Comício pró-Haddad nos arcos da Lapa-RJ. Ricardo Stuckert
"Você não tem que ter
uma política para isso. Isso não pode continuar existindo, tudo é coitadismo.
Coitado do negro, coitada da mulher, coitado do gay, coitado do nordestino,
coitado do piauiense. Tudo é coitadismo no Brasil. Vamos acabar com isso".
Jair Bolsonaro sobre as
política para acabar com o bullying e o preconceito.
CONTAGEM
REGRESSIVA
Faltam 4 dias para a
realização do segundo turno das eleições à Presidência da República e ao
Palácio Piratini
Rio Grande do Sul
IBOPE
GAÚCHO
O Ibope divulgou nesta
terça-feira, 23, a segunda pesquisa para o Governo do Estado no segundo turno.
Eduardo Leite, candidato do PSDB, mantém a liderança agora com 60% dos votos
válidos contra 40% dos votos válidos do atual governador e candidato à
reeleição José Ivo Sartori do MDB. A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e
23 deste mês com 1204 eleitores em 70 municípios. (Gaúcha ZH)
PF
FAZ OPERAÇÃO CONTRA CRIMES ELEITORAIS NO RS E EM OUTROS TRÊS ESTADOS
Com o objetivo de
identificar e evitar possíveis crimes eleitorais, além de ameaças aos candidatos
que concorrem nas eleições no próximo domingo, a Polícia Federal (PF) deflagrou
na manhã desta quarta-feira, 24, a Operação Olhos de Lince, em quatro estados,
o Rio Grande do Sul entre eles. A PF apura os crimes de violação do sigilo do
voto e de incitação a homicídio. No Rio Grande do Sul, agentes cumprem mandatos
de busca e apreensão em Caxias do Sul. Além do RS, nove ações foram deflagradas
nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco. (UOL).
Brasil
ELISEU
PADILHA VAI COORDENAR TRANSIÇÃO DE GOVERNO
O presidente da república
Michel Temer confirmou que o ministro Eliseu Padilha será o responsável por
concentrar o diálogo do Planalto com a equipe escolhida pelo próximo
presidente. Temer disse ainda que a centralização será “fundamental” para
assegurar um diálogo produtivo com a nova gestão e que todos os demais
ministros devem repassar as informações para Padilha, que fará, reuniões com os
outros ministros para a elaboração final dos documentos da transição. (Estado
de Minas)
IBOPE
NACIONAL
O candidato do PSL, Jair
Bolsonaro continua liderando as pesquisas de intenções de voto para o segundo
turno das eleições presidenciais. Conforme a pesquisa Ibope, divulgada na noite
desta terça-feira,23, Bolsonaro tem 57% das intenções de voto válidos – dois
pontos percentuais abaixo da pesquisa anterior, mas dentro da margem de erro –
e Fernando Haddad, do PT, aparece com 43%. O Ibope entrevistou 3.010 eleitores
em 208 municípios entre os dias 21 e 23 de outubro com um nível de confiança de
95%. (Gaúcha ZH)
CLIMÃO
NO SHOWMÍCIO DE HADDAD
O rapper Mano Brown foi o
responsável por quebrar o clima de festa do comício realizado nos Arcos da
Lapa, Rio de Janeiro, em defesa da candidatura de Fernando Haddad, e que reuniu
outros nomes da música como Caetano Veloso e Chico Buarque. Brown fez uma dura
crítica ao PT, que, segundo ele, deixou de entender e falar a língua do povo.
“Se não conseguir falar a língua do povo, vai perder mesmo. Falar bem do PT
para torcida do PT é fácil. Tem uma multidão que precisa ser conquistada ou
vamos cair no precipício “, declarou. O público ameaçou uma vaia, mas Caetano
saiu em defesa do Brown e disse que é preciso refletir sobre a complexidade do
momento. Estadão- Vera Magalhães)
A
PREVISÃO DE HADDAD
É normal que antes das
eleições os candidatos tentem mostrar otimismo. Com o candidato à Presidência
da República do PT, Fernando Haddad, não foi diferente. Mesmo aparecendo 14
pontos atrás na última pesquisa do Ibope, o ex-prefeito de São Paulo disse na
noite passada no comício dos Altos da Lapa, Rio, que sentiu “o ar da virada”.
