exemplos de que é possível divergir de forma pacífica e convergir de maneira sensata e proativa. Em outras palavras, que a razão e o bom senso superem as emoções desmedidas.  Para o bem de todos e felicidade geral da nação.










Entidades lançam nota de repúdio à violência no processo eleitoral



O ataque contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro é um ato inadmissível. Expressamos nosso desejo de rápido e pleno restabelecimento da vítima e de justa punição de seu agressor. É preciso, acima de tudo, estancar a espiral de violência instalada no país.

Figuramos, hoje, entre as nações mais violentas do mundo, com maior número de mortes violentas, maiores taxas de feminicídio, de assassinatos de homossexuais, de militantes sociais e de jornalistas e, ainda, com a terceira maior população carcerária.

Somos o quinto país socialmente mais desigual do mundo, situação que nega oportunidades à juventude e gera a marginalização, principalmente da população negra e dos povos indígenas, e o aumento da criminalidade.

Vemos a intolerância crescente dividir as mais diferentes comunidades em todo o país e a violência invadir a vida política nacional.
   
A vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram executados em março deste ano, no Rio de Janeiro, em plena ocupação militar da cidade, e suas mortes continuam sem esclarecimento.

A caravana do ex-presidente e, então, pré-candidato à Presidência da República Luís Inácio Lula da Silva, também em março deste ano, teve participantes atacados com chicotes e foi atingida por tiros, quando passava pelos estados do Rio Grande do Sul e Paraná, e nenhum dos envolvidos nos atos de violência e nos atentados à bala foi sequer investigado.

O acampamento em solidariedade ao ex-presidente Lula, em Curitiba, foi alvo de, ao menos, quatro atentados, sendo que um deles, à bala, deixou como saldo dois feridos, sem que tenha havido qualquer indiciamento pelos atos.

Uma integrante da equipe de campanha do candidato à Presidência da República Guilherme Boulos foi ameaçada com arma de fogo, em agosto.

O avanço da violência política vem ocorrendo no ambiente de profunda crise institucional do país, cuja raiz é a falta de legitimidade. Os poderes Executivo e Legislativo federais estão sob o controle de políticos implicados em graves episódios de corrupção e as cúpulas do poder Judiciário e do Ministério Público agem de forma parcial e contraditória, segundo suas preferências políticas, desrespeitando claramente a Constituição e, inclusive, acordos internacionais assumidos livre e soberanamente pelo país junto à ONU.

A sociedade brasileira precisa estancar a violência contra seus cidadãos. O candidato ora agredido tem incentivado a violência, enaltecido torturadores e estimulado a agressão a homossexuais e a mulheres, além de prometer exterminar seus adversários políticos. Nada disso, no entanto, deve obscurecer o fato de que houve um ataque à vida de um cidadão e que este ato deve ser repudiado.

É urgente pacificar o país, afastar os ódios e restabelecer o respeito mútuo entre os diferentes, principalmente entre aqueles que defendem caminhos diversos para o país. É hora de restabelecer o respeito à diversidade, o diálogo e o retorno do Brasil à normalidade democrática.

Conclamamos todas as instituições, organizações, movimentos, integrantes de tradições religiosas, partidos e pessoas que acreditam no respeito ao outro e no diálogo a manifestarem-se publicamente contra o avanço da violência e a favor da manutenção da democracia.

Assinam este documento as seguintes entidades e movimentos:
M3D – Movimento em Defesa da Democracia, do Diálogo e da Diversidade
Comitê em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito
ABJD-RS – Associação Brasileiras de Juristas pela Democracia
EDUCAFRO – SP
LIERGS - Associação Quilombo Sociocultural Afrobrasileiro
Coletivo Levante Gremista
Portal de Hip Hop Bocada Forte
Comitê em Defesa da Educação Pública Movimento Fé e Política RS
Articulação em defesa da Educação do Campo do Estado do Rio Grande do Sul
Amigos de Esquerda na Resistência
MUSAs – Mulheres na Universidade e na Política
Associação Educadores Sociais de Porto Alegre – AEPPA
Movimento de Educação Popular – MEPE
Instituto Social Brava Gente
SINDAERGS – Sindicato dos Administradores do RS

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RGS







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