Chegada da chama farroupilha à Porto Alegre. JoelVargas/PMPA
“O Haddad eleito presidente, ele já falou isso, e se não falou, vocês
sabem, assina no mesmo momento da posse o indulto de Lula. E no segundo
seguinte, o nomeia chefe da Casa Civil". Jair Bolsonaro em sua
primeira manifestação pública após sua segunda cirurgia.
CONTAGEM
REGRESSIVA
Faltam 20 dias para o
primeiro turno, em 7 de outubro
Rio Grande do Sul
OFENSAS
PARA TODOS OS LADOS
Até quinta-feira (13), 24
ações foram apresentadas por coligações ou candidatos ao Tribunal Regional
Eleitoral (TRE-RS) do Rio Grande do Sul pedindo a retirada da internet de
conteúdo que ofenderia a honra de um concorrente ou seria notícia falsa. Dessas
representações, nove foram deferidas e a Justiça ordenou a retirada das
postagens. Segundo o TRE-RS houve dois pedidos de direito de resposta na TV e
seis na internet. Nenhum foi atendido. Entre os reclamantes estão a deputada
Maria do Rosário (PT), Pompeo de Matos (PDT) e a coligação liderada por José
Ivo Sartori. E a coligação encabeçada por Miguel Rossetto (PT) pediu à Justiça
a remoção da propaganda da candidata ao Senado, Carmem Flores (PSL), que está
sendo exibida na TV. Na peça, Jair Bolsonaro aparece ao lado de Carmem Flores
100% do tempo destinado à coligação. O TRE não concedeu a liminar porque
“poderia ocasionar a supressão do direito de propaganda da candidata”. O mérito
ainda vai ser julgado (Rosane de Oliveira - Gaúcha ZH)
CALDAS
JUNIOR PROMOVE MAIS UM DEBATE PARA O GOVERNO DO ESTADO
A rádio Guaíba e o Correio
do Povo realizam hoje à tarde mais um debate entre 7 candidatos ao governo do
Rio Grande do Sul. O debate começa às 13h10, com transmissão da Guaíba, terá as
presenças de Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), José Ivo Sartori (MDB),
Júlio Flores (PSTU), Mateus Bandeira (Novo), Miguel Rossetto (PT) e Roberto Robaina
(PSOL). Apesar de convidado Paulo de Oliveira Medeiros (PCO) preferiu não
participar. O debate terá mediação dos jornalistas Juremir Machado da Silva e
de Taline Oppitz. (Correio do Povo)
Brasil
BOLSONARO
CRESCE EM PESQUISA E CHEGA A 33%; HADDAD SOBRE PARA 16%
Jair Bolsonaro (PSL) chegou
a 33% das intenções de voto – crescimento de 3 pontos percentuais – em pesquisa
BTG Pactual com FBS pesquisa divulgada nesta segunda-feira (17). Em segundo
lugar, Fernando Haddad (PT), teve salto de 8% para 16%, dividindo a posição com
Ciro Gomes (PDT), que tem 14%. A margem de erro é de dois pontos percentuais
para cima ou para baixo. Geraldo Alckmin (PSDB), caiu para 6% e Marina Silva
(Rede) para 5%. As entrevistas foram realizadas entre os dias 15 e 16 de setembro.
Foram entrevistados 2.000 eleitores nos 27 estados de Federação. A pesquisa
traz outro dado novo: diferentemente de sondagens de outros institutos, mostra
Jair Bolsonaro vencendo em quase todas as simulações de segundo turno com
margem confortável, inclusive de Fernando Haddad. (Jovem Pan/ Estadão)
AUMENTO
DA MILITARIZAÇÃO
Os registros das
candidaturas com nome militar cresceram 39% nas eleições deste ano. Um total de
533 candidatos incluíram suas patentes ou graduações militares no nome que
aparecerá na urna. O número é mais de 12 vezes maior que o registrado em 1994,
quando 43 candidatos apostaram na militarização dos seus nomes para garantir
votos. (Estadão)
ONU
PROIBE PT DE USAR SUA MARCA EM PROPAGANDA ELEITORAL NA TV
A Organização das Nações
Unidas (ONU) exigiu que o PT retirasse sua logomarca da propaganda eleitoral do
partido. O PT mostrou seus candidatos sob o slogan “a ONU garante Lula
candidato” ao lado da marca na cor azul. O uso do emblema da ONU sem
autorização é ilegal. O PT atendeu a exigência para não desfazer a afirmativa
de que a ONU apoia o ex-presidente Lula, preso por corrupção em Curitiba, desde
o dia 7 de abril passado. O PT criou ao menos 4 peças publicitárias com a
logomarca da ONU. Teve de retirá-las de todas as plataformas e redes sociais.
