Fernando Haddad na condição de "cacique" do PT pela disputa pela presidência da República. Ricardo Stuckert/Fotos Públicas
“O
que estamos vendo na televisão pelo PT é enganação vergonhosa. Tão escondendo o
candidato que efetivamente vai ser candidato.”
Geraldo Alckmin (PSDB)
CONTRAGEM
REGRESSIVA
Faltam
35 dias para o primeiro turno das eleições de outubro
Rio Grande do Sul
TUDO
PELA UNIÃO
Juntos oficialmente na
campanha pelo governo do Rio Grande do Sul, PSDB e líderes do PP se esforçam
para unir a militância. No interior, filiados do PP estão divididos entre as
candidaturas de Eduardo Leite (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB). Ontem, depois de
passar pela Expointer, Eduardo Leite esteve em Bento Gonçalves em evento
organizado pelo prefeito Guilherme Pasin, do PP, em um ginásio da cidade. O
candidato do PP ao senado, Luiz Carlos Heinze, um dos motivadores da
dissidência dentro do PP, estava em Bento Gonçalves. Leite disse que “não tem
nenhum sinal de desconforto com nossa candidatura, a maior parte do PP está
comigo”. Também ontem a presidente do PP Mulher, Simone Leite, declarou seu
voto ao candidato do Novo, Mateus Bandeira. Leite credito a posição ao fato de
que a presidente da Federasul está noiva de um candidato a deputado do Novo.
(Rosane de Oliveira – ZH)
FERNANDO
HADDAD DEVERÁ VIR À PORTO ALEGRE AINDA HOJE
A primeira agenda de
Fernando Haddad, depois de reunião de hoje com o ex-presidente Lula, será em
Porto Alegre. A agenda do ex-prefeito de São Paulo marca visita ao Mercado
Público e ato no Largo Glênio Peres além de reunião com a coligação no RS. A
grande expectativa de um possível recado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) à militância. Fernando Haddad poderá ser o substituto de Lula na
chapa do PT à presidência da república. (Carolina Bahia)
Brasil
NOME
DE HADDAD CRESCE E GANHA DESTAQUE EM LOGO DE LULA APÓS DECISÃO DO TSE
O perfil do ex-presidente
Lula no Twitter apresentou, neste domingo (2), uma nova versão do logotipo de
campanha. Agora, o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) tem
maior destaque, mas ainda vem abaixo do nome de Lula. Na madrugada de sábado
(1º) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou a candidatura do ex-presidente
ao Planalto com base na Lei da Ficha Limpa. Na mesma sessão, os juízes
proibiram atos de campanha, o que inclui pedir votos. Antes da mudança, o
logotipo de campanha apresentava o nome de Lula em grande destaque, junto com o
número do partido, o 13. A imagem também trazia, em menor escala, que o
ex-presidente disputava a Presidência e o nome do seu vice: Haddad. Na nova
versão, restaram apenas Lula, Haddad e o 13. Registrado como vice, Haddad deve
ser lançado como cabeça de chapa do PT, levando Manuela D’Ávila (PCdoB) à vice.
