terça-feira, 4 de setembro de 2018







O Brasil, assim como o Museu Nacional, vive um  momento de dependência dos especialistas em apagar incêndios. Tomaz Silva/Agência Brasil 








“Já perdemos parte do acervo. Não podemos mais perder a nossa história.” Apelo do diretor do Museu nacional, Alexandre Keller, para que o governo federal libere recursos para a restauração do prédio incendiado. 









Rio Grande do Sul

HADDAD DESISTE DE VIR AO RIO GRANDE DO SUL

O candidato à vice na chapa do PT que tem Lula como presidenciável, tinha agendado visita de dois dias ao Rio Grande do Sul, ontem e hoje. O ex-prefeito de São Paulo desistiu da viagem para ficar em Curitiba, recebendo determinações de Lula sobre o que fazer contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que impediu a candidatura do ex=presidente. Haddad, hoje, iria visitar o acampamento do MST em Nova Santa Rita. Miguel Rossetto, candidato ao governo do Estado pelo PT, acompanhado da deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) irá visitar o acampamento, (Gaúcha ZH)

O DIA DOS CANDIDATOS AO PIRATINI

O candidato Eduardo Leite (PSDB), dará entrevistas à Band News e a Zero Hora; José Ivo Sartori (MDB), ao meio dia, participa de reunião-almoço do Sindilojas; Matheus Bandeira, do Novo, no final da tarde estará na TV Pampa; Miguel Rossetto, além da visita ao MST na Nova Santa Rita, terá reunião com a diretoria da FIERGS; Já Roberto Robaina, do PSOL, tem encontro com o Sindicato dos Auditores Externos do Tribunal de Contas do Estado (Gaúcha ZH)

RIO GRANDE DO SUL TEM 31 CIDADES COM MAIS ELEITORES QUE POPULAÇÃO

De acordo com levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), há 31 cidades no Rio Grande do Sul com mais eleitores do que habitantes. O cálculo foi feito a partir de estatísticas de eleitores produzidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e da estimativa da população do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2018, divulgado na semana passada. Na lista dos munícipios da Região Sul com a maior diferença entre eleitores e habitantes, três são gaúchos: Pinhal da Serra (410 eleitores a mais que habitantes; Monte Belo do Sul (382) e Vespasiano Corrêa (340). No Brasil, 308 municípios estão nesta situação. Segundo a CNM, isto é possível porque a flexibilidade do domicílio eleitoral permite ao eleitor morar em uma cidade e votar em outra (J.do Comércio)


Brasil

PT VAI INSISTIR NA CANDIDATURA DE LULA

O PT vai insistir na candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da república. A defesa do petista vai entrar com dois recursos com pedidos de liminar, no âmbito eleitoral e criminal, no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao mesmo tempo o PT pretende “peticionar” à Organização das Nações Unidas (ONU) que a entidade se manifeste sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que barrou a candidatura do petista por causa da Lei da Ficha Limpa (Veja)

TSE SUSPENDE PROGRAMAS ELEITORAIS E INSERÇÕES TELEVISIVAS DA COLIGAÇÃO PETISTA

O ministro Sérgio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), suspendeu as inserções televisivas veiculadas pela coligação “O Brasil Feliz de Novo” (PT, PCdoB e Prós) estreladas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Esta é a terceira derrota que a coligação sofre no TSE desde que a Corte barrou a candidatura de Lula ao Palácio do Planalto sob o argumento que Lula está enquadrado na Lei da Ficha Limpa. O ministro alega que a propaganda induz o leitor ao erro, já que Lula não é candidato. O ministro ainda determinou multa de R$ 500 mil caso a propaganda não seja retirada do ar. (Gaúcha ZH)

PT PEDE QUE CAMPANHAS ESTADUAIS USEM IMAGEM DE LULA ‘COM TODO CUIDADO E ZELO’

O PT começou a monitorar o humor do eleitorado por meio de pesquisas diárias, os chamados “trackings”. A equipe de marketing e o comando da campanha nacional do partido, enviou carta aos comitês de campanhas estaduais para que “usem a imagem do ex-presidente com zelo e cuidado”. O texto reafirma que todos devem manter a citação à Lula nos 25% permitido pela lei. O PT sustenta que todas as alterações necessárias para se adaptar às exigências do TSE foram feitas na madrugada de sábado. Lula só teria aparecido em TV e rádios como candidato porque “algumas emissoras simplesmente não receberam o novo material e mantiveram as inserções antigas”, disse Sérgio Gabrielli, coordenador geral da campanha do PT (Mônica Bergamo- UOL)

