segunda-feira, 17 de setembro de 2018





Chegada da chama farroupilha à Porto Alegre. JoelVargas/PMPA









“O Haddad eleito presidente, ele já falou isso, e se não falou, vocês sabem, assina no mesmo momento da posse o indulto de Lula. E no segundo seguinte, o nomeia chefe da Casa Civil". Jair Bolsonaro em sua primeira manifestação pública após sua segunda cirurgia.









CONTAGEM REGRESSIVA
Faltam 20 dias para o primeiro turno, em 7 de outubro

Rio Grande do Sul

OFENSAS PARA TODOS OS LADOS

Até quinta-feira (13), 24 ações foram apresentadas por coligações ou candidatos ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) do Rio Grande do Sul pedindo a retirada da internet de conteúdo que ofenderia a honra de um concorrente ou seria notícia falsa. Dessas representações, nove foram deferidas e a Justiça ordenou a retirada das postagens. Segundo o TRE-RS houve dois pedidos de direito de resposta na TV e seis na internet. Nenhum foi atendido. Entre os reclamantes estão a deputada Maria do Rosário (PT), Pompeo de Matos (PDT) e a coligação liderada por José Ivo Sartori. E a coligação encabeçada por Miguel Rossetto (PT) pediu à Justiça a remoção da propaganda da candidata ao Senado, Carmem Flores (PSL), que está sendo exibida na TV. Na peça, Jair Bolsonaro aparece ao lado de Carmem Flores 100% do tempo destinado à coligação. O TRE não concedeu a liminar porque “poderia ocasionar a supressão do direito de propaganda da candidata”. O mérito ainda vai ser julgado (Rosane de Oliveira - Gaúcha ZH)

CALDAS JUNIOR PROMOVE MAIS UM DEBATE PARA O GOVERNO DO ESTADO

A rádio Guaíba e o Correio do Povo realizam hoje à tarde mais um debate entre 7 candidatos ao governo do Rio Grande do Sul. O debate começa às 13h10, com transmissão da Guaíba, terá as presenças de Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), José Ivo Sartori (MDB), Júlio Flores (PSTU), Mateus Bandeira (Novo), Miguel Rossetto (PT) e Roberto Robaina (PSOL). Apesar de convidado Paulo de Oliveira Medeiros (PCO) preferiu não participar. O debate terá mediação dos jornalistas Juremir Machado da Silva e de Taline Oppitz. (Correio do Povo)   

Brasil

BOLSONARO CRESCE EM PESQUISA E CHEGA A 33%; HADDAD SOBRE PARA 16%

Jair Bolsonaro (PSL) chegou a 33% das intenções de voto – crescimento de 3 pontos percentuais – em pesquisa BTG Pactual com FBS pesquisa divulgada nesta segunda-feira (17). Em segundo lugar, Fernando Haddad (PT), teve salto de 8% para 16%, dividindo a posição com Ciro Gomes (PDT), que tem 14%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Geraldo Alckmin (PSDB), caiu para 6% e Marina Silva (Rede) para 5%. As entrevistas foram realizadas entre os dias 15 e 16 de setembro. Foram entrevistados 2.000 eleitores nos 27 estados de Federação. A pesquisa traz outro dado novo: diferentemente de sondagens de outros institutos, mostra Jair Bolsonaro vencendo em quase todas as simulações de segundo turno com margem confortável, inclusive de Fernando Haddad. (Jovem Pan/ Estadão)

AUMENTO DA MILITARIZAÇÃO

Os registros das candidaturas com nome militar cresceram 39% nas eleições deste ano. Um total de 533 candidatos incluíram suas patentes ou graduações militares no nome que aparecerá na urna. O número é mais de 12 vezes maior que o registrado em 1994, quando 43 candidatos apostaram na militarização dos seus nomes para garantir votos. (Estadão)

ONU PROIBE PT DE USAR SUA MARCA EM PROPAGANDA ELEITORAL NA TV

A Organização das Nações Unidas (ONU) exigiu que o PT retirasse sua logomarca da propaganda eleitoral do partido. O PT mostrou seus candidatos sob o slogan “a ONU garante Lula candidato” ao lado da marca na cor azul. O uso do emblema da ONU sem autorização é ilegal. O PT atendeu a exigência para não desfazer a afirmativa de que a ONU apoia o ex-presidente Lula, preso por corrupção em Curitiba, desde o dia 7 de abril passado. O PT criou ao menos 4 peças publicitárias com a logomarca da ONU. Teve de retirá-las de todas as plataformas e redes sociais. (Diário do Poder)