No entanto, isto só será definido nesta segunda-feira (3) quando Fernando
Haddad se reunir com o ex-presidente, em Curitiba, onde Lula cumpre pena. O TSE deu prazo de 10 dias para o PT fazer a
troca de registro de chapa. Depois deste prazo, se não houver a troca, o PT não
terá candidato à presidência da república. (UOL)
À
ESPERA DE AVAL DE LULA, PT ESTUDA USAR ONU EM RECURSO SO SUPREMO
Com a candidatura de Lula
barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PT avalia recorrer ao Supremo
Tribunal Federal (STF) e deixar com o ex-presidente a palavra final sobre a sua
substituição pelo candidato à vice, Fernando Haddad. O recurso ao STF seria uma
medida para discutir a validade dos tratados internacionais no Brasil. Na
opinião dos advogados, esses acordos garantem ao petista participar das
eleições. A estratégia, porém, ainda não está fechada e passará pela decisão do
próprio Lula que deve tomar uma decisão ainda hoje, depois de receber Haddad e
outros dirigentes petistas. A presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann
não poderá participar. Ela foi retirada da equipe de advogados de defesa e só
poderá visitar os ex-presidente na quinta-feira. (UOL)
VOTO
PRÓ-LULA, FAHCIN NÃO PODERÁ RELATAR RECURSO NO STF
Os ministros Rosa Weber,
Edson Fachin e Luís Roberto Barroso não poderão relatar no Supremo Tribunal
Federal (STF) qualquer pedido de liminar da defesa do ex-presidente Lula contra
a decisão do TSE que barrou o registro da candidatura ao Planalto. Relator da
Lava Jato, Fachin foi o único no julgamento do TSE favorável ao petista. Weber
e Barroso votaram contra o ex-presidente. A ministra Carmem Lúcia, presidente
do STF, também não participará do sorteio que vai definir o relator de um
possível pedido de liminar da defesa de Lula. (Estadão)
ALIADOS
DE CIRO ACREDITAM EM “UNIÃO FORÇADA” DA ESQUERDA APÓS CASSAÇÃO DE LULA
Depois que o TSE vetou a
candidatura do ex-presidente Lula ao Planalto, os aliados de Ciro Gomes (PDT)
ficaram animados. Eles acreditam que Ciro poderá receber boa parcela dos votos
que iriam para Lula. “Ciro se torna alternativa segura para o eleitor. A
chamada união da esquerda, que tentamos no primeiro turno, poderá se dar agora
de forma forçada” disse o candidato do PDT ao governo de São Paulo, Marcelo
Cândido. O partido aposta ainda na rejeição a Fernando Haddad, ex-prefeito de
São Paulo, e possível substituto de Lula na chapa presidencial do PT. “Ciro
conversa com esse eleitor simpático ao PT, mas que também tem críticas ao
ex-prefeito”, comentou Antônio Neto, candidato do PDT ao Senado por São Paulo.
(Estadão)
TOMBO
DE LULA NA VOTAÇÃO ESPONTÂNEA
A grande novidade da nova
rodada da pesquisa da FSB para o banco BTG, divulgada nesta segunda-feira, é um
tombo nas intenções de votos espontânea de Lula, de 26% para 21%, fora da
margem de erro. A queda coincidiu com a decisão do TSE sobre a candidatura (a
pesquisa telefônica, com 2 mil eleitores, foi colhida integralmente no sábado e
no domingo). No cenário estimulado sem o ex-presidente, Marina Silva sofreu uma
forte queda em uma semana, de 15% para 11%, num sinal de que começa a perder
votos que migram de Lula. Jair Bolsonaro oscila 2 pontos para cima e vai a 26%
agora seguido de Ciro Gomes, que cresceu 3 pontos e foi a 12%, empatado tecnicamente
com Marina em segundo lugar e Geraldo Alckmin, ambos com 8%. Fernando Haddad
ainda não se beneficia dos votos de Lula: oscilou um ponto para cima, de 5%
para 6% (Estadão)
Palanque ou ringue?
“O homem nasce livre, e em
toda parte é posto a ferros. Quem se julga o senhor dos outros não deixa de ser
tão escravo quanto eles”. Jean-Jacques Rousseau.
Não é de hoje que a
violência é utilizada como ferramenta política. No império romano, por exemplo,
os imperadores se valiam das lutas sangrentas para aplacar o descontentamento
popular. Nessas ocasiões, em um faz de conta próprio das estratégias políticas,
os representantes da elite romana decidiam o destino dos gladiadores derrotados
conforme o clamor da plateia, dando a entender que eram sensíveis à vontade da
maioria.
Dois milênios depois,
observamos que a atração pelo conflito e pela hostilidade continua conquistando
corações e mentes. Em várias frentes. Na mídia, por exemplo, onde a busca pela
audiência leva à exposição excessiva de fatos violentos, ocupando espaço
privilegiado nos telejornais, novelas, filmes, etc. Isso sem falar na
transmissão das lutas do UFC e da MMA, onde o octógono serve de arena moderna
para combates violentos e na maioria das vezes sangrentos.