CIRO X ALCKMIN X PT

Sabatinado por SBT/Folha de São Paulo, Ciro Gomes, presidenciável do PDT, criticou os ex-presidentes Lula, Dilma e Fernando Henrique Cardoso e também o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, adversário de Ciro na eleição presidencial. Sobre Alckmin, Ciro disse que o candidato do PSDB “deixa roubar” ao falar sobre como o tucano agiu no combate à corrupção e ao defender medidas de punição a eventuais casos de corrupção no governo paulista. “Punição tem que valer para todo mundo”, ressaltou o candidato do PDT. Ciro também afirmou que “como candidato transforma a eleição, ao contrário de outros como FHC e Lula”. O ex-governador de São Paulo, sobre a afirmação de Ciro, disse que “Ciro Gomes é um irresponsável. Age como um aloprado fujão e presa um desserviço ao debate eleitoral (UOL)









Beto Albuquerque: “Temos que lutar contra todos privilégios em todos os poderes”





Beto Albuquerque, candidato ao Senado pelo PSB



Candidato ao Senado pelo PSB, nas eleições 2018, Beto Albuquerque, natural de Passo Fundo, elegeu-se deputado estadual, pela primeira vez, em 1990. Foi reeleito e após conquistou quatro mandatos na Câmara Federal. O candidato é filiado ao PSB desde 1986, quando tinha 23 anos e presidia o Diretório Central de Estudantes. Nas últimas eleições, em razão da morte do candidato à presidência da República pelo partido, Eduardo Campos, compôs a chapa encabeçada por Marina Silva, como candidato a vice-presidente. No governo Olívio Dutra (1999-2003) assumiu a secretaria dos Transportes.  Em 2003, presidiu a Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro e, a convite do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tornou-se vice-líder do governo federal na Câmara dos Deputados.

O candidato socialista defende a realização de uma Constituinte exclusiva para revisar a Constituição. O grande desafio dos constituintes, afirma, seria “reestruturar os limites e os poderes do Estado, que hoje se sobrepõem”.  Defende a eleição de novas lideranças e que elas sejam escolhidas pelo próximo presidente para intermediar as negociações entre os poderes Executivo e Legislativo, dando fim ao conhecido “toma lá, dá cá”. Outra de suas propostas é a simplificação do sistema tributário. “Sem reforma tributária tudo fica mais difícil, mais caro e pouco competitivo.” Sobre os privilégios, diz que eles devem ser atacados em todos os níveis e não apenas no Legislativo. “Você achar que tem privilégio só no Legislativo e não olhar para o lado, no Judiciário ou no Ministério Público, é um grande erro”, declara.

– No Brasil, o Presidente da República precisa de maioria no Congresso para aprovar seus projetos. Sem maioria, precisa “negociar” com os parlamentares. É o famoso “toma lá, dá cá”. Como mudar esse quadro?

– Primeiro é a gente ter um presidente que saiba congregar. O “toma lá, dá cá” quem dá o ritmo é o presidente. E um novo presidente deve escolher dentro dos partidos quais serão as novas lideranças e não pegar as velhas raposas da política, que são sempre as mesmas, que já têm seus vícios. Como dizia o Eduardo Campos, “nós temos que colocar algumas velhas figuras da política na oposição” e eleger dentro dos partidos novas lideranças para fazer a intermediação da agenda e da pauta. Temos que ter uma pauta comum onde o “toma lá, dá cá” não seja o principal modus operandi.

 – O senhor é a favor da realização de uma Constituinte. Por quê?

– Há muitas pautas e reformas que eu não acredito que o Congresso Nacional, cheio de interesses e corporações, seja capaz de fazê-las. E, nesse caso, defendo uma constituinte exclusiva e não congressual. Ou seja, o Brasil não precisa parar para revisar nossa atual Constituição. Essas 120 pessoas, digamos, que seriam eleitas para revisar a Constituição, trabalhariam em paralelo e não poderiam, depois de concretizado o trabalho, concorrer a nenhum cargo político. O grande desafio da revisão seria reestruturar os limites e os poderes do Estado, que hoje estão uns sobrepondo-se aos outros. O Supremo Tribunal Federal legislando, o Ministério Público mandando nas prefeituras, enfim, há um excesso de ambas as partes. Uma constituição que tem 30 anos, que já foi emendada centenas de vezes, precisa passar evidentemente por uma revisão. É a única chance que temos de diminuir o tamanho do Congresso. Menos deputados. Menos senadores. Isso iria diminuir as benesses e os favores em todos os três poderes, e só uma constituinte independente não congressual seria capaz de fazer isso.

– Ex-governantes e candidatos à presidência da República afirmam que o país precisa passar por reformas. Qual a sua posição? Quais reformas o senhor considera inadiáveis? Como aprová-las?