“Vamos ganhar a eleição. Não tenho dúvida”, afirmou Haddad. “Desde ontem
(segunda-feira, 22), estou sentindo no ar uma virada. Nós começamos a crescer,
ele começou a cair e vai começar a tremer, afirmou, se referindo a oscilação da
última pesquisa do Ibope. (Estadão)
EVANGÉLICOS
ALÉM DOS COSTUMES
A Frente Parlamentar
Evangélica lança nesta quarta-feira, 24, um manifesto contendo as pautas que
deverão nortear sua atuação na Câmara a partir do ano que vem. Composta por uma
bancada de 172 deputados e 8 senadores, a frente extrapola na carta os temas
tradicionais ligados a costumes e família para propor rearranjos
administrativos que levem a cortes de gastos na máquina do Executivo. (Estadão)
MAIA
SELA ACORDO PARA VOTAR ESTATUTO DO DESARMAMENTO
O presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), comprometeu-se a votar alguns pontos do projeto de
Flexibilização do Estatuto do Desarmamento ainda este ano. O acordo foi selado
durante reunião com integrantes da Frente Ampla da Segurança Pública, mais
conhecida como bancada da bala. O encontro foi realizado nesta terça-feira, 23,
no Rio de Janeiro. (Valor Econômico)
E
o Sartonaro não deu certo
Na campanha eleitoral de
2014 o então candidato ao governo do Estado, José Ivo Sartori, surpreendeu à
todos quando conseguiu contrariar as previsões que davam o favoritismo para Tarso
Genro e Ana Amélia Lemos chegando ao segundo turno e tornando-se
governador. Um movimento que o consagrou
como terceira via. Pois bem, passaram-se quatro anos e Sartori decidiu
enfrentar o desafio de se tornar o primeiro governador gaúcho reeleito após a redemocratização.
Um quadriênio na política é uma vastidão de tempo. Nesse período, muita coisa
mudou no mundo, no país e no Rio Grande do Sul.
Surgiu a onda direitista que
levou Trump a presidência dos EUA, por exemplo. Estourou o escândalo do
Petrolão e com ele a Lava Jato, operação que enfraqueceu enormemente a imagem
da classe política nacional e atingiu gravemente a confiabilidade nos
partidos políticos. Lula, a maior expressão política desde a era Vargas, foi
preso e impossibilitado de concorrer à presidência da República. Dilma foi
impitimada. Veio o governo Temer e com ele o agravamento da crise financeira e
com ela os milhões de desempregados. A violência e a criminalidade tomaram as
ruas de assalto e também as páginas dos jornais e os noticiosos do rádio e da
televisão. E muito mais.
No Rio Grande do Sul, a
exemplo de outros estados, agravou-se a crise do erário que já vinha sendo
gestada havia muitos anos, a ponto de praticamente imobilizar as ações do
Piratini. Salários do funcionalismo foram congelados e parcelados, órgãos
públicos foram extintos e servidores foram exonerados, fornecedores e
prestadores de serviço tiveram seus pagamentos atrasados, o mesmo ocorrendo com
o repasse às prefeituras e praticamente não sobrou nada para investimentos em
infraestrutura. Por outro lado, foram mínimos os esforços visando o aumento da
receita.
O resultado disso tudo foi
um descontentamento generalizado dos brasileiros e dos gaúchos para com seus
governantes. Um campo fértil para fazer prosperar a ideia mágica do Salvador da
Pátria. Surgiu então Jair Bolsonaro, o Mito. Ex-capitão do Exército e radical
de direita de primeira hora, tornou-se o estereótipo do eleitor que clamava por
um basta à velha política e aos mesmos de sempre.
E Bolsonaro foi cirúrgico ao
escolher o PT como o responsável por todas as mazelas da população, tornando-se
um fenômeno de aceitação popular o que lhe garantiu não só uma vaga no segundo
turno, mas lhe proporcionou um caminho pavimentado para chegar ao palácio do
Planalto. Estão aí as pesquisas para confirmar. Esse é o xis da questão. A
presente eleição presidencial não é uma disputa entre dois candidatos, mas
entre o antipetismo e o petismo.
E foi essa a pedra no
caminho de Sartori no segundo turno. Faltou-lhe o PT como fermento para o seu
crescimento. Por isso não vingou a colagem na imagem positiva de Jair Bolsonaro,
o Sartonaro. Porque quis posar de Dom Quixote (Miguel de Cervantes) sem a
presença do Moinho. Ou seja, faltou-lhe o PT.
No lugar dele veio um jovem
político fardado a rigor como a novidade da eleição. E a disputa, a exemplo do
pleito presidencial, passou a ser entre o velho e o novo. Entre o que não está
dando certo e aquele que carrega a esperança de fazer diferente e fazer mais. E
mais do mesmo é tudo o que as urnas estão repudiando nesta eleição.
Por isso o Sartonaro não vingou.
Porque o jacaré usado por Sartori como a tábua de salvação para sua estagnação
nas pesquisas o engoliu. Porque Eduardo
Leite não é o Haddad. Não é do PT. E essa é a principal razão da campanha do
gringo (Sartonaro) não estar dando certo.
Se governar é fazer escolhas
– e os elevados índices de insatisfação do governo e de rejeição do candidato
Sartori mostram que as escolhas não foram acertadas - o mesmo vale para as
eleições. Escolhas inadequadas geram insucessos e escolhas corretas produzem
vitórias. Assim é na política e assim é na vida. Sábios são os que compreendem
isso.
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