Mas o que isso tem a ver com
as eleições de outubro? Tudo. Ou o clima bélico gerado por declarações
ofensivas, preconceituosas e de apologia à violência dos candidatos não está
servindo para abastecer o “paiol” da agressividade e do radicalismo em que se
transformou, por exemplo, as redes sociais? Uma zona de conflito que começou na
pré-campanha, ganha corpo na campanha e se acirra na propaganda eleitoral de
rádio e televisão.
O que querem os candidatos
exaltados e irresponsáveis? Tirar a violência da virtualidade e trazê-la para a
vida real? Incendiar o país com o combustível da intolerância? Ao adotar a
truculência verbal, os candidatos atuam como criador de comportamentos
padronizados e, como todo criador, ao criar a criatura, cria nela o poder de
criar. Assim como toda frase cria imagens, toda imagem cria alguma coisa. Que
face terá a criatura gerada pela violência?
Já não basta a bestialidade
do feminicídio, da misoginia, da homofobia e outras aberrações? O que o país está
precisando não é de mais maus exemplos, mas de lideranças comprometidas com a
moral, com a ética, com a probidade e, principalmente, com boas e justas
intenções. Afinal, como diz o provérbio, “quem semeia ventos colhe tempestades”.
Que o eleitor tenha a
sabedoria para constatar que neste exagero inadequado dos candidatos adeptos da
ode à violência mais vale a vaia do que o aplauso. De nada adianta culpar o vento pela desordem se foi você que deixou a janela aberta. Lembrem-se: Novos tempos, novas
atitudes.
Fogaça:
“As reformas também devem atingir o Congresso”
José Fogaça, candidato do
MDB ao Senado - Wikipédia
Líder estudantil, advogado,
professor, compositor, radialista e apresentador, José Alberto Fogaça de
Medeiros filiou-se ao MDB, em 1979, partido pelo qual disputa uma vaga no
Senado, nas eleições desse ano. Iniciou sua carreira política aos 31 anos, ao
ser eleito deputado estadual (1979-1982). A seguir elegeu-se deputado federal,
senador, tendo participado da Assembleia Nacional Constituinte, e prefeito de
Porto Alegre, sua terra natal. Em 2010, concorreu ao governo do Estado, pleito
vencido por Tarso Genro, do PT. Quatro anos depois assumiu na Câmara Federal
como suplente. Atuou no movimento Diretas Já, que reivindicava eleições diretas
para a presidência da República, e foi relator das propostas de emenda à
Constituição em 1988 e do novo Código Civil, em 2000.
Fogaça defende o enxugamento
partidário. “A fragmentação – diz ele – é inimiga da ética do presidencialismo”.
A favor de reformas, afirma que elas só acontecerão com “apoio de amplos
setores da sociedade” e que terão de “atingir o Congresso também, em todos os
níveis e situações”. O candidato emedebista se mostra contra os subsídios para
determinados setores. Defende “políticas de mercado, de competitividade, de
estímulo à produtividade, para que o crescimento econômico venha principalmente
do revigoramento do setor privado”.
A NS2 Consultoria começa
hoje a publicar uma série de entrevistas com os candidatos ao Senado mais bem
colocados na pesquisa Ibope, divulgada no dia 17 de agosto. As mesmas perguntas
foram encaminhadas, no mesmo dia, aos quatro primeiros colocados na preferência
do eleitor gaúcho. Fogaça foi o primeiro a enviar as respostas e, por isso, abre
a série.
– No
Brasil, o presidente da República precisa de maioria no Congresso para aprovar
seus projetos. Sem maioria, precisa “negociar” com os parlamentares. É o famoso
“toma lá, dá cá”. Como mudar esse quadro?