– Como eu disse, o processo constituinte exclusivo e não congressual é o caminho para fazer as grandes e principais reformas. Mas a reforma tributária deve ser uma das prioridades nesse momento, exatamente porque nós temos uma carga tributária muito injusta no Brasil. Nós temos segmentos não tributados; os mais pobres pagam muito em relação aos mais ricos. E, acima de tudo, a guerra fiscal que se estabeleceu no Brasil tem se mostrado um gol contra o desenvolvimento dos estados. Acho que o Brasil precisa simplificar o sistema tributário. Hoje, empresários, agricultores – sejam pequenos, médios ou grandes – precisam de uma estrutura para controlar toda a relação com o poder público no que diz respeito a tributo. Eu acho que o Brasil deveria tentar pensar num imposto de valor agregado, um tipo IVA, estabelecendo uma transição para isso e apostando firmemente numa reforma. Sem reforma tributária tudo fica mais difícil, mais caro e pouco competitivo. E a reforma política, parte dela nós já vamos ter nesta eleição em razão da cláusula de barreira. Acho que 10 a 12 partidos irão sucumbir porque não farão 1,5% dos votos nacionais em nove estados nem elegerão nove deputados distribuídos em nove estados. E na próxima eleição municipal, começa uma outra leva. Com o fim das coligações nas proporcionais, para muitos outros partidos que, na realidade, sequer partidos são, e sim verdadeiros balcões de negócios dos seus dirigentes ou familiares, ficará ainda mais difícil eleger representantes. Mas nós precisamos ter uma reforma política e eu defendo uma eleição de cinco em cinco anos de vereador a presidente, para que o Brasil unifique e nacionalize o pensamento dos partidos. Hoje em dia você tem um partido que está com o prefeito de um partido, governador do outro e presidente do outro partido, exatamente porque as eleições não são juntas, são fragmentadas. E se nós unificássemos as eleições poderíamos fazer de cinco em cinco anos, sem direito à reeleição nos cargos majoritários, mas dando um tempo significativo para você fazer muitas coisas no Executivo e igualmente no Legislativo. Como aprovar? Se houver mobilização da sociedade a gente avança nesse sentido. Agora, se o Congresso se demonstrar, como tem se demonstrado, irresponsável e omisso sobre essas mudanças, o processo constituinte deve ser uma pauta importante da sociedade brasileira. Exclusivo e não congressual, como disse anteriormente.

 – Vivemos uma grande crise econômica, com milhões de desempregados, e o descrédito da população na classe política. Em meio a esse cenário, como o senhor interpreta a concessão de privilégios aos congressistas, como auxílio moradia, emendas parlamentares, aposentadoria integral e vitalícia, foro privilegiado e outros?

  Primeiro, nós temos que fazer uma luta contra todos os privilégios no âmbito de todos os poderes, não só do Congresso Nacional. Há privilégios no Judiciário, no Ministério Público, há privilégios de aposentadorias precoces no âmbito das mais variadas instâncias da federação. Aposentar-se aos 45 anos é um privilégio e tem que ser enfrentado esse tipo de coisa. Sou contra o foro privilegiado. Acho que há uma série de outras vantagens que podem ser subtraídas, ou diminuídas, mas no âmbito de todos os poderes. Você achar que tem privilégio só no Legislativo e não olhar para o lado, no Judiciário ou no Ministério Público, é um grande erro. Então o lance mesmo é a gente enfrentar todos os privilégios. Termos normas, reformas, aposentadorias iguais para todos, seria o mais justo, evidentemente, para o Brasil.

– Qual o seu projeto para ajudar o Estado a sair da crise?

  Eu acho que o Senado do Rio Grande do Sul é muito omisso em relação aos interesses do Estado. O senador tem a tarefa de representar o seu Estado nas suas dificuldades, nas suas virtudes e também nas suas vitórias. O senador é quem tem que lutar pela renegociação da dívida, pelo ressarcimento da Lei Kandir, ao qual temos direito, e tem que estar presente nas crises, sejam elas na saúde, na construção civil, na indústria, no pólo naval de Rio Grande, nas obras paradas. Essas são agendas que o senador, que é o representante do Estado, e que, portanto, não pode colocar o seu partido, a sua ideologia na frente dos interesses políticos dos gaúchos e das gaúchas, deve agir. Primeira coisa é ter essa compreensão. A segunda é que nós precisamos renegociar essa dívida, que leva R$ 3 bilhões todos os anos aqui do Rio Grande do Sul.

O acordo fiscal proposto não é o ideal, mas é necessário para o RS ter pelo menos seis ou sete anos de fôlego. Claro, desde que não tenha a ideia de gastar mais, mas sim de ajustar mais. O Estado sofre a pior crise de sua história justamente porque perdeu o crédito e está insolvente, não podendo fazer financiamentos nem sequer pagar todos os seus servidores em dia. Quer dizer, vivemos uma dificuldade estrutural de um Estado que, durante 40 anos, decidiu gastar mais do que arrecadava, empurrar com a barriga os problemas, buscar financiamentos para pagar outros financiamentos e que hoje chegou no fundo do poço. Eu estarei ao lado do Estado seja quem for o Governador, de que partido for. Vou defender a nossa gente gaúcha e vou exercer plenamente o dever constitucional de um senador, que é estar ao lado do Rio Grande do Sul, dos gaúchos e das gaúchas. As reformas e muitas medidas de ajustes precisam continuar sendo feitas no Rio Grande do Sul. Nós precisamos receber o que é do nosso direito e fazermos o tema de casa, que está sendo feito, com todas as dificuldades também, pelo governador Sartori.

Amanhã: Paulo Paim, candidato do PT ao Senado.

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