HADDAD NA POLÍCIA FEDERAL

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, vai à Curitiba nesta segunda-feira. Vai conversar com o ex-presidente Lula, preso na Polícia Federal na capital paranaense. Segundo um dirigente do PT disse ao jornal O Globo, Haddad sempre irá conversar com Lula quando tiver alguma dúvida sobre a campanha. O jornal ainda revela que as decisões do ex-presidente vão desde os locais a serem visitados até postura em debates do candidato petista. O horário da visita não foi divulgado. (O Globo)

GLEISI: LULA TERÁ PAPEL GRANDE E IMPORTANTE NO GOVERNO HADDAD


A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que “se nós estivermos no governo, com certeza Lula vai ter um papel importante e grande “. Ela disse ainda que está em andamento o processo de identificação do eleitorado entre Haddad e Lula e que o ex-presidente deverá estar livre depois das eleições, pois o objetivo das elites, de tirá-lo do pleito foi cumprido; quanto ao PT, a senadora diz que o partido experimenta um momento de “importante unidade política”. (Brasil247)  









Nova eleição, velhas práticas


“O fato de mudar os móveis de lugar não faz com que você tenha uma nova casa”.

Não será desta vez. Estou me referindo a concretização daquele sentimento de que nesta eleição teríamos uma transformação significativa da velha e ultrapassada prática política, fruto dos escândalos de corrupção, das modificações promovidas pela justiça eleitoral e, principalmente, da insatisfação da população com a classe política. Pelo menos no que diz respeito a eleição presidencial isso não irá acontecer.

E são várias as razões. A começar pela frustração da expectativa de que, a exemplo das últimas seus eleições, teríamos a polarização PT x PSDB. A menos que as pesquisas estejam tremendamente equivocadas, a ida de Haddad e Alckmin para o segundo turno dependerá de uma reviravolta completa do favoritismo de Bolsonaro (PSL) para uma das duas vagas.

Outra expectativa que não deverá ser alcançada é a de que, nesta eleição, as propostas iriam pesar mais na hora da escolha do candidato do que o seu perfil individual, seja ele pessoal ou político. Basta ouvir ou ler o que dizem os candidatos para detectar que o ataques pessoais se sobrepõem as propostas.

Tamanho clima de hostilidade, aliás, afetou de fortemente aquele que era uma das principais apostas deste pleito. Refiro-me à Internet, vista por todos como a principal ferramenta para que os eleitores trocassem opiniões e, assim, definissem seus votos. O que se vê, entretanto, é a instalação de um radicalismo opinativo sem precedentes, especialmente entre a militância bolsonarista, petista e do NOVO, este último com a expertise do MBL.

Ainda sobre a Internet, caiu por terra a previsão de que esta seria a eleição das redes sociais. De que elas seriam uma espécie de oráculo dos eleitores, com capacidade decisiva para influenciar no resultado das eleições. As pesquisas de opinião mostram que não. A frente delas aparecem a TV, os debates, as conversas com amigos e familiares, os jornais, a rádio e a propaganda política.

Também está caindo por terra a previsão de que em consequência do descontentamento popular o números de votos brancos e nulos iriam aumentar significativamente, no comparativo com os pleitos anteriores. Pelo menos é o que depreende das pesquisas. Começou com índices elevados mas a cada sondagem realizada declina gradativamente. Quem sabe devido ao clima grenalesco que se instalou na campanha.

Por fim, nesse rol de prognósticos divergentes, ressalto um que na minha opinião é o mais significativo de todos. Refiro-me a manutenção da maioria dos atuais detentores de mandato eletivo. Tudo por conta de uma reforma eleitoral promovida por um Congresso corporativista e de uma minirreforma eleitoral de alcance limitado. O resultado disso é que 91% dos parlamentares investigados pela Lava Jato irão disputar a eleição.

Diante desse elenco de mesmices e do extremismo da campanha, o resultado eleitoral poderá repetir o que aconteceu em 1989, quando o eleitor buscou aquele que seria o “salvador da pátria”. E o ungido foi justamente um “caçador de marajás”. Naquela ocasião, inclusive, Fernando Collor, do pequeno PRN, teve como adversários os mesmos partidos que hoje disputam com Jair Bolsonaro, representando outro partido nanico, o PSL, uma vaga no segundo turno da eleição. Respectivamente, PSDB, PDT e PT. Resta saber se nessa coincidência factual o final da história também irá se repetir. Aguardemos o 7 de outubro.


Na próxima semana analiso as coincidências e as diferenças, se existirem, da eleição estadual.


Nenhum comentário:

Postar um comentário