– Para mudar esse cenário é necessário que o
governo tenha maioria mais homogêneas, que saíam das eleições já definidas
efetivamente como maiorias do governo. Num país em que 28 partidos têm assento
na Câmara de Deputados isso é impossível. A fragmentação é inimiga da ética do
presidencialismo. Numa casa de 513 deputados, o partido do presidente não tem
tido mais do que 15% de representantes. Portanto, tudo começa necessariamente
pelo enxugamento partidário. Nos EUA, há 100 partidos nas eleições, mas a
população só vota em dois: democratas e republicanos.
– O senhor é a favor da realização de uma
Constituinte? Por quê?
– Nos Estados Unidos não
precisaram de uma Constituinte para assegurar essa homogeneidade da maioria
como referi na resposta anterior.
Aqui no Brasil, não há falta
de regras constitucionais para que as instituições funcionem. Portanto, esta
não é uma proposta que implique em clara mudança de rumos do país.
– Ex-governantes e candidatos à presidência da
República afirmam que o país precisa passar por reformas. Qual a sua posição?
Quais reformas o senhor considera inadiáveis? Como aprová-las?
– Sim precisa. O déficit público é de 120
bilhões de reais, somente na esfera do governo federal, sem contar estados e
municípios. Se continuarmos sem fazer nada, vamos levar o país à falência.
Todas as políticas de falso estímulo do governo anterior deram errado.Todos os
setores que o governo federal anterior "apoiou" estão no chão. Isso
fracassou. Nenhuma reforma, nenhuma medida séria foi tomada naquele período. O
governo de Michel Temer é um governo de transição. Ponto. Tentou, mas não
conseguiu. Sim, reformas serão necessárias. Só não se pode adotar reforma com
base em decisão tecnocrática. Reforma exige governo eleito com apoio de amplos
setores da sociedade, discutindo com todos os atingidos e fazendo o que é
democraticamente possível. Muita gente acredita em imposição autoritária da
vontade do governante. Eu não.
–
Vivemos uma grande crise econômica, com milhões de desempregados, e o
descrédito da população na classe política. Em meio a esse cenário, como o
senhor interpreta a concessão de privilégios aos congressistas, como auxílio
moradia, emendas parlamentares, aposentadoria integral e vitalícia, foro
privilegiado e outros?
– Realmente, há muitas
despesas no Congresso que não existiam há alguns anos. As despesas realmente
aumentaram com esse novo modelo. Os parlamentares podem perfeitamente trabalhar
sem elas, ficando só com o essencial para exercer a atividade. O que é
importante também é que hoje há um grande controle social e todas as despesas,
nota, por nota, são publicadas para conhecimento da população, qualquer um pode
acessar. Não pode deixar de haver essa transparência e rigoroso controle. O
foro privilegiado já foi reduzido pelo Supremo Tribunal Federal, hoje já não existe
mais para os atos praticados antes do mandato e as emendas parlamentares se
tornaram impositivas, isto é, de execução obrigatória, e ganharam status de
norma constitucional. Sem o meu voto. As reformas têm que atingir o Congresso
também, em todos os níveis e situações.
– Qual o seu projeto para ajudar o Estado a
sair da crise?
– Essa resposta, creio, em
parte já foi respondida à segunda pergunta. Os empregos só voltarão se voltarem
os investimentos – tanto do governo quanto das empresas. Empresário não investe
se ele não tem confiança no país, se ele não sabe pra onde o país vai. Para
isso, é preciso apoiar as políticas de equilíbrio das contas públicas no
governo federal. Botar a casa em ordem. Assim, as empresas investem. Assim, o
governo também volta a investir. Se as empresas e o governo voltarem a
investir, os empregos também voltam. Mas isso não é uma panacéia genérica. É
preciso políticas setoriais, também, área por área da economia. Essas políticas
não são, no entanto, de distribuição gorda de subsídios para determinados
setores. São políticas de mercado, de competitividade, de estímulo à
produtividade, para que o crescimento econômico venha principalmente do
revigoramento do setor privado.
Amanhã:
Beto Albuquerque, candidato do PSB ao Senado.
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