(Diário do Poder)
HADDAD
NA POLÍCIA FEDERAL
O candidato do PT à
Presidência da República, Fernando Haddad, vai à Curitiba nesta segunda-feira.
Vai conversar com o ex-presidente Lula, preso na Polícia Federal na capital
paranaense. Segundo um dirigente do PT disse ao jornal O Globo, Haddad sempre irá
conversar com Lula quando tiver alguma dúvida sobre a campanha. O jornal ainda
revela que as decisões do ex-presidente vão desde os locais a serem visitados
até postura em debates do candidato petista. O horário da visita não foi
divulgado. (O Globo)
GLEISI:
LULA TERÁ PAPEL GRANDE E IMPORTANTE NO GOVERNO HADDAD
A presidente do PT, Gleisi
Hoffmann, disse que “se nós estivermos no governo, com certeza Lula vai ter um
papel importante e grande “. Ela disse ainda que está em andamento o processo
de identificação do eleitorado entre Haddad e Lula e que o ex-presidente deverá
estar livre depois das eleições, pois o objetivo das elites, de tirá-lo do
pleito foi cumprido; quanto ao PT, a senadora diz que o partido experimenta um
momento de “importante unidade política”. (Brasil247)
Nova
eleição, velhas práticas
“O fato de mudar os móveis de lugar não faz com que você
tenha uma nova casa”.
Não será desta vez. Estou me
referindo a concretização daquele sentimento de que nesta eleição teríamos uma
transformação significativa da velha e ultrapassada prática política, fruto dos
escândalos de corrupção, das modificações promovidas pela justiça eleitoral e,
principalmente, da insatisfação da população com a classe política. Pelo menos
no que diz respeito a eleição presidencial isso não irá acontecer.
E são várias as razões. A
começar pela frustração da expectativa de que, a exemplo das últimas seus
eleições, teríamos a polarização PT x PSDB. A menos que as pesquisas estejam
tremendamente equivocadas, a ida de Haddad e Alckmin para o segundo turno
dependerá de uma reviravolta completa do favoritismo de Bolsonaro (PSL) para
uma das duas vagas.
Outra expectativa que não
deverá ser alcançada é a de que, nesta eleição, as propostas iriam pesar mais
na hora da escolha do candidato do que o seu perfil individual, seja ele
pessoal ou político. Basta ouvir ou ler o que dizem os candidatos para detectar
que o ataques pessoais se sobrepõem as propostas.
Tamanho clima de
hostilidade, aliás, afetou de fortemente aquele que era uma das principais
apostas deste pleito. Refiro-me à Internet, vista por todos como a principal
ferramenta para que os eleitores trocassem opiniões e, assim, definissem seus
votos. O que se vê, entretanto, é a instalação de um radicalismo opinativo sem
precedentes, especialmente entre a militância bolsonarista, petista e do NOVO,
este último com a expertise do MBL.
Ainda sobre a Internet, caiu
por terra a previsão de que esta seria a eleição das redes sociais. De que elas
seriam uma espécie de oráculo dos eleitores, com capacidade decisiva para
influenciar no resultado das eleições. As pesquisas de opinião mostram que não.
A frente delas aparecem a TV, os debates, as conversas com amigos e familiares,
os jornais, a rádio e a propaganda política.
Também está caindo por terra
a previsão de que em consequência do descontentamento popular o números de
votos brancos e nulos iriam aumentar significativamente, no comparativo com os
pleitos anteriores. Pelo menos é o que depreende das pesquisas. Começou com
índices elevados mas a cada sondagem realizada declina gradativamente. Quem
sabe devido ao clima grenalesco que se instalou na campanha.
Por fim, nesse rol de prognósticos
divergentes, ressalto um que na minha opinião é o mais significativo de todos.
Refiro-me a manutenção da maioria dos atuais detentores de mandato eletivo.
Tudo por conta de uma reforma eleitoral promovida por um Congresso
corporativista e de uma minirreforma eleitoral de alcance limitado. O resultado
disso é que 91% dos parlamentares investigados pela Lava Jato irão disputar a
eleição.
Diante desse elenco de
mesmices e do extremismo da campanha, o resultado eleitoral poderá repetir o
que aconteceu em 1989, quando o eleitor buscou aquele que seria o “salvador da
pátria”. E o ungido foi justamente um “caçador de marajás”. Naquela ocasião,
inclusive, Fernando Collor, do pequeno PRN, teve como adversários os mesmos
partidos que hoje disputam com Jair Bolsonaro, representando outro partido
nanico, o PSL, uma vaga no segundo turno da eleição. Respectivamente, PSDB, PDT
e PT. Resta saber se nessa coincidência factual o final da história também irá se
repetir. Aguardemos o 7 de outubro.
Na próxima semana analiso as
coincidências e as diferenças, se existirem, da eleição estadual.
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