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Eleitores de Bolsonaro comemoram a vitória na praia de Copacana-RJ. Fernando Frazão/Agência Brasil

"Faço de vocês minhas testemunhas de que esse governo será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade. Isso é uma promessa, não de um partido, não é a palavra vã de um homem, é um juramento a Deus". Jair Bolsonaro em seu primeiro pronunciamento como presidente eleito.

O RIO GRANDE DO SUL SOB NOVA ADMINISTRAÇÃO

A tradição gaúcha de nunca reeleger um governador se manteve neste segundo turno realizado neste dia 28 de outubro. Eduardo Leite, ex-prefeito de Pelotas, do PSDB, é o novo governador do Rio Grande do Sul para os anos 2019 a 2022. Derrotou José Ivo Sartori (MDB) que buscava a reeleição. A posse de Eduardo Leite deve acontecer no dia primeiro de janeiro de 2019. Aos 33 anos, Eduardo Leite foi eleito com 53,62% dos votos, tornando-se o segundo governador mais jovem da história, atrás apenas de Júlio de Castilhos, o caudilho que tomou posse aos 31 anos em 1891. O tucano terá o desafio de administrar um Estado deprimido economicamente, cujo déficit previsto para 2018 é de R$ 4 bilhões, atrasa salários há 34 meses e está prestes a ter uma folha de pagamento encostando na outra. A receita, segundo Leite, para tirar o Rio Grande do Sul desta situação é aderir ao regime de recuperação fiscal, combater à sonegação, rever os benefícios fiscais e revisão do fluxo de caixa. (Gaúcha ZH)

CUMPRIMOS UM BOM PAPEL

Logo após o resultado das urnas confirmou a vitória de Eduardo Leite, o governador José Ivo Sartori (PMD) reconheceu a derrota e ligou para o tucano e o cumprimentou. “Não é momento de tristeza. Nós cumprimos um bom papel e eu saúdo a todos os partidos que estão aqui. Mesmo que não tenhamos sido escolhidos no dia de hoje, eu acho que foi o Rio Grande do Sul quem ganhou. Eu entendendo que ganhar ou perder numa democracia deve ser sinal de confraternização e humildade. E eu tenho certeza de que fizemos isso no governo e não deixamos de fazer agora nas eleições”, disse Sartori em ato realizado na noite deste domingo. (Correio do Povo)

BOLSONARO DIZ QUE FARÁ GOVERNO ‘DEFENSOR DA CONSTITUIÇÃO

Jair Bolsonaro, do PSL, é o 38º presidente da República do Brasil. Ele derrotou Fernando Haddad, do PT, com mais de 56 milhões de votos. Logo depois da confirmação da vitória, Bolsonaro falou na porta de sua casa em condomínio fechado na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. “Faço de vocês minhas testemunhas de que esse governo será um defensor da Constituição, de democracia e da liberdade. Isso é uma promessa, não de um partido, não é uma palavra vã de um homem, é um juramento a Deus”, afirmou. Jair Bolsonaro assume o governo no dia 1º de janeiro de 2019. Ainda nesta semana deverá viajar à Brasília para encontros com o presidente Michel Temer e com o presidente do Superior Tribunal Federal (STF), ministro Dias Tóffoli. Também nos próximos dias será instalado o chamado “governo de transição” com o ministro José Padilha como interlocutor do governo atual e Onyx Lorenzoni, deputado federal pelo DEM do Rio Grande do Sul e futuro ministro chefe da Casa Civil, pelo lado do novo presidente. (G1)

BOLSONAO NÃO ULTRAPASSA LULA

Jair Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil, mas não conseguiu superar Lula como o presidente mais votado da história. Bolsonaro obteve 57.796.972 de votos (55,13% dos votos válidos), ficando na segunda colocação no ranking. Em 2006, Lula foi reeleito com 58.295.042 votos (60,83% dos votos válidos na ocasião). Bolsonaro, entretanto, superou o número total de votos dos candidatos petistas nas outras três eleições vencidas pelo PT: Lula em 2002 (com 52.793.364 de votos) e Dilma Rousseff, tanto em 2010 (com 55.752.529 votos) e 2014 (54.501.118). (Estadão)

MADURO FELICITA BOLSONARO

Além de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, o presidente eleito Jair Bolsonaro recebeu felicitação pela vitória do presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, neste domingo, 28. Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, Maduro deu seus “sinceros parabéns” ao candidato do PSL e pediu que, uma vez no governo, ele retome relações diplomáticas de respeito, harmonia, progresso e bem estar entre os povos. Trump ligou para Bolsonaro. (Estadão)

HADDAD, ANTES DA MEIA NOITE

Depois de fazer um discurso pregando uma ampla frente democrática nas últimas semanas de campanha, Fernando Haddad (PT), não telefonou para Jair Bolsonaro para cumprimentá-lo, não reconheceu a legitimidade da vitória em seu discurso e voltou a dizer que Lula foi condenado injustamente e nesta condição ficou inabilitado de concorrer à Presidência da República. Não demorou 24 horas, portanto, para demonstrar que o tom mais conciliatório do segundo turno era apenas circunstancial e estratégico. (Vera Magalhães – Estadão)

AVAL DE LULA

 Apesar da derrota, Fernando Haddad tem o aval de Lula para decidir que tarefa vai assumir à frente do Partido dos Trabalhadores (PT) durante o próximo governo. Em conversas com aliados, semana passada em Curitiba, Lula recomendou que Haddad seja consultado sobre suas expectativas e como pretende desempenhar o papel de líder da oposição daqui para frente. Apesar dos erros cometidos durante a campanha, o partido avalia que Haddad foi alçado à condição de liderança nacional. Uma reunião da executiva ampliada petista já foi marcada para esta terça-feira, 30, em São Paulo, para discutir o futuro partidário. Nesta segunda-feira, 29, Emídio de Souza, que coordenou a campanha de Haddad, deve ir à Curitiba ouvir as recomendações de Lula. (UOL).